10.05.2013 Views

Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

fonte <strong>de</strong>ssa Unida<strong>de</strong> no nada. Este é um esquema concreto e limitado, tosco, com seu<br />

início sem causa e seu fim estéril.<br />

O sistema pagão é circular, autogerado, auto nutrido, auto renovado. É uma roda<br />

<strong>sobre</strong> cujo aro estão Pai ‒ Mãe ‒ Filho ‒ Filha; eles se movem em torno do eixo imóvel<br />

do Zero; eles se unem à vonta<strong>de</strong>; eles se transformam entre si; não há início nem fim<br />

para a órbita; nenhum é superior ou inferior ao outro. A equação “nada = muitos = dois<br />

= um = tudo = nada” está implícita em todo modo do ser do sistema.<br />

Por mais difícil que isso seja, ao menos um resultado bastante <strong>de</strong>sejável foi<br />

atingido: explicar o por que do Tarô ter quatro cartas da corte, e não três. Também<br />

explica o porquê <strong>de</strong> haver quatro naipes. Os quatro naipes são nomeados como se segue:<br />

bastões, atribuídos ao fogo; Copas, à água; Espadas, ao ar; e Discos (Discos ou<br />

pantáculos), à terra. O estudante perceberá esta interação e permuta do número 4. É<br />

igualmente importante para ele observar que mesmo no arranjo décuplo, o número 4<br />

<strong>de</strong>sempenha seu papel. A Árvore da Vida po<strong>de</strong> ser dividida em quatro planos: o número<br />

1 correspon<strong>de</strong> ao fogo; os números 2 e 3, à água; os números 4 a 9, ao ar; e o número 10<br />

à terra. Esta divisão correspon<strong>de</strong> à análise do homem. O número 1 é sua essência<br />

espiritual, sem qualida<strong>de</strong> ou quantida<strong>de</strong>; os números 2 e 3 representam seus po<strong>de</strong>res<br />

criativos e transmissivos, sua virilida<strong>de</strong> e sua inteligência; os números 4 a 9 <strong>de</strong>screvem<br />

suas qualida<strong>de</strong>s mentais e morais tal como estão concentradas em sua personalida<strong>de</strong><br />

humana; o número 6, por assim dizer, é uma elaboração concreta do número 1; e o<br />

número 10 correspon<strong>de</strong> à terra, que é o veículo físico dos nove números anteriores. Os<br />

nomes <strong>de</strong>stas partes da alma são: 1, Jechidah; 2 e 3, Chiah e Neschamah; 4 a 9, Ruach;<br />

e, por último, 10, Nephesch.<br />

Estes quatro planos correspon<strong>de</strong>m, mais uma vez, aos chamados Quatro Mundos,<br />

cujas naturezas po<strong>de</strong>m ser compreendidas por referência, com todas as <strong>de</strong>vidas reservas,<br />

ao sistema platônico. O número 1 é Atziluth, o Mundo Arquetípico, mas o número 2,<br />

sendo o aspecto dinâmico do número 1, é a sua atribuição prática. O número 3 é Briah,<br />

o Mundo Criativo, no qual a Vonta<strong>de</strong> do Pai toma forma através da Concepção da Mãe,<br />

exatamente como o espermatozoi<strong>de</strong> ao fertilizar o óvulo torna possível a produção <strong>de</strong><br />

uma imagem <strong>de</strong> seus pais. Os números 4 a 9 compreen<strong>de</strong>m Yetzirah, o Mundo<br />

Formativo, no qual uma imagem intelectual, uma forma apreciável da i<strong>de</strong>ia, é<br />

produzida; e essa imagem mental se torna real e sensível no número 10, Assiah, o<br />

Mundo Material.<br />

É caminhando por todas essas atribuições confusas (e às vezes aparentemente<br />

contraditórias), com infatigável paciência e persistência, que se chega, por fim, a uma<br />

lúcida compreensão, a uma compreensão que é infinitamente mais clara do que qualquer<br />

interpretação intelectual po<strong>de</strong>ria ser. É um exercício fundamental no caminho da<br />

iniciação. Caso se seja um racionalista superficial, será fácil captar furos em todas essas<br />

atribuições e hipóteses ou quase-hipóteses semi-filosóficas, mas é também<br />

absolutamente simples provar matematicamente ser impossível golpear uma bola <strong>de</strong><br />

golfe.<br />

29

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!