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O COMPORTAMENTO DO TARÔ Tendo sido estabelecido à conclusão deste ensaio que as cartas do Tarô são indivíduos vivos, convém considerar as relações que são obtidas entre elas e o estudante. Façamos uma analogia com uma debutante no seu baile de apresentação à sociedade. Ela é apresentada a setenta e oito pessoas adultas. Supondo-se que se trate de uma garota particularmente inteligente, de educação social bastante elevada, ela poderá saber tudo a respeito da posição e características gerais dessas pessoas. Isto, entretanto, não implicará em conhecimento real de qualquer uma delas; ela não disporá de meios de afirmar como uma ou outra pessoa reagirá em relação a ela. No máximo, será capaz de conhecer apenas uns poucos fatos dos quais deduções podem ser feitas. É improvável, por exemplo, que V.C. vá se esconder num porão se alguém acha que há um gatuno na casa. É improvável que o bispo vá se abandonar aos tipos mais espalhafatosos de blasfêmia. A posição do estudante do Tarô é bastante semelhante. Neste ensaio e nestes desenhos é feita uma análise do caráter geral de cada carta; mas o estudante não poderá alcançar qualquer apreciação verdadeira das cartas sem observar o comportamento delas durante um longo período. Só poderá atingir uma compreensão do Tarô mediante a experiência. Não lhe será suficiente intensificar o estudo das cartas como coisas objetivas ‒ terá que empregá-las; terá que viver com elas, e elas, também, têm que viver com ele. Uma carta não está isolada de suas companheiras. As reações das cartas, sua interação mútua, precisam ser embutidas na própria vida do estudante. Então como deve ele usá-las? Como deve ele misturar a vida delas à sua? A maneira ideal é a contemplação, mas esta envolve iniciação de um grau tão elevado que é impossível descrever o método aqui, não sendo este, tampouco, nem atraente nem adequado à maioria das pessoas. A maneira prática e ordinária é a adivinhação. O método técnico tradicional de adivinhação pelo Tarô se segue, tendo sido extraído de O Equinócio, vol. I, n o 8, e sua publicação é autorizada por Frater O.M. Adeptus Exemptus. 1. A SIGNIFICADORA Escolha uma carta para representar o consulente, fazendo uso do teu conhecimento ou tua avaliação mais de seu caráter do que se apoiando em suas características físicas. 2. Tome as cartas em tua mão esquerda. Na mão direita empunhe o bastão sobre elas e diga: Invoco a ti, IAO para que envies HRU, o grande Anjo que preside às operações desta Sabedoria Secreta para que ele pouse sua mão invisivelmente sobre 257

O COMPORTAMENTO DO TARÔ<br />

Tendo sido estabelecido à conclusão <strong>de</strong>ste ensaio que as cartas do Tarô são<br />

indivíduos vivos, convém consi<strong>de</strong>rar as relações que são obtidas entre elas e o<br />

estudante.<br />

Façamos uma analogia com uma <strong>de</strong>butante no seu baile <strong>de</strong> apresentação à<br />

socieda<strong>de</strong>. Ela é apresentada a setenta e oito pessoas adultas. Supondo-se que se trate <strong>de</strong><br />

uma garota particularmente inteligente, <strong>de</strong> educação social bastante elevada, ela po<strong>de</strong>rá<br />

saber tudo a respeito da posição e características gerais <strong>de</strong>ssas pessoas. Isto, entretanto,<br />

não implicará em conhecimento real <strong>de</strong> qualquer uma <strong>de</strong>las; ela não disporá <strong>de</strong> meios<br />

<strong>de</strong> afirmar como uma ou outra pessoa reagirá em relação a ela. No máximo, será capaz<br />

<strong>de</strong> conhecer apenas uns poucos fatos dos quais <strong>de</strong>duções po<strong>de</strong>m ser feitas. É<br />

improvável, por exemplo, que V.C. vá se escon<strong>de</strong>r num porão se alguém acha que há<br />

um gatuno na casa. É improvável que o bispo vá se abandonar aos tipos mais<br />

espalhafatosos <strong>de</strong> blasfêmia.<br />

A posição do estudante do Tarô é bastante semelhante. Neste ensaio e nestes<br />

<strong>de</strong>senhos é feita uma análise do caráter geral <strong>de</strong> cada carta; mas o estudante não po<strong>de</strong>rá<br />

alcançar qualquer apreciação verda<strong>de</strong>ira das cartas sem observar o comportamento <strong>de</strong>las<br />

durante um longo período. Só po<strong>de</strong>rá atingir uma compreensão do Tarô mediante a<br />

experiência. Não lhe será suficiente intensificar o estudo das cartas como coisas<br />

objetivas ‒ terá que empregá-las; terá que viver com elas, e elas, também, têm que viver<br />

com ele. Uma carta não está isolada <strong>de</strong> suas companheiras. As reações das cartas, sua<br />

interação mútua, precisam ser embutidas na própria vida do estudante.<br />

Então como <strong>de</strong>ve ele usá-las? Como <strong>de</strong>ve ele misturar a vida <strong>de</strong>las à sua? A<br />

maneira i<strong>de</strong>al é a contemplação, mas esta envolve iniciação <strong>de</strong> um grau tão elevado que<br />

é impossível <strong>de</strong>screver o método aqui, não sendo este, tampouco, nem atraente nem<br />

a<strong>de</strong>quado à maioria das pessoas. A maneira prática e ordinária é a adivinhação.<br />

O método técnico tradicional <strong>de</strong> adivinhação pelo Tarô se segue, tendo sido<br />

extraído <strong>de</strong> O Equinócio, vol. I, n o 8, e sua publicação é autorizada por Frater O.M.<br />

A<strong>de</strong>ptus Exemptus.<br />

1. A SIGNIFICADORA<br />

Escolha uma carta para representar o consulente, fazendo uso do teu<br />

conhecimento ou tua avaliação mais <strong>de</strong> seu caráter do que se apoiando em suas<br />

características físicas.<br />

2. Tome as cartas em tua mão esquerda. Na mão direita empunhe o bastão <strong>sobre</strong><br />

elas e diga: Invoco a ti, IAO para que envies HRU, o gran<strong>de</strong> Anjo que presi<strong>de</strong> às<br />

operações <strong>de</strong>sta Sabedoria Secreta para que ele pouse sua mão invisivelmente <strong>sobre</strong><br />

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