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ÁS DE ESPADAS 81 O ás de Espadas é a energia primordial do ar, a essência do Vau do Tetragrammaton, a integração do Ruach. O ar é o resultado da conjunção do fogo e da água, de sorte que lhe falta a pureza de seus superiores na hierarquia masculina, fogo, Sol e o falo. Mas por esta mesma razão é a primeira carta diretamente a ser apreendida pela consciência normal da espécie humana. Os erros de cartas tais como o sete e o dez de Copas são ainda de uma ordem absolutamente superior ao aparentemente muito mais suave quatro de Espadas. O estudo da degradação sutil e gradual dos planos é excessivamente difícil. Na natureza, o símbolo óbvio do ar é o vento “que sopra onde quer que queira”. Falta-lhe a vontade concentrada do fogo para se unir à água: o ar não possui uma paixão correspondente por seu elemento-gêmeo, a terra. Há realmente uma notável passividade em sua natureza. É evidente que não possui nenhum impulso autogerado. Mas, posto em movimento por seu Pai e Mãe, seu poder se mostra manifestamente formidável. Visivelmente ataca seu objetivo de uma maneira que eles, sendo de caráter mais sutil e mais tênue, jamais podem fazer. Suas qualidades “todo-abrangentes, todo-errantes, todo-penetrantes, todo-consumidoras” têm sido descritas por muitos escritores 81 É presumível aqui a omissão de A RAIZ DOS PODERES DO AR (NT). 224

admiráveis, e suas analogias são, na sua maior parte, patentes a observadores absolutamente ordinários. Mas, perguntar-se-á de imediato: qual a posição deste elemento à luz de outras atribuições? No mundo Yetzirático não é o ar o primeiro elemento a seguir o espírito? Não é Vayu a primeira emergência do fenomenal proveniente da arcana obscuridade do Akasha? Como é possível reconciliar a doutrina da mente com o fato de Ruh, ou Ruach significar o próprio espírito? Achath Ruach Elohim Chiim (777) significa: “Um é o Espírito (não ar) dos deuses dos vivos?” E não é o ar o elemento atribuído a Mercúrio, e também mais propriamente o sopro da vida, a palavra, o próprio Logos? O estudante terá que consultar algum tratado menos rudimentar, apressado, elementar e superficial que o presente zumbidor de olhos de morcego, asas de pinguim e cérebro de varejeira azul. Entretanto, embora o ar não seja em sistema algum o mais inferior, de modo que não é capaz de reivindicar o benefício do clero da doutrina de que Malkuth se dissolve automaticamente em Kether, a referência que se segue não parece inteiramente destituída de poder de persuasão ou pertinência. O Ruach está centrado na Sephirah aérea Tiphareth, que é o Filho, o primogênito do Pai, e o Sol, a primeira emanação do Falo criativo. Deriva diretamente de sua mãe Binah através do caminho de Zain, o sentido intuitivo sublime, de modo que participa absolutamente da natureza de Neschamah. A partir de seu pai, Chokmah, é informado através do caminho de Hé, a Grande Mãe, a Estrela, nossa Senhora Nuit, 82 de sorte que o impulso criativo é comunicado a ele por quaisquer que sejam as possibilidades. Finalmente, de Kether, a Suprema, desce diretamente sobre ele através do caminho de Gimel, a Alta Sacerdotisa, a luz trina da Iniciação. A três-em-um, a Mãe Secreta em sua plenitude polimórfica; estas, estas somente o saúdam como três vezes abençoado das Superiores! A carta representa a Espada do Mago (ver Livro 4, Segunda Parte) coroada com o diadema de vinte e dois raios de pura Luz. O número se refere aos Atu; e também 22 = 2 × 11, a manifestação mágica de Chokmah, sabedoria, o Logos. Sobre a lâmina, consequentemente, está inscrita a Palavra da Lei, Θελημα. Esta palavra emite um fulgor de luz, dispersando as nuvens escuras da mente. 82 Quão espantosamente este fato confirma a permuta de IV e XVII, que expomos anteriormente por inteiro: como um vínculo entre Chokmah e Tiphareth, O Imperador teria pouca importância e esta apurada doutrina das Três Mães seria perdida. 225

admiráveis, e suas analogias são, na sua maior parte, patentes a observadores<br />

absolutamente ordinários.<br />

Mas, perguntar-se-á <strong>de</strong> imediato: qual a posição <strong>de</strong>ste elemento à luz <strong>de</strong> outras<br />

atribuições? No mundo Yetzirático não é o ar o primeiro elemento a seguir o espírito?<br />

Não é Vayu a primeira emergência do fenomenal proveniente da arcana obscurida<strong>de</strong><br />

do Akasha? Como é possível reconciliar a doutrina da mente com o fato <strong>de</strong> Ruh, ou<br />

Ruach significar o próprio espírito? Achath Ruach Elohim Chiim (777) significa: “Um é<br />

o Espírito (não ar) dos <strong>de</strong>uses dos vivos?” E não é o ar o elemento atribuído a Mercúrio,<br />

e também mais propriamente o sopro da vida, a palavra, o próprio Logos?<br />

O estudante terá que consultar algum tratado menos rudimentar, apressado,<br />

elementar e superficial que o presente zumbidor <strong>de</strong> olhos <strong>de</strong> morcego, asas <strong>de</strong> pinguim e<br />

cérebro <strong>de</strong> varejeira azul. Entretanto, embora o ar não seja em sistema algum o mais<br />

inferior, <strong>de</strong> modo que não é capaz <strong>de</strong> reivindicar o benefício do clero da doutrina <strong>de</strong> que<br />

Malkuth se dissolve automaticamente em Kether, a referência que se segue não parece<br />

inteiramente <strong>de</strong>stituída <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> persuasão ou pertinência.<br />

O Ruach está centrado na Sephirah aérea Tiphareth, que é o Filho, o primogênito<br />

do Pai, e o Sol, a primeira emanação do Falo criativo. Deriva diretamente <strong>de</strong> sua mãe<br />

Binah através do caminho <strong>de</strong> Zain, o sentido intuitivo sublime, <strong>de</strong> modo que participa<br />

absolutamente da natureza <strong>de</strong> Neschamah. A partir <strong>de</strong> seu pai, Chokmah, é informado<br />

através do caminho <strong>de</strong> Hé, a Gran<strong>de</strong> Mãe, a Estrela, nossa Senhora Nuit, 82 <strong>de</strong> sorte que<br />

o impulso criativo é comunicado a ele por quaisquer que sejam as possibilida<strong>de</strong>s.<br />

Finalmente, <strong>de</strong> Kether, a Suprema, <strong>de</strong>sce diretamente <strong>sobre</strong> ele através do caminho <strong>de</strong><br />

Gimel, a Alta Sacerdotisa, a luz trina da Iniciação. A três-em-um, a Mãe Secreta em sua<br />

plenitu<strong>de</strong> polimórfica; estas, estas somente o saúdam como três vezes abençoado das<br />

Superiores!<br />

A carta representa a Espada do Mago (ver Livro 4, Segunda Parte) coroada com o<br />

dia<strong>de</strong>ma <strong>de</strong> vinte e dois raios <strong>de</strong> pura Luz. O número se refere aos Atu; e também 22 = 2<br />

× 11, a manifestação mágica <strong>de</strong> Chokmah, sabedoria, o Logos. Sobre a lâmina,<br />

consequentemente, está inscrita a Palavra da Lei, Θελημα. Esta palavra emite um fulgor<br />

<strong>de</strong> luz, dispersando as nuvens escuras da mente.<br />

82 Quão espantosamente este fato confirma a permuta <strong>de</strong> IV e XVII, que expomos anteriormente por<br />

inteiro: como um vínculo entre Chokmah e Tiphareth, O Imperador teria pouca importância e esta<br />

apurada doutrina das Três Mães seria perdida.<br />

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