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DESAPONTAMENTO ‒ CINCO DE COPAS Esta carta é regida por Geburah no naipe da água. Geburah sendo ígnea, há uma natural antipatia. Consequentemente surge a ideia de distúrbio, justo quando menos esperado, num tempo de tranquilidade. A atribuição é também para Marte em Escorpião, que é sua própria casa; e Marte é a manifestação no plano mais baixo de Geburah, enquanto que Escorpião, no seu pior aspecto, sugere o poder de putrefação da água. Mas ainda assim as poderosas influências masculinas não demonstram dissolução efetiva, apenas o começo da destruição. O efeito é a frustração do prazer antecipado. Os lótus têm suas pétalas despedaçadas por ventos ígneos; o mar é árido e estagnado, um mar morto como um “chott” na África do Norte. Nenhuma água flui para dentro das taças. Além disso, essas taças estão dispostas na forma de um pentagrama invertido, simbolizando o triunfo da matéria sobre o espírito. Marte em Escorpião, ademais, é a atribuição da figura geomântica Rubeus |. Esta constitui um presságio tão maligno que certas escolas de geomancia destroem o mapa e adiam a questão por duas horas ou mais, quando Rubeus aparece no ascendente. Seu significado deve ser estudado no Manual de Geomancia (O Equinócio, vol. I, n o 2). 216

PRAZER ‒ SEIS DE COPAS Esta carta mostra a influência do número seis, Tiphareth, no naipe da água. Esta influência é reforçada pela do Sol, que representa também o seis. A imagem total é aquela da influência do Sol na água. Seu poder impetuoso, mas equilibrado, opera aquele tipo de putrefação ‒ ele está no signo de Escorpião ‒ que é a base de toda a fertilidade, toda a vida. Os pedúnculos dos lótus estão agrupados num elaborado movimento dançante. De suas flores a água jorra para as taças, mas estas não estão ainda cheias até o transbordamento, como estão na carta correspondente abaixo, o nove. Prazer, no título desta carta, deve ser entendido no sentido mais elevado: implica em bem-estar, harmonia de forças naturais sem esforço e tensão, tranquilidade, satisfação. A satisfação de desejos naturais ou artificiais é estranha à ideia da carta, embora ela represente realmente de modo enfático a realização da vontade sexual, como é mostrado pela Sephirah, planeta, elemento e signo regentes. No Yi King, o Sol em Escorpião é representado pelo vigésimo hexagrama, Kwan, 3 0 que é também “Grande Terra”, sendo o trigrama da terra 1 com linhas dobradas. Kwan significa “manifestante”, mas também “contemplante”. O Thwan se refere diretamente a um Sumo Sacerdote, cerimonialmente purificado, na iminência de 217

DESAPONTAMENTO ‒ CINCO DE COPAS<br />

Esta carta é regida por Geburah no naipe da água. Geburah sendo ígnea, há uma<br />

natural antipatia. Consequentemente surge a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distúrbio, justo quando menos<br />

esperado, num tempo <strong>de</strong> tranquilida<strong>de</strong>.<br />

A atribuição é também para Marte em Escorpião, que é sua própria casa; e Marte<br />

é a manifestação no plano mais baixo <strong>de</strong> Geburah, enquanto que Escorpião, no seu pior<br />

aspecto, sugere o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> putrefação da água. Mas ainda assim as po<strong>de</strong>rosas<br />

influências masculinas não <strong>de</strong>monstram dissolução efetiva, apenas o começo da<br />

<strong>de</strong>struição. O efeito é a frustração do prazer antecipado. Os lótus têm suas pétalas<br />

<strong>de</strong>spedaçadas por ventos ígneos; o mar é árido e estagnado, um mar morto como um<br />

“chott” na África do Norte. Nenhuma água flui para <strong>de</strong>ntro das taças.<br />

Além disso, essas taças estão dispostas na forma <strong>de</strong> um pentagrama invertido,<br />

simbolizando o triunfo da matéria <strong>sobre</strong> o espírito.<br />

Marte em Escorpião, a<strong>de</strong>mais, é a atribuição da figura geomântica Rubeus |. Esta<br />

constitui um presságio tão maligno que certas escolas <strong>de</strong> geomancia <strong>de</strong>stroem o mapa e<br />

adiam a questão por duas horas ou mais, quando Rubeus aparece no ascen<strong>de</strong>nte. Seu<br />

significado <strong>de</strong>ve ser estudado no Manual <strong>de</strong> Geomancia (O Equinócio, vol. I, n o 2).<br />

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