Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
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existe no próprio manuscrito. Não faria diferença se a afirmação <strong>de</strong> quaisquer das<br />
pessoas envolvidas viesse a se mostrar falsa.<br />
4. A natureza da evidência<br />
Esta digressão histórica foi necessária para a compreensão das condições <strong>de</strong>sta<br />
investigação. Convém consi<strong>de</strong>rar agora a numeração peculiar dos trunfos. Parece<br />
natural a um matemático iniciar a série <strong>de</strong> números naturais com o zero, mas isto<br />
incomoda bastante a mente não treinada matematicamente.<br />
Nos ensaios e <strong>livros</strong> tradicionais <strong>sobre</strong> o Tarô, supõe-se que a carta com o número<br />
0 fica entre as cartas XX e XXI. O segredo da interpretação dos iniciados, o qual torna<br />
luminoso o significado integral dos trunfos, consiste simplesmente em colocar essa<br />
carta marcada com o “0” em seu lugar natural, on<strong>de</strong> qualquer matemático a colocaria,<br />
ou seja, à frente do número “Um”.<br />
Mas ainda há uma peculiarida<strong>de</strong>, um transtorno na sequência natural, a saber: as<br />
cartas VIII e XI têm que ser intercambiadas, a fim <strong>de</strong> preservar a atribuição correta. A<br />
carta XI se chama Força e nela aparece um leão, sendo bastante óbvia sua referência ao<br />
signo zodiacal do Leão, enquanto que a carta VIII se chama Justiça, representando a<br />
figura simbólica convencional, entronada e munida <strong>de</strong> espada e balança, evi<strong>de</strong>ntemente<br />
se referindo ao signo zodiacal <strong>de</strong> Libra, a Balança.<br />
Frater Perdurabo realizara um estudo muito profundo do Tarô <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua iniciação<br />
à Or<strong>de</strong>m, em 18 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1898; três meses <strong>de</strong>pois, atingira o grau <strong>de</strong> Practicus<br />
e, como tal, teve o direito <strong>de</strong> conhecer a atribuição secreta. Manteve-se estudando tal<br />
atribuição e os manuscritos explicativos correlatos. Averiguou todos esses atributos dos<br />
números em relação às formas da natureza e nada <strong>de</strong>scobriu que fosse incongruente.<br />
Mas, em 8 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1904 E.V., enquanto escrevia O Livro da Lei a partir do ditado do<br />
mensageiro dos Chefes Secretos, parece ter formulado mentalmente uma questão,<br />
sugerida pelas palavras do capítulo I, versículo 57: “a lei da fortaleza, e o gran<strong>de</strong><br />
mistério da Casa <strong>de</strong> Deus” (a “Casa <strong>de</strong> Deus” é um nome do trunfo do Tarô <strong>de</strong> número<br />
XVI). A questão era neste sentido: ‒ “Captei estas atribuições corretamente?” E surgiu<br />
uma resposta intercalada: “Todas estas velhas letras do meu Livro são corretas; mas c<br />
não é a Estrela. Isto também é secreto: meu profeta o revelará ao sábio”.<br />
Isso era <strong>de</strong>masiado irritante. Se Tzaddi não era “a Estrela”, o que era? E o que era<br />
Tzaddi? Durante anos, ele tentou permutar essa carta, A Estrela, <strong>de</strong> número XVII, com<br />
alguma outra. Não teve êxito. A solução somente lhe veio muitos anos <strong>de</strong>pois. Tzaddi é<br />
O Imperador e, portanto, as posições das cartas XVII e IV têm que ser trocadas. Esta<br />
atribuição é bastante satisfatória.<br />
Sim, mas é algo bem mais do que satisfatório; é, para o pensamento lúcido, a<br />
evidência mais convincente possível <strong>de</strong> que O Livro da Lei é uma mensagem genuína<br />
dos Chefes Secretos, já que A Estrela se refere a Aquário no zodíaco e O Imperador, a<br />
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