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10.05.2013 Views

não há repouso no universo. Mudança garante estabilidade. Estabilidade garante mudança. O nove de Espadas é chamado de Crueldade. Aqui a ruptura original inerente a Espadas é aumentada ao seu poder máximo. A carta é regida por Marte em Gêmeos. É a agonia da mente. Ruach consome a si mesmo nesta carta; o pensamento atravessou todo estágio possível e a conclusão é desespero. Esta carta foi delineada muito adequadamente por Thomson em The City of Dreadful Night. É sempre uma catedral ‒ uma catedral dos danados. Está presente a mancha cáustica da análise. A atividade é inerente à mente, mas ainda assim há sempre a consciência instintiva de que nada pode conduzir a lugar algum. O nove de Discos é denominado Ganho. O naipe de Discos é insípido demais para se preocupar; ele soma seus ganhos; não preocupa sua cabeça quanto a se alguma coisa é ganha quando tudo é ganho. Esta carta é regida por Vênus. Ronrona com satisfação por ter colhido o que semeou; esfrega as mãos e se senta tranquilamente. Como será compreendido ao se considerar os dez, não há reação contra a satisfação como há nos outros três naipes. Fica-se cada vez mais estólido e se sente que “tudo é para o melhor no melhor dos mundos possíveis”. OS QUATRO DEZ Estas cartas são atribuídas a Malkuth. Aqui é o fim de toda a energia. Está completamente distante do “mundo da formação”, onde as coisas são elásticas. Não há agora qualquer atribuição planetária a ser considerada. No que diz respeito à Sephirah, está bem baixo no mundo de Assiah. Pelo simples fato de ter concebido quatro elementos, a corrente se separou da perfeição original. Os dez são uma advertência; veja para onde conduz ‒ para dar o primeiro passo errado! O dez de Bastões é denominado Opressão. Isto é o que acontece quando se emprega força, força e nada mais a não ser força todo o tempo. Aqui assoma o moroso e pesado planeta Saturno abatendo o lado ígneo, etéreo de Sagitário; ele traz à tona o pior em Sagitário. Veja o arqueiro em lugar de estar emitindo raios benignos a tratar com a chuva cáustica da morte! O bastão dominou; executou seu trabalho; executou seu trabalho demasiado bem; não soube quando parar. O governo se tornou tirania. Pensa-se na hidra quando se reflete que o rei Charles foi decapitado em Whitehall! O dez de Copas se chama Saciedade. Sua atribuição é Marte em Peixes. O signo da água mergulhou num sonho de estagnação, mas nele se forma e se desenvolve a violenta qualidade de Marte para levá-lo à putrefação. É como está escrito: “Até um dardo atravessar seu fígado.” A busca do prazer foi coroada de perfeito sucesso, e constantemente é descoberto que, tendo conseguido tudo que se desejou, não se o desejou afinal de contas; e agora é preciso pagar. 196

O dez de Espadas é chamado de Ruína. Ensina a lição que os estadistas deviam ter aprendido e não aprenderam, ou seja, que se prossegue lutando o tempo suficiente, tudo termina em destruição. Contudo, esta carta não é inteiramente destituída de esperança. A influência solar domina; a ruína nunca pode ser completa porque o desastre é uma doença estênica. No momento em que as coisas estão suficientemente ruins, começa-se a construir novamente. Quando todos os governos se esmagaram entre si, resta ainda o camponês. Ao fim das desventuras de Cândido, ele podia ainda cultivar seu jardim. O dez de Discos é chamado de Riqueza. Aqui está registrada novamente esta doutrina que sempre reaparece, a saber, que logo que se atinge o fundo encontra-se a si mesmo no alto. E a Riqueza é dada a Mercúrio em Virgem. Quando a riqueza é acumulada além de certo ponto, tem que se tornar completamente inerte e cessar de ser riqueza ou convocar a ajuda da inteligência para que seja empregada corretamente. Isto deve ocorrer necessariamente em esferas que não têm nada em absoluto a ver com posses materiais como tais. Deste modo, Carnegie funda uma biblioteca, Rockefeller faz doações para a pesquisa simplesmente porque nada há mais a ser feito. Mas toda essa doutrina se acha por trás da carta: é seu significado interior. Há ainda outro ponto a ser considerado, a saber, que esta é a última de todas as cartas e, portanto, representa a soma total de todo o trabalho que foi realizado desde o início. Assim, nela está desenhada a própria figura da Árvore da Vida. Esta carta, em relação às demais trinta e cinco cartas menores, é o que o vigésimo primeiro trunfo, O Universo, é para o resto dos trunfos. 197

O <strong>de</strong>z <strong>de</strong> Espadas é chamado <strong>de</strong> Ruína. Ensina a lição que os estadistas <strong>de</strong>viam ter<br />

aprendido e não apren<strong>de</strong>ram, ou seja, que se prossegue lutando o tempo suficiente, tudo<br />

termina em <strong>de</strong>struição.<br />

Contudo, esta carta não é inteiramente <strong>de</strong>stituída <strong>de</strong> esperança. A influência solar<br />

domina; a ruína nunca po<strong>de</strong> ser completa porque o <strong>de</strong>sastre é uma doença estênica. No<br />

momento em que as coisas estão suficientemente ruins, começa-se a construir<br />

novamente. Quando todos os governos se esmagaram entre si, resta ainda o camponês.<br />

Ao fim das <strong>de</strong>sventuras <strong>de</strong> Cândido, ele podia ainda cultivar seu jardim.<br />

O <strong>de</strong>z <strong>de</strong> Discos é chamado <strong>de</strong> Riqueza. Aqui está registrada novamente esta<br />

doutrina que sempre reaparece, a saber, que logo que se atinge o fundo encontra-se a si<br />

mesmo no alto. E a Riqueza é dada a Mercúrio em Virgem. Quando a riqueza é<br />

acumulada além <strong>de</strong> certo ponto, tem que se tornar completamente inerte e cessar <strong>de</strong> ser<br />

riqueza ou convocar a ajuda da inteligência para que seja empregada corretamente. Isto<br />

<strong>de</strong>ve ocorrer necessariamente em esferas que não têm nada em absoluto a ver com<br />

posses materiais como tais. Deste modo, Carnegie funda uma biblioteca, Rockefeller faz<br />

doações para a pesquisa simplesmente porque nada há mais a ser feito.<br />

Mas toda essa doutrina se acha por trás da carta: é seu significado interior.<br />

Há ainda outro ponto a ser consi<strong>de</strong>rado, a saber, que esta é a última <strong>de</strong> todas as<br />

cartas e, portanto, representa a soma total <strong>de</strong> todo o trabalho que foi realizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

início. Assim, nela está <strong>de</strong>senhada a própria figura da Árvore da Vida. Esta carta, em<br />

relação às <strong>de</strong>mais trinta e cinco cartas menores, é o que o vigésimo primeiro trunfo, O<br />

Universo, é para o resto dos trunfos.<br />

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