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energia. Assim, deste ponto, logo que a corrente deixa o pilar do meio, a fraqueza inerente ao elemento fogo (que é não ser completamente equilibrado para toda sua pureza) leva a desenvolvimentos bastante indesejáveis. O seis de Copas é chamado de Prazer. Este prazer é de um tipo completamente harmonizado. O signo do zodíaco que governa a carta sendo Escorpião, o prazer é aqui enraizado no seu solo mais conveniente. Esta é preeminentemente uma carta fértil, uma das melhores no baralho. O seis de Espadas é chamado de Ciência. Seu regente é Mercúrio, de maneira que o elemento de sucesso rejeita a ideia de divisão e disputa; é a inteligência que conquistou a meta. O seis de Discos é chamado de Sucesso. O regente é a Lua. Esta é uma carta de acomodamento; é muito densa, totalmente falta de imaginação, e, contudo, um tanto sonhadora. A mudança logo cairá sobre ela. O peso da terra em última instância arrastará a corrente descendentemente para um mero acontecer de coisas materiais. Todavia, a Lua estando em Touro, o signo de sua exaltação, o melhor das qualidades lunares está inerente. Ademais, sendo um seis, a energia solar a fertilizou, criando um sistema equilibrado por enquanto. A carta é digna do nome Sucesso. Lembre-se apenas que todo sucesso é temporário; quão breve parada sobre o caminho do labor! OS QUATRO SETES Estas cartas são atribuídas a Netzach. A posição é duplamente desequilibrada; fora do pilar do meio e muito baixo na Árvore. Corre-se um enorme risco de descer até a ilusão e, antes de mais nada, fazê-lo por um esforço desvairado. Netzach pertence à Vênus; Netzach pertence à Terra e a maior catástrofe que pode sobrevir a Vênus é perder sua origem celeste. Os quatro setes não são capazes de trazer qualquer conforto; cada um representa a degeneração do elemento. Sua fraqueza maior fica exposta em todos os casos. O sete de Bastões é chamado de Valor. A energia se sente ela mesma na iminência de morrer; luta desesperadamente e pode ser vencida. Esta carta traz à tona o defeito inerente à ideia de Marte. Patriotismo, por assim dizer, não é o suficiente. O sete de Copas é chamado de Deboche. Esta é uma das piores ideias que se poder ter; seu método é veneno, sua meta, insanidade. Representa a ilusão do delirium tremens e do vício das drogas; representa o afundamento no lodo do prazer falso. Há algo quase suicida nesta carta. Ela é particularmente má porque não há nada, seja lá o que for, para equilibrá-la ‒ nenhum planeta forte para sustentá-la. Vênus vai atrás de Vênus e a terra é agitada dentro do paul de escorpiões. 192

O sete de Espadas é chamado de Futilidade. Trata-se de uma carta ainda mais fraca do que o sete de Bastões. Possui um signo passivo em lugar de um ativo, um planeta passivo em lugar de um ativo. É como um boxeador reumático tentando “voltar” depois de ter estado fora do ringue durante anos. Seu regente é a Lua. A pouca energia que ela possui não passa de devaneio; é absolutamente incapaz do labor sustentado que por si só, exceto milagres, pode conduzir qualquer esforço à fruição. A comparação com o sete de Bastões é sumamente instrutiva. O sete de Discos é chamado de Fracasso. Este naipe proporciona a passividade extrema; não há virtude positiva nele abaixo do Abismo. Esta carta é regida por Saturno. Compare-a com os outros três setes. Inexiste esforço aqui, e não há sequer sonho; o dinheiro apostado foi jogado fora e está perdido. Isto é tudo. O próprio trabalho é abandonado; tudo afunda na preguiça. OS QUATRO OITOS Os quatro oitos são atribuídos a Hod. Estando no mesmo plano dos setes na Árvore da Vida, embora no outro lado, os mesmos defeitos inerentes que foram encontrados nos setes também se aplicam aqui. Contudo, talvez se possa realçar um alívio, a saber, que os oitos chegam (num certo sentido) como um remédio para o erro dos setes. O dano foi produzido e agora há uma reação contra ele. Pode-se, portanto, esperar constatar que, se não há possibilidade de perfeição nas cartas deste número, elas estão livres daqueles erros essenciais e originais do caso de maior rebaixamento. O oito de Bastões é chamado de Presteza, como se poderia esperar de sua atribuição a Mercúrio e Sagitário. Trata-se de uma eterização da ideia do fogo. Todos os elementos grosseiros desapareceram. (Que se permita uma curta digressão sobre os signos do zodíaco. No caso de cada elemento, o signo cardeal representa a investida célere, impulsiva da ideia. No signo querúbico o elemento atingiu seu pleno equilíbrio de poder, e nos outros signos a força está esmorecendo. Assim, Áries representa a arremetida do fogo, o relâmpago; Leão, seu poder, o Sol; e Sagitário, o arco-íris, sua sublimação. Considerações similares se aplicam aos outros elementos. Ver a seção de Atribuições: as triplicidades do zodíaco). No oito de Bastões o fogo não está mais associado às ideias de combustão e destruição. Representa energia no seu sentido mais exaltado e mais tênue, o que sugere dela formas tais como a corrente elétrica; poder-se-ia quase dizer luz pura no sentido material dessa palavra. O oito de Copas é chamado de Indolência. Esta carta é o próprio ápice do dissabor. É regida pelo planeta Saturno; o tempo e a dor se precipitaram sobre o prazer e 193

energia. Assim, <strong>de</strong>ste ponto, logo que a corrente <strong>de</strong>ixa o pilar do meio, a fraqueza<br />

inerente ao elemento fogo (que é não ser completamente equilibrado para toda sua<br />

pureza) leva a <strong>de</strong>senvolvimentos bastante in<strong>de</strong>sejáveis.<br />

O seis <strong>de</strong> Copas é chamado <strong>de</strong> Prazer. Este prazer é <strong>de</strong> um tipo completamente<br />

harmonizado. O signo do zodíaco que governa a carta sendo Escorpião, o prazer é aqui<br />

enraizado no seu solo mais conveniente. Esta é preeminentemente uma carta fértil, uma<br />

das melhores no baralho.<br />

O seis <strong>de</strong> Espadas é chamado <strong>de</strong> Ciência. Seu regente é Mercúrio, <strong>de</strong> maneira que<br />

o elemento <strong>de</strong> sucesso rejeita a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> divisão e disputa; é a inteligência que<br />

conquistou a meta.<br />

O seis <strong>de</strong> Discos é chamado <strong>de</strong> Sucesso. O regente é a Lua. Esta é uma carta <strong>de</strong><br />

acomodamento; é muito <strong>de</strong>nsa, totalmente falta <strong>de</strong> imaginação, e, contudo, um tanto<br />

sonhadora. A mudança logo cairá <strong>sobre</strong> ela. O peso da terra em última instância<br />

arrastará a corrente <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntemente para um mero acontecer <strong>de</strong> coisas materiais.<br />

Todavia, a Lua estando em Touro, o signo <strong>de</strong> sua exaltação, o melhor das qualida<strong>de</strong>s<br />

lunares está inerente. A<strong>de</strong>mais, sendo um seis, a energia solar a fertilizou, criando um<br />

sistema equilibrado por enquanto. A carta é digna do nome Sucesso. Lembre-se apenas<br />

que todo sucesso é temporário; quão breve parada <strong>sobre</strong> o caminho do labor!<br />

OS QUATRO SETES<br />

Estas cartas são atribuídas a Netzach. A posição é duplamente <strong>de</strong>sequilibrada; fora<br />

do pilar do meio e muito baixo na Árvore. Corre-se um enorme risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>scer até a<br />

ilusão e, antes <strong>de</strong> mais nada, fazê-lo por um esforço <strong>de</strong>svairado. Netzach pertence à<br />

Vênus; Netzach pertence à Terra e a maior catástrofe que po<strong>de</strong> <strong>sobre</strong>vir a Vênus é<br />

per<strong>de</strong>r sua origem celeste. Os quatro setes não são capazes <strong>de</strong> trazer qualquer conforto;<br />

cada um representa a <strong>de</strong>generação do elemento. Sua fraqueza maior fica exposta em<br />

todos os casos.<br />

O sete <strong>de</strong> Bastões é chamado <strong>de</strong> Valor. A energia se sente ela mesma na iminência<br />

<strong>de</strong> morrer; luta <strong>de</strong>sesperadamente e po<strong>de</strong> ser vencida. Esta carta traz à tona o <strong>de</strong>feito<br />

inerente à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Marte. Patriotismo, por assim dizer, não é o suficiente.<br />

O sete <strong>de</strong> Copas é chamado <strong>de</strong> Deboche. Esta é uma das piores i<strong>de</strong>ias que se<br />

po<strong>de</strong>r ter; seu método é veneno, sua meta, insanida<strong>de</strong>. Representa a ilusão do <strong>de</strong>lirium<br />

tremens e do vício das drogas; representa o afundamento no lodo do prazer falso. Há<br />

algo quase suicida nesta carta. Ela é particularmente má porque não há nada, seja lá o<br />

que for, para equilibrá-la ‒ nenhum planeta forte para sustentá-la. Vênus vai atrás <strong>de</strong><br />

Vênus e a terra é agitada <strong>de</strong>ntro do paul <strong>de</strong> escorpiões.<br />

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