Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
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fechados. É impossível dizer qualquer coisa acerca <strong>de</strong>la. Está nua; seu corpo inteiro é<br />
coberto <strong>de</strong> finos pelos <strong>de</strong> ouro, os quais são as flamas elétricas que são as lanças <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>rosos e terríveis Anjos, cujos peitos <strong>de</strong> armas são as escamas da pele <strong>de</strong>la. E os<br />
cabelos <strong>de</strong> sua cabeça, os quais flutuam até seus pés, são a própria luz do próprio Deus.<br />
De todas as glórias contempladas pelo Vi<strong>de</strong>nte nos Æthyrs não há sequer uma digna <strong>de</strong><br />
ser comparada à unha do menor dos <strong>de</strong>dos <strong>de</strong>la. Pois embora ele não possa participar do<br />
Æthyr sem as preparações cerimoniais, mesmo a contemplação <strong>de</strong>sse Æthyr é <strong>de</strong> longe<br />
como a participação <strong>de</strong> todos os Æthyrs anteriores.<br />
“O Vi<strong>de</strong>nte está perdido no espanto, que é Paz.<br />
“E o anel do horizonte acima <strong>de</strong>la é uma companhia <strong>de</strong> gloriosos Arcanjos <strong>de</strong><br />
mãos dadas, que se levanta e canta: Esta é a filha <strong>de</strong> BABALON, a Bela, que ela gerou<br />
para o Pai <strong>de</strong> Tudo. E para todos ela a gerou.<br />
“Esta é a Filha do Rei. Esta é a Virgem da Eternida<strong>de</strong>. Esta é aquela que o Santo<br />
arrancou do Tempo Gigante e o prêmio daqueles que superaram o Espaço. Esta é aquela<br />
que é colocada no Trono do Entendimento. Santo, Santo, Santo é o nome <strong>de</strong>la, não para<br />
ser falado entre os homens. Pois <strong>de</strong> Koré eles a chamaram, e <strong>de</strong> Malkah, e <strong>de</strong> Betulah, e<br />
<strong>de</strong> Perséfone.<br />
“E os poetas simularam canções a respeito <strong>de</strong>la, e os profetas discursaram coisas<br />
vãs, e os jovens sonharam sonhos vãos: mas esta é ela, essa imaculada, o nome <strong>de</strong> cujo<br />
nome não se permite enunciar. O pensamento não é capaz <strong>de</strong> penetrar a glória que a<br />
preserva e nos mais antigos <strong>livros</strong> <strong>de</strong> <strong>magia</strong> não há nem palavras para conjurá-la nem<br />
adorações para louvá-la. A vonta<strong>de</strong> se dobra como um junco nas tempesta<strong>de</strong>s que<br />
varrem as fronteiras <strong>de</strong> seu reino, e a imaginação não é capaz <strong>de</strong> figurar mais do que<br />
uma pétala dos lírios nos quais ela se coloca no lago <strong>de</strong> cristal, no mar <strong>de</strong> vidro.<br />
“Esta é aquela que ornou seu cabelo com sete estrelas, os sete alentos <strong>de</strong> Deus<br />
que movem e vibram sua excelência. E ela cansou seu cabelo com sete pentes, on<strong>de</strong><br />
estão escritos os sete nomes secretos <strong>de</strong> Deus que não são conhecidos mesmo dos<br />
Anjos, ou dos Arcanjos, ou do Condutor dos exércitos do Senhor.<br />
“Santo, Santo, Santo és tu, e abençoado seja teu nome para sempre, para quem os<br />
Æons são tão-só pulsações <strong>de</strong> teu sangue.”<br />
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