Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
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com a Fórmula <strong>de</strong> INRI. E também por seu Mistério do Número ele evi<strong>de</strong>nciou<br />
o Caminho para Seu Sucessor para <strong>de</strong>clarar a Natureza do Universo inteiro em sua<br />
Forma e em sua Estrutura, como se fosse uma Análise <strong>de</strong>le, fazendo para a Matéria o<br />
que foi <strong>de</strong>cretado que o Buda fizesse para a Mente.”<br />
FORTUNA<br />
R.O.T.A. ‒ A RODA 66<br />
“Entra um pavão na pedra, preenchendo todo o Ar. É como a visão chamada <strong>de</strong> o<br />
Pavão Universal, ou melhor, como uma representação <strong>de</strong>ssa visão. E agora há nuvens<br />
incontáveis <strong>de</strong> anjos brancos preenchendo o Ar à medida que o pavão dissolve.<br />
“Atrás dos anjos há arcanjos com trombetas. Estes fazem todas as coisas<br />
aparecerem imediatamente, <strong>de</strong> maneira que há uma tremenda confusão <strong>de</strong> imagens. E<br />
agora percebo que todas estas coisas são apenas véus da roda, pois todos eles se reúnem<br />
em uma roda que gira com velocida<strong>de</strong> incrível. Ela possui muitas cores, mas todas<br />
vibram com luz branca, <strong>de</strong> sorte que são transparentes e luminosas. Esta única roda são<br />
quarenta e nove rodas, dispostas a diferentes ângulos, <strong>de</strong> maneira a comporem uma<br />
esfera; cada roda tem quarenta e nove raios e quarenta e nove aros concêntricos<br />
equidistantes do centro, e on<strong>de</strong> quer que seja que se encontrem os raios <strong>de</strong> duas rodas<br />
quaisquer, há um lampejo ofuscante <strong>de</strong> glória. Deve-se compreen<strong>de</strong>r que embora tantos<br />
<strong>de</strong>talhes sejam visíveis na roda, a impressão, entretanto, ao mesmo tempo, é que se trata<br />
<strong>de</strong> um único, simples objeto.<br />
“Parece que esta roda está sendo girada por uma mão. Embora a roda preencha<br />
todo o Ar, ainda assim a mão é muito maior que a roda. E embora esta visão seja tão<br />
grandiosa e esplêndida, ainda assim não há nenhuma serieda<strong>de</strong> com ela, ou solenida<strong>de</strong>.<br />
Parece que a mão está girando a roda meramente por prazer ‒ seria melhor dizer<br />
divertimento.<br />
“Uma voz é ouvida: Pois ele é um <strong>de</strong>us divertido e rubicundo e seu riso é a<br />
vibração <strong>de</strong> tudo que existe, e os terremotos da alma.<br />
“Um está consciente do zumbido da roda vibrando um, como uma <strong>de</strong>scarga<br />
elétrica atravessando um.<br />
“Agora eu vejo as figuras na roda, que foram interpretadas como a Esfinge com a<br />
espada, Hermanúbis e Tífon. E isto está errado. O aro da roda é uma vívida serpente<br />
esmeralda; no centro da roda há um coração escarlate, e impossível <strong>de</strong> ser explicado<br />
como o é, o escarlate do coração e o ver<strong>de</strong> da serpente são ainda mais vivazes do que o<br />
brilho branco ofuscante da roda.<br />
66 The Vision and the Voice (quarto Æthyr).<br />
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