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Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

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ele é chamado <strong>de</strong> gêmeo <strong>de</strong> Hórus: e este é o Æon <strong>de</strong> Hórus: é ele que enviou Aiwass,<br />

seu Ministro para proclamar o advento <strong>de</strong>ste Æon. O quarto po<strong>de</strong>r da Esfinge é silêncio;<br />

para nós, então, que aspiramos a este po<strong>de</strong>r como a coroa <strong>de</strong> nossa Obra será <strong>de</strong> sumo<br />

valor atingir sua inocência em toda sua plenitu<strong>de</strong>. Precisamos enten<strong>de</strong>r, em primeiro<br />

lugar, que a raiz da responsabilida<strong>de</strong> moral, pela qual o homem estupidamente se<br />

orgulha em distinguir-se dos outros animais, é restrição, que é a palavra do pecado. De<br />

fato, há verda<strong>de</strong> na fábula hebraica segundo a qual o conhecimento do bem e do mal<br />

traz morte. Reconquistar a inocência é reconquistar o É<strong>de</strong>n. Precisamos apren<strong>de</strong>r a viver<br />

sem a consciência assassina <strong>de</strong> que cada alento que aspiramos infla as velas que<br />

transportam nossas frágeis embarcações ao porto das tumbas. Precisamos banir o medo<br />

a favor do amor, percebendo que cada ato é um orgasmo, seu resultado total não<br />

po<strong>de</strong>ndo ser senão nascimento. A<strong>de</strong>mais, o amor é a lei e, assim, cada ato tem que<br />

ser retidão e verda<strong>de</strong>. Por certas meditações isto po<strong>de</strong> ser entendido e estabelecido, e<br />

isto necessita ser realizado <strong>de</strong> maneira tão radical a ponto <strong>de</strong> nos tornarmos<br />

inconscientes <strong>de</strong> nossa santificação, pois somente então é a inocência tornada perfeita.<br />

Este estado é, com efeito, uma condição necessária a qualquer contemplação a<strong>de</strong>quada<br />

do que estamos acostumados a consi<strong>de</strong>rar a primeira tarefa do aspirante, a solução da<br />

questão “O que é minha Vonta<strong>de</strong> Verda<strong>de</strong>ira?” Pois até que nos tornemos inocentes<br />

estamos seguros em tentar julgar nossa Vonta<strong>de</strong> a partir do externo, enquanto que a<br />

Vonta<strong>de</strong> Verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>veria brotar, fonte <strong>de</strong> luz, do interior, e fluir sem empecilho,<br />

fervendo com amor para o oceano da vida.<br />

Esta é a verda<strong>de</strong>ira i<strong>de</strong>ia do silêncio; é nossa Vonta<strong>de</strong> que escoa, perfeitamente<br />

elástica, sublimemente proteica, para preencher todo interstício do universo da<br />

manifestação que ela encontra em seu curso. Não há nenhum golfo largo <strong>de</strong>mais para<br />

sua incomensurável força, nenhum estreito íngreme <strong>de</strong>mais para sua imperturbável<br />

sutileza. Ela se ajusta com perfeita precisão a toda necessida<strong>de</strong>; sua flui<strong>de</strong>z é a garantia<br />

<strong>de</strong> sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>. Sua forma é sempre alterada por aquela da imperfeição particular que<br />

ela encontra: sua essência é idêntica em todo evento. O efeito <strong>de</strong> sua ação é sempre<br />

Perfeição, isto é, Silêncio e esta Perfeição é sempre a mesma, sendo perfeita e, contudo,<br />

sempre diferente porque cada caso apresenta sua própria quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong><br />

peculiares.<br />

É impossível para a própria inspiração soar um ditirambo do silêncio, pois cada<br />

novo aspecto <strong>de</strong> Harpócrates é digno da música do universo através da eternida<strong>de</strong>. Eu<br />

fui simplesmente conduzido por meu amor leal <strong>de</strong>ssa estranha raça na qual me acho<br />

encarnado a compor essa precária estância do épico infinito <strong>de</strong> Harpócrates como sendo<br />

a faceta <strong>de</strong> seu brilho fecundo que refratou a mais necessária luz <strong>sobre</strong> minha própria<br />

entrada sombria ao seu santuário <strong>de</strong> fulminante, <strong>de</strong> inefável divinda<strong>de</strong>.<br />

Eu louvo o luxuriante arrebatamento <strong>de</strong> inocência, o êxtase viril e pantomórfico<br />

da Toda-Realização; eu louvo a Criança Coroada e Conquistadora cujo nome é força e<br />

fogo, cuja sutileza e vigor asseguram serenida<strong>de</strong>, cuja energia e resistência realizam o<br />

atingimento da virgem do Absoluto; quem sendo manifestado, é o solista da flauta<br />

sétupla, o Gran<strong>de</strong> Deus Pã, e sendo retirado para a perfeição que ele teve vonta<strong>de</strong>,<br />

é Silêncio.<br />

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