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extrovertida é Ra-hoor-khuit e a passiva ou introvertida é Hoor-pa-kraat (ver nas páginas anteriores a Fórmula de Tetragrammaton). Ele é também de caráter solar, sendo mostrado, por conseguinte, brotando em luz dourada. Todo este simbolismo é inteiramente elucidado em O Livro da Lei. Convém notar, a propósito, que o nome Heru é idêntico a Hru, que é o grande Anjo constituído como regente do Tarô. Este novo Tarô pode, portanto, ser considerado como uma série de ilustrações para O Livro da Lei, cuja doutrina está implícita em toda parte. Na parte inferior da carta vemos a própria letra Shin sob a forma sugestiva de uma flor; os três Yods são ocupados por três figuras humanas que surgem para participar da essência do novo Æon. Atrás desta letra há uma representação do signo de Libra, prenunciando o Æon que deve suceder o presente Æon, presumivelmente em cerca de 2.000 anos ‒ “a queda do Grande Equinócio; quando Hrumachis erguer-se-á, e aquele da dupla baqueta assumirá meu trono e lugar.” O presente Æon é jovem demais para proporcionar uma representação mais definida deste evento futuro. Mas em relação a isto, deve-se atentar para a figura de Ra-hoor-khuit: “Eu sou o Senhor da Dupla Baqueta de Poder; a baqueta da Força de Coph Nia ‒, mas minha mão esquerda está vazia, pois eu esmaguei um Universo; & nada permanece.” Há muitos outros detalhes relativamente ao Senhor do Æon que deveriam ser estudados em O Livro da Lei. É também importante estudar integralmente e meditar sobre este Livro a fim de apreciar os eventos espirituais, morais e materiais que têm marcado a transição catastrófica do Æon de Osíris. O tempo para o nascimento de um Æon parece ser indicado por grande concentração de poder político acompanhada de melhorias nos meios de viagem e comunicação, com um avanço geral da filosofia e a ciência, com uma necessidade geral de consolidação do pensamento religioso. É bastante instrutivo comparar os acontecimentos dos quinhentos anos que precedem e sucedem a crise de aproximadamente 2.000 atrás, com aqueles de períodos similares, centrados em 1904, da velha era. Constitui um pensamento nada confortador para a presente geração que 500 anos de Idade das Trevas estão provavelmente sobre nossas costas. Mas se a analogia for boa, este é o caso. Felizmente, hoje dispomos de tochas que iluminam mais e de mais portadores de tochas. 122

XXI ‒ O UNIVERSO A primeira e mais óbvia característica desta carta é que ela se coloca ao fim de todos os trunfos, sendo, portanto, o complemento de O Louco. É atribuída à letra Tau. Estas duas cartas juntas, consequentemente, indicam a palavra Ath, que significa essência. Toda a realidade está, por conseguinte, comprometida dentro da série da qual essas duas letras formam o início e o fim. Este início era o Nada, de modo que o fim tem que ser também o Nada, mas Nada em sua completa expansão, como foi previamente explicado. O número 4, preferivelmente ao número 2, foi escolhido como a base dessa expansão, em parte, sem dúvida, por uma questão de conveniência, para ampliar o “universo do discurso”, em parte para enfatizar a ideia de limitação. A letra Tau significa o sinal da cruz, ou seja, da extensão e esta extensão é simbolizada como quádrupla devido à conveniência de construir o símbolo revolvente do Tetragrammaton. No caso do número 2, a única saída é o retorno à unidade ou ao negativo. Nenhum processo contínuo pode ser convenientemente simbolizado; mas o número 4 se presta não apenas a essa extensão rigorosa, os duros fatos da natureza, como também à transcendência do espaço e do tempo por uma mudança continuamente auto-compensadora. A letra Tau é atribuída a Saturno, o mais remoto e lento dos sete planetas sagrados; em função destas qualidades de inércia e peso, o elemento terra foi imposto ao 123

XXI ‒ O UNIVERSO<br />

A primeira e mais óbvia característica <strong>de</strong>sta carta é que ela se coloca ao fim <strong>de</strong><br />

todos os trunfos, sendo, portanto, o complemento <strong>de</strong> O Louco. É atribuída à letra Tau.<br />

Estas duas cartas juntas, consequentemente, indicam a palavra Ath, que significa<br />

essência. Toda a realida<strong>de</strong> está, por conseguinte, comprometida <strong>de</strong>ntro da série da qual<br />

essas duas letras formam o início e o fim. Este início era o Nada, <strong>de</strong> modo que o fim<br />

tem que ser também o Nada, mas Nada em sua completa expansão, como foi<br />

previamente explicado. O número 4, preferivelmente ao número 2, foi escolhido como a<br />

base <strong>de</strong>ssa expansão, em parte, sem dúvida, por uma questão <strong>de</strong> conveniência, para<br />

ampliar o “universo do discurso”, em parte para enfatizar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> limitação.<br />

A letra Tau significa o sinal da cruz, ou seja, da extensão e esta extensão é<br />

simbolizada como quádrupla <strong>de</strong>vido à conveniência <strong>de</strong> construir o símbolo revolvente<br />

do Tetragrammaton. No caso do número 2, a única saída é o retorno à unida<strong>de</strong> ou ao<br />

negativo. Nenhum processo contínuo po<strong>de</strong> ser convenientemente simbolizado; mas o<br />

número 4 se presta não apenas a essa extensão rigorosa, os duros fatos da natureza,<br />

como também à transcendência do espaço e do tempo por uma mudança continuamente<br />

auto-compensadora.<br />

A letra Tau é atribuída a Saturno, o mais remoto e lento dos sete planetas<br />

sagrados; em função <strong>de</strong>stas qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inércia e peso, o elemento terra foi imposto ao<br />

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