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Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

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Neste trunfo, seu avatar mais baixo, ela se une à esfera terrestre <strong>de</strong> Netzach com<br />

Malkuth, a culminação na matéria <strong>de</strong> todas as formas superiores. Trata-se da lua<br />

minguante, a lua da feitiçaria e dos feitos abomináveis. Ela é a escuridão envenenada<br />

que é a condição do renascimento da luz.<br />

Esta senda é guardada pelo tabu. Ela é impureza e bruxaria. Acima das colinas<br />

estão as torres negras do mistério inominado, do horror e do medo. Todo o preconceito,<br />

toda a superstição, a tradição morta e a aversão ancestral, tudo se combina para<br />

obscurecer seu rosto perante os olhos dos homens. É necessária uma coragem<br />

insuperável para começar a trilhar esta senda. Aqui resi<strong>de</strong> a vida fatídica, enganosa. O<br />

sentido do fogo se frustra. A lua não tem ar. O cavaleiro empenhado nesta busca tem<br />

que contar com os três sentidos inferiores: tato, paladar e olfato. 49 A luz que possa aqui<br />

existir é mais fatal que as trevas e o silêncio é ferido pelo uivo <strong>de</strong> bestas selvagens.<br />

A que <strong>de</strong>us nos dirigiremos à procura <strong>de</strong> ajuda? É Anúbis, o vigilante do<br />

crepúsculo, o <strong>de</strong>us que se posta no limiar, o <strong>de</strong>us-chacal <strong>de</strong> Khem, que permanece sob<br />

forma dupla entre os caminhos. Aos seus pés, à espreita, aguardam os próprios chacais,<br />

para <strong>de</strong>vorar as carcaças daqueles que não O viram, ou que ignoravam seu nome.<br />

Este é o limiar da vida; este é o limiar da morte. Tudo é dúbio, tudo é misterioso,<br />

tudo é intoxicante. Não a intoxicação benigna, solar <strong>de</strong> Dionísio, mas sim a<br />

horrível insanida<strong>de</strong> <strong>de</strong> drogas perniciosas; trata-se da embriaguez dos sentidos após a<br />

mente ter sido abolida pelo veneno <strong>de</strong>sta Lua. Isto é o que é escrito <strong>de</strong> Abraão em O<br />

Livro do Princípio: “Um horror <strong>de</strong> trevas imensas abateu-se <strong>sobre</strong> ele.” É-se lembrado<br />

do eco mental <strong>de</strong> compreensão subconsciente daquela suprema iniquida<strong>de</strong> que os<br />

místicos constantemente celebraram em seus relatos da noite sombria da alma. Mas os<br />

melhores homens, os homens verda<strong>de</strong>iros não consi<strong>de</strong>ram o assunto em tais termos <strong>de</strong><br />

modo algum. Sejam quais forem os horrores que possam afligir a alma, as abominações<br />

que possam excitar a aversão do coração, os terrores que possam assaltar a mente, a<br />

resposta será a mesma em todo estágio: “Quão esplêndida é a aventura!”<br />

49 Ver O Livro das Mentiras, cap. pb, Bortsch.<br />

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