Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
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sua própria cabeça, indicando a eterna renovação das categorias, as possibilida<strong>de</strong>s<br />
inesgotáveis da existência.<br />
A mão esquerda, abaixada, segura uma taça prateada, da qual ela também verte a<br />
bebida imortal <strong>de</strong> sua vida (esta bebida é a Amrita dos filósofos indianos, o nepenthe e<br />
ambrósia dos gregos, o alkahest e a medicina universal dos alquimistas, o sangue do<br />
Graal; ou melhor, o néctar que é a mãe <strong>de</strong>ste sangue. Ela o <strong>de</strong>speja na junção <strong>de</strong> terra e<br />
água. Esta água é a água do gran<strong>de</strong> Mar <strong>de</strong> Binah; na manifestação <strong>de</strong> Nuit num plano<br />
inferior ela é a Gran<strong>de</strong> Mãe, pois o Gran<strong>de</strong> Mar está <strong>sobre</strong> a praia da terra fértil, como<br />
representado pelas rosas no canto direito da ilustração. Mas entre mar e terra está o<br />
“Abismo” e este é ocultado pelas nuvens que rodopiam como um <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
cabelo <strong>de</strong>la: “... meu cabelo, as árvores da Eternida<strong>de</strong>”. (AL I, 59))<br />
No canto esquerdo da ilustração está a estrela <strong>de</strong> Babalon, o Sigillum da<br />
Fraternida<strong>de</strong> da A. . . A. . ., pois Babalon é ainda outra materialização da i<strong>de</strong>ia original <strong>de</strong><br />
Nuit; ela é a Mulher Escarlate, a Prostituta sagrada que é a senhora do Atu XI. Desta<br />
estrela, atrás da própria esfera celeste brotam os raios encaracolados <strong>de</strong> luz espiritual. O<br />
próprio céu nada mais é que um véu ante a face da <strong>de</strong>usa imortal.<br />
Percebe-se que toda forma <strong>de</strong> energia nesta ilustração é espiral. Zoroastro diz:<br />
“Deus é ele, tendo a cabeça <strong>de</strong> um falcão, tendo uma força espiral”. É interessante notar<br />
que este oráculo parece antecipar o presente Æon, o do Senhor <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> falcão, e<br />
também da concepção matemática da forma do universo tal como calculada por Einstein<br />
e sua escola. É somente na taça inferior que as formas <strong>de</strong> energia emitidas exibem<br />
características retilíneas. Nisto é possível <strong>de</strong>scobrir a doutrina que afirma que a cegueira<br />
da humanida<strong>de</strong> à toda a beleza e maravilha do universo é <strong>de</strong>vida a esta ilusão <strong>de</strong> retidão.<br />
É significativo que Riemann, Bolyai e Lobatchewsky pareçam ter sido os profetas<br />
matemáticos da Nova Revelação, pois a geometria euclidiana <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da concepção <strong>de</strong><br />
linhas retas, e foi somente porque <strong>de</strong>scobriu-se que o postulado paralelo era incapaz<br />
<strong>de</strong> prova que os matemáticos começaram a conceber que a linha reta não tinha<br />
verda<strong>de</strong>ira correspondência com a realida<strong>de</strong>. 48<br />
No primeiro capítulo <strong>de</strong> O Livro da Lei, a conclusão tem importância prática.<br />
Conce<strong>de</strong> a fórmula <strong>de</strong>cisiva para a obtenção da verda<strong>de</strong>.<br />
“Eu dou inimagináveis alegrias <strong>sobre</strong> a terra: certeza, não fé, enquanto em vida,<br />
<strong>sobre</strong> a morte; paz in<strong>de</strong>scritível, <strong>de</strong>scanso, êxtase; e Eu não peço algo em sacrifício.”<br />
“Mas amar-me é melhor que todas as coisas: se sob as estrelas noturnas no <strong>de</strong>serto tu<br />
presentemente queimas meu incenso diante <strong>de</strong> mim, invocando-me com um coração<br />
puro, e a chama da serpente ali, tu virás um pouco a <strong>de</strong>itar em meu seio. Por um beijo,<br />
tu então estarás querendo dar tudo; mas quem quer que dê uma partícula <strong>de</strong> pó per<strong>de</strong>rá<br />
tudo nessa hora. Vós reunireis bens e provisões <strong>de</strong> mulheres e especiarias; vós vestireis<br />
ricas joias; vós exce<strong>de</strong>reis as nações da terra em esplendor e orgulho; mas sempre no<br />
48 A linha reta não é nada mais do que o limite <strong>de</strong> qualquer curva. Por exemplo, é uma elipse cujos focos<br />
estão uma distância “infinita”, separados. Aliás, tal uso do cálculo é o único modo certo <strong>de</strong> assegurar a<br />
“retidão”.<br />
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