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Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

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sumários, a doutrina é que a realida<strong>de</strong> última (que é perfeição) é Nada. Por<br />

consequência, todas as manifestações, não importa quão gloriosas, quão prazerosas<br />

sejam, são máculas. Para atingir a perfeição, todas as coisas existentes têm que ser<br />

aniquiladas. Po<strong>de</strong>-se, portanto, enten<strong>de</strong>r pela <strong>de</strong>struição da guarnição sua emancipação<br />

da prisão da vida organizada, que os confinava. Pren<strong>de</strong>r-se a ela era a insensatez dos<br />

membros da guarnição.<br />

O acima exposto <strong>de</strong>veria <strong>de</strong>ixar claro que símbolos mágicos têm que ser sempre<br />

compreendidos num sentido duplo, um contraditório do outro. Estas i<strong>de</strong>ias se combinam<br />

naturalmente com a significação mais elevada e mais profunda da carta.<br />

Há uma referência direta a esta carta em O Livro da Lei. No capítulo I, versículo<br />

57, a <strong>de</strong>usa Nuit fala: “Invocai-me sob minhas estrelas! Amor é a lei, amor sob a<br />

vonta<strong>de</strong>. Que os tolos não confundam o amor; pois existe amor e amor. Existe a pomba,<br />

e existe a serpente. Escolhei bem! Ele, meu profeta, escolheu, conhecendo a lei da<br />

fortaleza, e o gran<strong>de</strong> mistério da Casa <strong>de</strong> Deus.” 47<br />

A figura que se <strong>de</strong>staca nesta carta é o olho <strong>de</strong> Hórus. Este é também o olho <strong>de</strong><br />

Shiva, na abertura do qual, conforme a lenda <strong>de</strong>ste culto, o universo é <strong>de</strong>struído.<br />

Além disso, há um especial significado técnico mágico, o qual é explicado<br />

abertamente apenas aos iniciados do décimo primeiro grau da O.T.O., um estágio tão<br />

secreto que não é nem elencado nos documentos oficiais. Não é mesmo para ser<br />

compreendido pelo estudo do olho no Atu XV. Talvez seja lícito mencionar que os<br />

sábios árabes e os poetas persas escreveram, nem sempre com reservas, <strong>sobre</strong> o assunto.<br />

Banhadas na efulgência <strong>de</strong>sse olho (que agora assume até um terceiro sentido, o<br />

indicado no Atu XV) veem-se a pomba carregando um ramo <strong>de</strong> oliveira e a serpente,<br />

como na citação acima. A serpente é retratada como a serpente-leão Xnoubis<br />

ou Abraxas. Estas representam as duas formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo, o que Schopenhauer teria<br />

chamado <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> morrer. Representam os impulsos feminino e<br />

masculino; a nobreza <strong>de</strong>ste último é possivelmente baseada no reconhecimento da<br />

futilida<strong>de</strong> do primeiro. Esta é talvez a razão porque a renúncia do amor em todos os<br />

sentidos ordinários da palavra tem sido tão constantemente anunciada como o primeiro<br />

passo rumo à iniciação. Esta é uma opinião <strong>de</strong> inflexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>snecessária. Este trunfo<br />

não é a única carta no baralho e nem são a “vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver” e a “vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> morrer”<br />

incompatíveis. Isto se torna claro tão logo vida e morte são compreendidas (ver Atu<br />

XIII) como fases <strong>de</strong> uma única manifestação <strong>de</strong> energia.<br />

47 Por esta razão o antigo título, hoje não muito inteligível, foi retido. Caso contrário, po<strong>de</strong>ria ter sido<br />

chamada Guerra.<br />

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