Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ... Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
O arco-íris simboliza, além disso, outro estágio no processo alquímico. Num certo período, como resultado da putrefação, observa-se um fenômeno de luzes multicoloridas (a “capa de muitas cores” que se dizia ter sido usada por José e Jesus, nas antigas lendas, se refere a isso. Ver também Atu 0, o traje de bufão do Homem Verde, redentor-sonhador). Em síntese, o conjunto desta carta representa o teor oculto do ovo descrito no Atu VI. É a mesma fórmula, mas num estágio mais avançado. A dualidade original foi completamente compensada; mas depois do nascimento vem o crescimento; depois do crescimento, a puberdade, e depois da puberdade, purificação. O estágio final da Grande Obra é, portanto, prenunciado nesta carta. Atrás da figura, estando suas bordas coloridas com o arco-íris que agora emergiu dos arco-íris gêmeos formadores da capa da figura, há uma auréola encerrando a inscrição VISITA INTERIORA TERRAE RECTIFICANDO INVENIES OCCULTUM LAPIDEM (“Visita as partes interiores da terra: pela retificação tu descobrirás a pedra oculta.”). Suas iniciais formam a palavra V.I.T.R.I.O.L., o solvente universal, do qual se tratará na sequência (seu valor é 726 = 6 × 11 = 33 × 22). Essa “pedra oculta” é chamada também de medicina universal. Por vezes é descrita como uma pedra, por vezes como um pó, às vezes como uma tintura. Divide-se novamente em duas formas, o ouro e a prata, o vermelho e o branco, mas sua essência é sempre a mesma e sua natureza só pode ser compreendida pela experiência. É porque os alquimistas lidavam com substâncias na fronteira da “matéria” que compreendê-los é tão difícil. O tema da química e da física modernas é o que eles teriam chamado de estudo das coisas mortas, pois a diferença real entre coisas vivas e mortas é, numa primeira instância, o comportamento delas. As iniciais da divisa alquímica dada acima formam a palavra Vitriol. Isto não tem nada a ver com os sulfatos seja do hidrogênio, do ferro ou do cobre, como poderia ser supor a partir do uso moderno. Representa uma combinação equilibrada dos três princípios alquímicos, enxofre, mercúrio e sal. Estes nomes não têm nenhuma conexão com as substâncias assim denominadas pelo vulgo. Já foram descritos nos Atu I, III e IV. O conselho para “visitar o interior da terra” é uma recapitulação (num plano mais alto) da primeira fórmula da Obra que tem sido o tema tão constante das exposições deste ensaio. A palavra importante na prescrição é a central RECTIFICANDO, que sugere a condução certa da nova substância viva na senda da Vontade Verdadeira. A pedra filosofal, a medicina universal deve ser um talismã de uso em qualquer evento, um veículo completamente elástico e completamente rigoroso da Vontade Verdadeira dos alquimistas. Trata-se de fertilizar e trazer à Vida manifesta o ovo órfico. A seta, tanto nesta carta como no Atu VI, é de suma importância. A seta é, na verdade, o glifo mais simples e mais puro de Mercúrio, sendo o símbolo da Vontade dirigida. Convém enfatizar este fato mediante uma citação do Quarto Æthyr, LIT, em The Vision and the Voice (ver Apêndice). 108
XV ‒ DIABO Esta carta é atribuída à letra Ayin, que significa olho, e se refere a Capricórnio no zodíaco. Na Idade das Trevas do cristianismo, foi completamente incompreendida. Éliphas Lévi a estudou muito profundamente devido à sua conexão com a magia cerimonial ‒ seu assunto favorito ‒ e a redesenhou, identificando-a com Baphomet, o ídolo de cabeça de asno dos Cavaleiros do Templo. 44 Mas, naquela época, a pesquisa arqueológica não tinha ido muito longe, a natureza de Baphomet não sendo totalmente compreendida (ver Atu 0 nas páginas anteriores). Mas, ao menos, ele conseguiu identificar o bode, retratado na carta, com Pã. Na Árvore da Vida, os Atu XIII e XV estão simetricamente dispostos. Conduzem de Tiphareth, a consciência humana, às esferas nas quais Pensamento (por um lado) e Êxtase (por outro) são desenvolvidos. Entre eles o Atu XIV conduz, de modo semelhante, à esfera que formula a Existência (ver nota acerca do Atu X e arranjo). Estas três cartas podem, consequentemente, ser sintetizadas como um hieróglifo dos processos pelos quais a ideia se manifesta como forma. 44 Os cristãos primitivos também foram acusados de adorar um asno, ou deus de cabeça de asno. Ver Browning, The Ring and the Book (O Papa). 109
- Page 57 and 58: conto típico. Há, usualmente, uma
- Page 59 and 60: é para ser obtida mediante quaisqu
- Page 61 and 62: O CROCODILO (MAKO, FILHO DE SET, OU
- Page 63 and 64: Harpócrates é (num certo sentido)
- Page 65 and 66: Tetragrammaton como masculino a des
- Page 67 and 68: cristã primitiva. Este assunto é
- Page 69 and 70: I ‒ O PRESTIDIGITADOR 31 Esta car
- Page 71 and 72: Com a Adaga, Ele destrói. Com a Mo
- Page 73 and 74: II ‒ A ALTA SACERDOTISA Esta cart
- Page 75 and 76: simboliza o pensamento (melhor: a r
- Page 77 and 78: chamas azuis torcidas, simbolizador
- Page 79 and 80: o Rajas da filosofia hindu. Esta é
- Page 81 and 82: Este símbolo reaparece no trunfo d
- Page 83 and 84: “Há uma lenda assíria de uma mu
- Page 85 and 86: masculino e feminino. Prossegue o s
- Page 87 and 88: Essa carruagem é puxada por quatro
- Page 89 and 90: também porque ela é a parceira do
- Page 91 and 92: IX ‒ O EREMITA Esta carta é atri
- Page 93 and 94: X ‒ FORTUNA Esta carta é atribu
- Page 95 and 96: XI ‒ VOLÚPIA Este trunfo era cha
- Page 97 and 98: Os videntes dos primeiros tempos do
- Page 99 and 100: XII ‒ O PENDURADO Esta carta, atr
- Page 101 and 102: intervenção masculina, da Deusa-M
- Page 103 and 104: XIII ‒ MORTE Esta carta é atribu
- Page 105 and 106: Esta carta, portanto, deve ser cons
- Page 107: glúten branco dela (só é possív
- Page 111 and 112: energia criadora masculina, porém
- Page 113 and 114: sumários, a doutrina é que a real
- Page 115 and 116: sua própria cabeça, indicando a e
- Page 117 and 118: XVIII ‒ A LUA O décimo oitavo tr
- Page 119 and 120: XIX ‒ O SOL Em linguagem heráldi
- Page 121 and 122: XX ‒ O ÆON Nesta carta foi neces
- Page 123 and 124: XXI ‒ O UNIVERSO A primeira e mai
- Page 125 and 126: forma final da imagem da fórmula m
- Page 127 and 128: APÊNDICE Seguem-se alguns ensaios
- Page 129 and 130: 2. DE SAPIENTIA ET STULTITIA 55 Oh,
- Page 131 and 132: tudo isso não chega ao Mérito de
- Page 133 and 134: Virtude de teus Estudos de O Livro
- Page 135 and 136: macrocosmo, o símbolo da operaçã
- Page 137 and 138: da Rosa e da Cruz. Esta foi uma “
- Page 139 and 140: “As figuras na roda são mais esc
- Page 141 and 142: participante nesse mistério. E pel
- Page 143 and 144: Tetragrammaton, e Jod é uma mão,
- Page 145 and 146: nós.” Pois como teu sangue está
- Page 147 and 148: TERCEIRA PARTE AS CARTAS DA CORTE 1
- Page 149 and 150: OBSERVAÇÕES GERAIS Estas cartas c
- Page 151 and 152: DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS DEZESSEIS
- Page 153 and 154: CAVALEIRO DE BASTÕES O cavaleiro d
- Page 155 and 156: RAINHA DE BASTÕES A rainha de Bast
- Page 157 and 158: PRÍNCIPE DE BASTÕES O príncipe d
O arco-íris simboliza, além disso, outro estágio no processo alquímico. Num certo<br />
período, como resultado da putrefação, observa-se um fenômeno <strong>de</strong> luzes multicoloridas<br />
(a “capa <strong>de</strong> muitas cores” que se dizia ter sido usada por José e Jesus, nas antigas<br />
lendas, se refere a isso. Ver também Atu 0, o traje <strong>de</strong> bufão do Homem Ver<strong>de</strong>,<br />
re<strong>de</strong>ntor-sonhador).<br />
Em síntese, o conjunto <strong>de</strong>sta carta representa o teor oculto do ovo <strong>de</strong>scrito no Atu<br />
VI. É a mesma fórmula, mas num estágio mais avançado. A dualida<strong>de</strong> original foi<br />
completamente compensada; mas <strong>de</strong>pois do nascimento vem o crescimento; <strong>de</strong>pois do<br />
crescimento, a puberda<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>pois da puberda<strong>de</strong>, purificação.<br />
O estágio final da Gran<strong>de</strong> Obra é, portanto, prenunciado nesta carta. Atrás da<br />
figura, estando suas bordas coloridas com o arco-íris que agora emergiu dos arco-íris<br />
gêmeos formadores da capa da figura, há uma auréola encerrando a inscrição VISITA<br />
INTERIORA TERRAE RECTIFICANDO INVENIES OCCULTUM LAPIDEM (“Visita as partes<br />
interiores da terra: pela retificação tu <strong>de</strong>scobrirás a pedra oculta.”). Suas iniciais<br />
formam a palavra V.I.T.R.I.O.L., o solvente universal, do qual se tratará na sequência<br />
(seu valor é 726 = 6 × 11 = 33 × 22).<br />
Essa “pedra oculta” é chamada também <strong>de</strong> medicina universal. Por vezes é<br />
<strong>de</strong>scrita como uma pedra, por vezes como um pó, às vezes como uma tintura. Divi<strong>de</strong>-se<br />
novamente em duas formas, o ouro e a prata, o vermelho e o branco, mas sua essência é<br />
sempre a mesma e sua natureza só po<strong>de</strong> ser compreendida pela experiência. É porque<br />
os alquimistas lidavam com substâncias na fronteira da “matéria” que compreendê-los é<br />
tão difícil. O tema da química e da física mo<strong>de</strong>rnas é o que eles teriam chamado <strong>de</strong><br />
estudo das coisas mortas, pois a diferença real entre coisas vivas e mortas é, numa<br />
primeira instância, o comportamento <strong>de</strong>las.<br />
As iniciais da divisa alquímica dada acima formam a palavra Vitriol. Isto não tem<br />
nada a ver com os sulfatos seja do hidrogênio, do ferro ou do cobre, como po<strong>de</strong>ria ser<br />
supor a partir do uso mo<strong>de</strong>rno. Representa uma combinação equilibrada dos três<br />
princípios alquímicos, enxofre, mercúrio e sal. Estes nomes não têm nenhuma conexão<br />
com as substâncias assim <strong>de</strong>nominadas pelo vulgo. Já foram <strong>de</strong>scritos nos Atu I, III e<br />
IV.<br />
O conselho para “visitar o interior da terra” é uma recapitulação (num plano mais<br />
alto) da primeira fórmula da Obra que tem sido o tema tão constante das exposições<br />
<strong>de</strong>ste ensaio. A palavra importante na prescrição é a central RECTIFICANDO, que sugere a<br />
condução certa da nova substância viva na senda da Vonta<strong>de</strong> Verda<strong>de</strong>ira. A pedra<br />
filosofal, a medicina universal <strong>de</strong>ve ser um talismã <strong>de</strong> uso em qualquer evento, um<br />
veículo completamente elástico e completamente rigoroso da Vonta<strong>de</strong> Verda<strong>de</strong>ira dos<br />
alquimistas. Trata-se <strong>de</strong> fertilizar e trazer à Vida manifesta o ovo órfico.<br />
A seta, tanto nesta carta como no Atu VI, é <strong>de</strong> suma importância. A seta é, na<br />
verda<strong>de</strong>, o glifo mais simples e mais puro <strong>de</strong> Mercúrio, sendo o símbolo da Vonta<strong>de</strong><br />
dirigida. Convém enfatizar este fato mediante uma citação do Quarto Æthyr, LIT, em<br />
The Vision and the Voice (ver Apêndice).<br />
108