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Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

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glúten branco <strong>de</strong>la (só é possível explicar estes termos a estudantes avançados <strong>de</strong><br />

alquimia).<br />

O equilíbrio e a permuta são efetuados completamente na própria figura: a mulher<br />

branca possui agora uma cabeça negra, o rei negro, uma branca. Ela usa a coroa <strong>de</strong> ouro<br />

com uma faixa <strong>de</strong> prata, ele, a coroa <strong>de</strong> prata com uma fita <strong>de</strong> ouro, mas a cabeça branca<br />

à direita é prolongada na ação por um braço branco à esquerda que segura a taça do<br />

glúten branco, enquanto que a cabeça negra à esquerda tem o braço negro à direita<br />

segurando a lança que se tornou uma tocha e verte seu sangue ar<strong>de</strong>nte. O fogo queima a<br />

água, a água extingue o fogo.<br />

O manto da figura é ver<strong>de</strong>, o que simboliza crescimento vegetal: aqui resi<strong>de</strong> uma<br />

alegoria alquímica. No simbolismo dos pais da ciência, todos os objetos “reais” eram<br />

consi<strong>de</strong>rados como mortos; a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmutar os metais era que os metais,<br />

como ocorrem na natureza, tinham a natureza <strong>de</strong> excrementos porque não cresciam. O<br />

primeiro problema da alquimia era elevar o mineral à vida vegetal. Os A<strong>de</strong>ptos acharam<br />

que o modo correto <strong>de</strong> fazer isso era imitar os processos da natureza. Destilação, por<br />

exemplo, não era uma operação a ser executada aquecendo-se alguma coisa numa<br />

retorta <strong>sobre</strong> uma chama; tinha que ocorrer naturalmente, mesmo se meses fossem<br />

exigidos para consumar a obra (naquele período da civilização meses estavam à<br />

disposição das mentes inquiridoras).<br />

Muito do que as pessoas consi<strong>de</strong>ram hoje ignorância, sendo estas ignorantes do<br />

que os homens <strong>de</strong> outrora pensavam, proce<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse mal-entendido. Na base <strong>de</strong>sta carta,<br />

por exemplo, são vistos o fogo e a água misturados harmoniosamente. Mas isto é apenas<br />

um símbolo rudimentar da i<strong>de</strong>ia espiritual, que é a satisfação do <strong>de</strong>sejo do elemento<br />

incompleto <strong>de</strong> um tipo em satisfazer sua fórmula por assimilação <strong>de</strong> seu igual e<br />

contrário.<br />

Este estado da Gran<strong>de</strong> Obra, portanto, consistia na mistura dos elementos<br />

contraditórios num cal<strong>de</strong>irão. Este é aqui representado como dourado ou solar, porque o<br />

Sol é o Pai <strong>de</strong> toda a Vida e (particularmente) presi<strong>de</strong> a <strong>de</strong>stilação. A fertilida<strong>de</strong> da<br />

Terra é mantida pela chuva e o sol. A chuva é formada por um processo lento e suave e<br />

é tornada efetiva pela cooperação do ar, que é ele mesmo alquimicamente o resultado do<br />

casamento do fogo e a água. Assim, também a fórmula do prolongamento da vida é<br />

morte, ou putrefação. Aqui é simbolizado pelo caput mortuum <strong>sobre</strong> o cal<strong>de</strong>irão, um<br />

corvo pousado <strong>sobre</strong> uma caveira. Em termos <strong>de</strong> agricultura, isto é a terra inculta.<br />

Há uma interpretação particular <strong>de</strong>sta carta que é apenas para ser compreendida<br />

pelos iniciados do Nono Grau da O.T.O., visto que contém uma fórmula mágica prática<br />

<strong>de</strong> tal importância que torna impossível sua comunicação aberta.<br />

Elevando-se do cal<strong>de</strong>irão, como resultado da operação aí realizada, vê-se um jorro<br />

<strong>de</strong> luz que se transforma em dois arco-íris que formam a capa da figura andrógina. No<br />

centro uma seta aponta para cima. Isto se liga ao simbolismo geral previamente<br />

explicado, a espiritualização do resultado da Gran<strong>de</strong> Obra.<br />

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