10.05.2013 Views

UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - PGET ...

UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - PGET ...

UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - PGET ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

36<br />

la gente traduzida pelo português a gente; a<br />

semelhança das duas expressões, tão usadas no<br />

cotidiano de ambas as línguas, é indubitável e, à<br />

primeira vista, parece ser lógico que fossem<br />

equivalentes. No entanto, o castelhano la gente é<br />

equivalente ao português as pessoas, (port. erudito<br />

as gentes); enquanto que a expressão portuguesa a<br />

gente é equivalente ao espanhol nosotros (francês<br />

on) já que o sujeito enunciante é parte integrante<br />

do sujeito enunciado. (CEOLIN, 2012, p. 40).<br />

Depois do uso da tradução ser criticada e excluída tanto como<br />

método quanto como simples exercício no marco da didática das línguas<br />

estrangeiras, atualmente ela, voltou a ocupar um lugar de destaque no<br />

cenário. Durante anos, a tradução foi descartada do ensino por muitos<br />

professores por ser considerada antipedagógica. Entre outros<br />

inconvenientes, considerava-se que a tradução:<br />

a. levaria a interferências entre a língua materna e a língua meta;<br />

b. limitaria a capacidade discursiva;<br />

c. obstaculizaria a interação verbal e a comunicação.<br />

Essas são algumas das razões porque certos professores de<br />

línguas estrangeiras se negaram aberta e completamente ao uso da<br />

tradução, mas, como acabamos de dizer, a tradução no marco do<br />

processo de ensino de línguas estrangeiras, encontra-se em um momento<br />

de reabilitação. Existem boas razões para considerar o uso da tradução<br />

como um recurso relevante no ensino de línguas estrangeiras, tais como<br />

destaca Malmkjaer (1998). O fato de a tradução desempenhar um papel<br />

positivo na aquisição de LE através do exercício cognitivo ou linguístico<br />

é uma dessas razões.<br />

Conforme Balboni, (2002 apud ROMANELLI, 2011, p. 8-9) “a<br />

tradução é uma das habilidades que um estudante de Línguas<br />

Estrangeiras deveria dominar”. Isto fica claro com o questionamento de<br />

Romanelli (2011):<br />

[...] nos perguntamos, ao contrário do que afirma<br />

a maior parte dos linguistas já há meio século, por<br />

que não considerá-la também uma técnica didática<br />

adequada para favorecer a aquisição de uma<br />

língua, para diminuir o filtro afetivo, para<br />

favorecer uma maior autonomia e também uma<br />

maior competência metalinguística, pragmática e<br />

cultural? (ROMANELLI, 2011, p. 8-9).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!