UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - PGET ...
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la gente traduzida pelo português a gente; a<br />
semelhança das duas expressões, tão usadas no<br />
cotidiano de ambas as línguas, é indubitável e, à<br />
primeira vista, parece ser lógico que fossem<br />
equivalentes. No entanto, o castelhano la gente é<br />
equivalente ao português as pessoas, (port. erudito<br />
as gentes); enquanto que a expressão portuguesa a<br />
gente é equivalente ao espanhol nosotros (francês<br />
on) já que o sujeito enunciante é parte integrante<br />
do sujeito enunciado. (CEOLIN, 2012, p. 40).<br />
Depois do uso da tradução ser criticada e excluída tanto como<br />
método quanto como simples exercício no marco da didática das línguas<br />
estrangeiras, atualmente ela, voltou a ocupar um lugar de destaque no<br />
cenário. Durante anos, a tradução foi descartada do ensino por muitos<br />
professores por ser considerada antipedagógica. Entre outros<br />
inconvenientes, considerava-se que a tradução:<br />
a. levaria a interferências entre a língua materna e a língua meta;<br />
b. limitaria a capacidade discursiva;<br />
c. obstaculizaria a interação verbal e a comunicação.<br />
Essas são algumas das razões porque certos professores de<br />
línguas estrangeiras se negaram aberta e completamente ao uso da<br />
tradução, mas, como acabamos de dizer, a tradução no marco do<br />
processo de ensino de línguas estrangeiras, encontra-se em um momento<br />
de reabilitação. Existem boas razões para considerar o uso da tradução<br />
como um recurso relevante no ensino de línguas estrangeiras, tais como<br />
destaca Malmkjaer (1998). O fato de a tradução desempenhar um papel<br />
positivo na aquisição de LE através do exercício cognitivo ou linguístico<br />
é uma dessas razões.<br />
Conforme Balboni, (2002 apud ROMANELLI, 2011, p. 8-9) “a<br />
tradução é uma das habilidades que um estudante de Línguas<br />
Estrangeiras deveria dominar”. Isto fica claro com o questionamento de<br />
Romanelli (2011):<br />
[...] nos perguntamos, ao contrário do que afirma<br />
a maior parte dos linguistas já há meio século, por<br />
que não considerá-la também uma técnica didática<br />
adequada para favorecer a aquisição de uma<br />
língua, para diminuir o filtro afetivo, para<br />
favorecer uma maior autonomia e também uma<br />
maior competência metalinguística, pragmática e<br />
cultural? (ROMANELLI, 2011, p. 8-9).