Exercício de Uso e Ocupação do Solo - CDCC

EROSÃO DO SOLO 

A erosão urbana é um dos principais problemas ambientais que 

afetam as cidades. Ela assume formas assustadoras, destruindo a 

infra-estrutura (ruas, guias, sarjetas, redes de água e esgoto, etc), 

causando assoreamento nos reservatórios e leito dos rios, e 

agravando mais as enchentes. A ocupação intensa dos terrenos 

próximos às erosões multiplica os riscos de acidentes. Além disso, 

geralmente as grandes erosões (denominadas voçorocas) tornamse 

áreas de despejo de lixo, transformando em focos de doenças. 

COLETIVO EDUCADOR DE SÃO CARLOS, ARARAQUARA, JABOTICABAL E REGIÃO 

PROJETO VIABILIZANDO A UTOPIA 

EXERCÍCIO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS? 

Desmatamentos e retirada da cobertura verde; 

Falta de implementação de políticas; 

Práticas de parcelamento do solo inadequadas e deficientes; 

Construção de moradias em encostas e em solos inadequados; 

Impermeabilização do solo; 

Técnicas agrícolas inadequadas; 

Drenagem inadequada dos loteamentos; 

Falta de manutenção das obras de infra-estrutura urbana. 

QUAIS SÃO AS POSSÍVEIS SOLUÇÕES? 

Reflorestar e manter as áreas verdes; 

Planejamento urbano com infra-estrutura adequada; 

Acabar com o favorecimento político; 

Implantar técnicas agrícolas adequadas; 

Zoneamento sobre áreas de risco; 

Realizar obras de controle de erosão e recuperação de áreas degradadas; 

Disciplinar águas superficiais através de sistemas eficientes de drenagem; 

Trabalhos de educação ambiental que devam atingir toda a população; 

Fiscalização efetiva dos órgãos municipais e estaduais, de forma 

integrada. 

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA CONTRIBUIR? 

Conscientizar a população urbana e rural – Educação Ambiental; 

Proteger e recompor a mata ciliar e a vegetação existente; 

Implementar técnicas adequadas de manejo e conservação; 

Destinar adequadamente o lixo; 

Não ocupar com construções as áreas de solo inadequado; 

Conscientizar a população sobre os riscos de se executar obras de 

movimentação de terra, corte de vegetação e intervenção em córregos.

ENCHENTES / INUNDAÇÕES 

As enchentes provocadas por rios e córregos que atravessam as 

zonas urbanas são um grande problema nas cidades, danificando 

redes de abastecimento de água e coleta de esgotos, moradias, 

escolas, ruas, estradas, etc., trazendo prejuízos, comprometendo a 

produção e o transporte de produtos em geral, disseminando 

doenças de veiculação hídrica e prejudicando a saúde das 

populações atingidas. 





Destruição das áreas verdes; 

Excesso de pavimentação (impermeabilização do solo); 

Escoamento da água de chuva (inadequação do sistema de drenagem); 

Canalização de córregos sem a devida análise de impactos a jusante; 

Ocupação desordenada das áreas urbanas (falta de implementação das 

políticas de ocupação de solo); 

Omissão do Poder Público na gestão urbana e falta de saneamento 

básico adequado. 

Produção e acúmulo do lixo urbano nas ruas. 


Planejamento urbano considerando toda bacia hidrográfica; 

Conservar e preservar as áreas verdes, de preservação e matas ciliares 

urbanas e rurais e ampliar a arborização urbana; 

Aplicar as políticas públicas, as legislações e regulamentações; 

Ampliar a informação sobre as leis, sobre a realidade ambiental e sobre 

os conceitos ecológicos envolvidos; 

Implantar medidas estruturais e não estruturais de drenagem e 

saneamento; 

Não impermeabilizar o solo excessivamente; 

Valorizar a educação ambiental como um instrumento fundamental; 

Limpeza e desassoreamento de rios. 


Ajudar a reter as águas pluviais, instalando mais gramados, pisos 

permeáveis ou reservatórios. 

Preservar e expandir as áreas verdes; 

Não obstruir áreas de drenagem com lixo; 

Não colocar fogo; 

Participar de conferências municipais, conselhos, encontros, etc; 

Repassar as informações adquiridas; 

Sensibilizar as pessoas com relação aos 3 Rs; 

Captar água de chuva dos telhados; 

Participar de campanhas de lixo e despoluição.

ESGOTOS 

Quase metade do Brasil não tem coleta de esgoto. De acordo com 

o IBGE (2002), 47,8% dos municípios não coletam nem tratam os 

esgotos. O lançamento de esgotos nos corpos hídricos é o 

principal problema de qualidade das águas. A produção de 

sedimentos, associada aos resíduos sólidos e a qualidade da água 

chega a ter 80% da carga de um esgoto doméstico. 





Lançamento de grande quantidade de detritos na água, comprometendo a 

capacidade de purificação dos rios, oceanos e lagos; 

Aumento acelerado da população urbana; 

Falta de planejamento urbano; 

Desvio de e uso inadequado de verbas públicas; 

Falta de consciência e mobilização social – Educação Ambiental; 

Aumento da industrialização; 

Consumismo desenfreado. 


Implementar estações de tratamento de esgoto e ampliar a rede de 

esgotos; 

Implementar políticas públicas adequadas de controle da poluição; 

Investir em infra-estrutura com saneamento básico para todos; 

Melhorar os sistema de coleta de lixo; 

Aplicar leis e penalizações mais rigorosas para as indústrias; 

Criação de produtos químicos mais seguros para a agricultura; 

Cooperação com as entidades de proteção ambiental; 

Implementar ações educativas junto à comunidade. 


Reciclar o esgoto doméstico; 

Evitar águas pluviais na rede de esgoto; 

Conhecer a legislação; 

Sensibilizar as pessoas e exercer a cidadania; 

Organizar-se e participar de movimentos socioambientais; 

Economizar e conservar a água; 

Não jogar lixo nas ruas e nos rios; 

Exigir que o município faça o tratamento adequado dos resíduos.

DESMATAMENTO 

As florestas são o habitat mais rico e diversificado do planeta. 

Entretanto, são elas as maiores vítimas do "progresso". Desde o 

início de sua ocupação, o Brasil enfrenta o problema dos 

desmatamentos. O desmatamento contribui para o esgotamento 

das fontes de água natural, deixa o solo sem proteção, interfere na 

fauna, destrói espécies da flora, contribui para a poluição da água, 

do ar, das chuvas ácidas e do efeito estufa. 





Extração da madeira para construção civil; 

Exploração agropecuária (monocultura e grandes latifúndios) e industrial; 

Comercialização inadequada de madeira; 

Falta de consciência; 

Falta de controle e manuseio de áreas; 

Questão cultural; 

Demanda por carvão, madeira. 


Repensar o uso indiscriminado da madeira; 

Planejamento urbano com infra-estrutura adequada; 

Sensibilizar-se individual e coletivamente (EA); 

Fazer o manejo e uso sustentável das florestas; 

Fiscalização rígida e contínua do desmatamento (sem corrupção); 

Implantar incentivos fiscais (para manter a floresta); 

Implementar políticas e programas de conservação e recuperação 

florestal. 

Melhoria da estrutura dos órgãos ambientais para combater o 

desmatamento ilegal. 


Exigir políticas para conservação e reflorestamento urbano e rural; 

Plantar árvores; 

Manter jardins nas residências; 

Adotar jardins e áreas verdes públicas; 

Arborização urbana adequada; 

Reduzir o consumo de madeira; 

Utilizar madeira certificada.

QUEIMADAS 

As queimadas no Brasil têm sido objeto de preocupação e 

polêmica. Elas atingem os mais diversos sistemas ecológicos, 

gerando impactos ambientais em escala local e regional. As 

queimadas urbanas são um dos problemas ambientais mais 

graves no verão. Nesse período, muitos dos resíduos são 

queimados. Além do aumento de doenças respiratórias, as 

queimadas urbanas provocam poluição atmosférica, aumento de 

acidentes (devido à baixa visibilidade provocada pela fumaça), 

prejuízo para as áreas atingidas e morte da fauna e flora local. 





Origem histórica e cultural; 

Mau hábito de colocar fogo em lixo, terrenos baldios, áreas de córregos e 

beiras de rodovias; 

“Facilidade” em diminuir o volume e o tempo gasto; 

Queima espontânea (redução da umidade relativa do ar); 

Necessidade especulativa e econômica; 

Negligência e falta de consciência; 

Falta de fiscalização e impunidade; 

Aumento da monocultura. 


Fazer cumprir a legislação existente; 

Incentivar ações visando o uso sustentável e a compensação para 

proteção de áreas de interesse ambiental; 

Incrementar a fiscalização municipal na proteção ambiental; 

Implantar programas permanentes de educação ambiental. 

Pesquisar e divulgar alternativas; 

Instrumentalizar instituições para o combate às queimadas; 

Capacitar os “limpadores de terreno”; 

Informar e sinalizar riscos de incêndio através de placas ou painéis em 

pontos estratégicos. 


Conscientizar a comunidade rural e urbana; 

Não jogar bitucas de cigarros; 

Limpar os terrenos baldios (revirar a terra); 

Evitar soltar balões, fogos etc. 

Fazer queimadas somente com autorização e de forma controlada 

Exercer a cidadania, ser crítico, orientar, denunciar, sensibilizar; 

Fiscalizar o uso de fogo em áreas de preservação; 

Avisar imediatamente o corpo de bombeiros ao ver focos de incêndio; 

Denunciar queimadas urbanas.

LIXO 

Com o aumento da industrialização, as fábricas começaram a 

produzir objetos de consumo em larga escala, aumentando 

consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados. 

Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das cidades fez com 

que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem 

escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição 

do solo, das águas e piorou as condições de saúde das 

populações. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos 

recolhidos nos centros urbanos é jogada sem qualquer cuidado 

em depósitos ou em terrenos existentes nas cidades. 





Crescimento populacional; 

Corrida desenfreada do consumo de produtos; 

Ausência de políticas públicas preventivas; 

Escassez de recursos não renováveis. 


Implementar o Princípio dos 3R’s – reduzir, reutilizar e reciclar: 

- Reduzir significa consumir menos produtos; 

- Reutilizar significa usar novamente o produto ou as embalagens; 

- Reciclar significa a transformação do material a partir de um usado; 

Construir mais aterros e incineradores; 

Promover campanhas de reciclagem; 

Efetivar consórcios de municípios para disposição de resíduos de saúde; 

Implantar a coleta seletiva com maior investimento nas cooperativas; 

Reciclar os resíduos sólidos (entulho). 


Diminuir a quantidade de lixo gerado; 

Comprar somente o necessário, evitando o desperdício; 

Comprar produtos reciclados ou reutilizáveis; 

Escolher produtos de empresas certificadas; 

Emprestar, alugar e consertar produtos em vez de descartá-los; 

Doar produtos que possam servir a outras pessoas; 

Separar os materiais recicláveis e encaminhá-los para artesãos, catadores 

ou entidades que reutilizarão ou reciclarão os materiais; 

Fazer sua própria compostagem, quando possível; 

Organizar-se em seu trabalho, escola, bairro, comunidade e iniciar projeto 

de separação de recicláveis; 

Usar produtos de limpeza biodegradáveis.

ILHAS DE CALOR 

A Ilha de calor é um fenômeno que afeta as cidades, colaborando 

para aumentar os índices de poluição. Ela resulta da elevação das 

temperaturas médias nas zonas centrais da mancha urbana, em 

comparação com as zonas periféricas. As variações térmicas 

podem chegar até 7ºC e ocorrem devido às diferenças de 

irradiação de calor entre as regiões edificadas e as florestas e 

também à concentração de poluentes. 





Emissão de gases liberados pelos escapamentos dos veículos 

automotores; 

Emissão de poluentes das fábricas; 

Emissão de produtos como os aerossóis, e outros que liberam 

clorofluorcarbonos (CFCs); 

Prédios e asfalto que refletem o calor; 

Aumento da temperatura que ocorre da periferia para o centro. 


Aplicar legislação antipoluição e penalizações para indústrias irregulares; 

Vistoriar veículos automotores e controlar os combustíveis; 

Aplicar o rodízio de carros; 

Melhoria e segurança no sistema de transporte coletivo; 

Recolher de produtos que usam CFC; 

Investir em fontes alternativas de energia novos tipos de combustíveis; 

Melhor planejamento das cidades; 

Campanhas de conscientização da população para os riscos da poluição; 

Reduzir desmatamentos e queimadas emissores de gases efeito estufa; 

Incentivar o plantio de árvores; 

Manter áreas verdes nos centros urbanos, pois a vegetação altera a 

reflexão do calor e favorece a manutenção da umidade relativa do ar. 


Economizar energia e evitar o desperdício de água; 

Utilizar o transporte coletivo e a bicicleta, quando possível; 

Incentivar as pessoas a deixarem seus carros em casa alguns dias, 

organizando um sistema de caronas e transportes coletivos; 

Dar preferência a combustíveis como o álcool e o biodiesel; 

Fazer revisões periódicas no veículo para reduzir emissões de poluentes; 

Ajudar a recuperar o verde da cidade. Plantar árvores. 

Informar-se e procurar entender as causas das mudanças climáticas e 

suas conseqüências. Divulgar na comunidade as informações e cobrar 

dos governantes medidas para combater o problema e seus impactos.

Exercício de Uso e Ocupação do Solo - CDCC

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