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A CULTURA E SEU CONTRÁRIO TC def.pmd

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cultura e da arte. O que interessa aqui — num instante da história do<br />

conhecimento em que a ideia de dialética (a transformação continuada<br />

de dois contrários em sucessivos terceiros) vê-se superada pela ideia<br />

de justaposição de contrários ou, melhor, dos diferentes — é o corte e o<br />

momento do corte: no corte, no instante do corte, esta obra ou fenômeno<br />

é “de cultura” ou é “de arte”. Ocasionalmente, no corte, o que é de cultura<br />

se oculta e se revela como de arte e o que é de arte se oculta e se<br />

mostra como sendo de cultura, de tal modo que, de repente, não sei<br />

dizer o que a coisa é. Esta, a ideia. A (falsa) tríade é suficiente: os supostos<br />

infindáveis pontos intermediários entre as três esferas são irrelevantes<br />

e, esses sim, falsos. Claro que o corte pode estar sendo feito com um<br />

instrumento de análise que, esse sim, é cego, está cego, assim como se<br />

diz de uma faca que ela está cega, sem fio, não está afiada. Há uma alta<br />

probabilidade de que cego seja sempre o instrumento, não o ponto...<br />

Nesse caso, retorna-se aos elucidativos, instigantes e heurísticos pares<br />

antagônicos...<br />

“<strong>CULTURA</strong> É A REGRA; ARTE, A EXCEÇÃO” 153

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