10.05.2013 Views

Válvula Diodo Para Estudo do Efeito Termoiônico - Instituto de ...

Válvula Diodo Para Estudo do Efeito Termoiônico - Instituto de ...

Válvula Diodo Para Estudo do Efeito Termoiônico - Instituto de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Aluno: Ricar<strong>do</strong> Rogério Gardin – RA 003320<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas<br />

<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Física “Gleb Wataghin” - IFGW<br />

F 809A – Instrumentação para Ensino<br />

2º semestre / 2004<br />

<strong>Válvula</strong> <strong>Dio<strong>do</strong></strong><br />

<strong>Para</strong> <strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Efeito</strong> <strong>Termoiônico</strong><br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Dr.Yoshikazo Ernesto Nagai<br />

Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: Prof. Dr. José J. Lunazzi<br />

I


ÏNDICE<br />

RESUMO ....................................................................................................................................................................... III<br />

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ III - IV<br />

TEORIA ...................................................................................................................................................................IV - VI<br />

CONSTRUÇÃO DA VÁLVULA DIODO ................................................................................................................VI- VII<br />

DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO.......................................................................................................................VII - IX<br />

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÀO DOS RESULTADOS...................................................................................IX - XI<br />

ORIGINALIDADE...................................................................................................................................................XI - XII<br />

CONCLUSÃO ...............................................................................................................................................................XII<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................................................XII<br />

ANEXOS............................................................................................................................................................. XIII - XVI<br />

II


RESUMO<br />

Embora as válvulas dio<strong>do</strong> tenham si<strong>do</strong> substituídas pelo transistor e pelo circuito integra<strong>do</strong>, para muitas<br />

aplicações, a emissão termoiônica continua sen<strong>do</strong> conveniente e popular fonte <strong>de</strong> el trons, para a operação <strong>de</strong>, por<br />

exemplo, tubos <strong>de</strong> raios catódicos, fornos <strong>de</strong> microondas (magnetrons), televisores e monitores <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os (tubo <strong>de</strong><br />

imagem). Mas este último está sen<strong>do</strong> substituí<strong>do</strong> pelas telas <strong>de</strong> cristal líqui<strong>do</strong> e a velocida<strong>de</strong> troc¡ ¡£¢£¤¦¥§¡ <strong>de</strong>sta s uma<br />

questão <strong>de</strong> Tam¨ preços. m são usadas em equipamentos industriais, radares, transmissores <strong>de</strong> potência.<br />

De qualquer forma, para quem só viveu a era <strong>do</strong>s semicondutores, po<strong>de</strong> ser interessante conhecer um pouco<br />

<strong>de</strong>ste componente que foi a base para o <strong>de</strong>senvolvimento da tecnologia eletrônica.<br />

Neste experimento, foi possível estudar a o efeito termoiônico atrav s <strong>de</strong> uma válvula dio<strong>do</strong> <strong>de</strong> fabricação<br />

americana da RCA , achada em um rádio antigo. Obtemos e interpretamos os valores <strong>de</strong> corrente e tensão<br />

característicos para diferentes temperaturas <strong>do</strong> filamento, verificamos as limitações que o espaço da carga impõe na<br />

corrente termoiônica predito pela lei <strong>de</strong> Child´s e medimos o valore <strong>de</strong> e/m para o el tron. tam¨<br />

Tivemos m a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construir uma válvula dio<strong>do</strong> e realizar alguns testes na mesma. Tal válvula servirá para futuros<br />

experimentos das disciplinas da física mo<strong>de</strong>rna.<br />

O<br />

INTRO©<br />

<br />

termoiônic ¤ O efeito fini<strong>do</strong> como a emissão <strong>de</strong> el trons por uma superfície metálica aquecida. Os primeiros<br />

sinais <strong>do</strong> fenômeno foram observa<strong>do</strong>s em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> s culo XVIII por Charles DuFay, que notou que um gás conduzia<br />

eletricida<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> coloca<strong>do</strong> próximo a um sóli<strong>do</strong> aqueci<strong>do</strong>. Após as observações <strong>de</strong> DuFay, em 1853 o físico francês<br />

mostr£¦¦¤ ¢¦ Edmund Becquerel ssível produzir corrente el trica a partir <strong>de</strong> um potencial gera<strong>do</strong> entre <strong>do</strong>is<br />

eletro<strong>do</strong>s <strong>de</strong> platina quente com ar aqueci<strong>do</strong> entre estes. Finalmente, em 1883, Thomas A. Edison verificou que el trons<br />

são emiti<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> um metal aqueci<strong>do</strong>. Po<strong>de</strong>mos compreen<strong>de</strong>r o efeito termoiônico <strong>de</strong> uma maneira simples. Ao<br />

ci¥<br />

fornecer energia t rmica a um material, seus el trons ganham energia tica. Haverá, portanto a emissão <strong>de</strong>sses<br />

el trons se sua energia for suficiente para superar a barreira <strong>de</strong> potencial da superfície <strong>do</strong> material. É possível associar<br />

aos el<br />

trons que saem <strong>do</strong> material uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente a que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das características <strong>do</strong> material. Uma<br />

<strong>de</strong>ssas características<br />

a energia mínima que se <strong>de</strong>ve fornecer a um el<br />

tron para removê-lo<br />

função trabalho, ¦£¤<br />

¡<br />

<strong>do</strong> metal, por exemplo, a função trabalho <strong>do</strong> Tungstênio cerca <strong>de</strong> 4,52eV. Em 1928, Owen Willans Richardson ganhou<br />

III


o pr mio Nobel da Física pelo trabalho <strong>do</strong> fenômeno <strong>Termoiônico</strong> e pela <strong>de</strong>scoberta da lei (1916) abaixo e que mais<br />

tar<strong>de</strong> foi corrigida por Dushman em 1930:<br />

J 0 = A T 2 exp (-Ψ / K T) (amperes / cm²) (1)<br />

on<strong>de</strong> A ma constant£¦ igual a 120,4 amperes/cm2, k a constante <strong>de</strong> Boltzman, T a temperatura em graus<br />

Kelvin, Ψ a funç¦ trabalho <strong>do</strong> material em el tron-volts.<br />

TEORIA<br />

As experi£ cias envolven<strong>do</strong> a observa磣 ste efeito s¦ realizadas comumente em v lvulas, que s¦<br />

dispositivos constituí<strong>do</strong>s basicamente <strong>de</strong> um tubo on<strong>de</strong> se faz v cuo com <strong>do</strong>is eletro<strong>do</strong>s internos. O efeit verifica<strong>do</strong><br />

atrav s da gera禦 ma diferença <strong>de</strong> potencial el trico entre o filamento e o coletor, sen<strong>do</strong> o terminal negativo<br />

conecta<strong>do</strong> ao filamento (chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> c to<strong>do</strong>) e o positivo conecta<strong>do</strong> ao coletor (chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> âno<strong>do</strong>). Aquecen<strong>do</strong>-se<br />

suficientemente o filamento, observar-se- ma corrente el trica no terminal positivo (coletor). <strong>Para</strong> se obter uma<br />

express£¦ ra a corrente coletada pelo coletor, faz-se necess ri lise <strong>de</strong> toda a dinâmica que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> da<br />

emiss¦£ l tron pelo filamento at sua absor磦 lo coletor. Portanto, fatores como a geometria <strong>do</strong> filamento, a<br />

forma <strong>do</strong> potencial el trico entre o filamento e o coletor, como tam m a presença <strong>de</strong> outros el trons emiti<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ve ser<br />

levada em consi<strong>de</strong>raç¦ . A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrent¦£¦¦ la lei <strong>de</strong> Child, para simetria cilíndrica (esta equaç£ ma<br />

corre磣¦§¦ 磦 Richardson - <strong>Efeito</strong> “Space charge layer”):<br />

Ic = (8πεo/9) Vo 3/2 ra -1 β-2 √(2e/m) (2)<br />

on<strong>de</strong> V o iferença <strong>de</strong> potencial entre o filamento e o coletor , e a carga <strong>do</strong> el tron, εo a constante<br />

diel trica <strong>do</strong> v cuo, o comprimento <strong>do</strong> filamento, r a o raio <strong>do</strong> coletor, m a massa <strong>do</strong> el tron e β m coeficiente<br />

<strong>de</strong> corre磣 ma fun磦 (r c / r a ) e po<strong>de</strong> ser acha<strong>do</strong> na literatura.<br />

Se a<strong>do</strong>tarmos:<br />

C o = (8πεo/9) ra -1 β-2 √(2e/m)<br />

Temos a equaç£ :<br />

I = Co Vo 3/2 (3)<br />

on<strong>de</strong> C o ma constante que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da geometria da v lvula<br />

IV


Aplican<strong>do</strong> a funç£ logaritma nos <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s da equaç¦ , temos a equaç¦ :<br />

Log I = Log Co + 3/2 Log Vo (4)<br />

Ao plotarmos o gr fico (figura 04) da corrente no coletor (or<strong>de</strong>nadas) versus a tens£¦ coletor (abscissas)<br />

em escala logarítmica temos:<br />

Log Co → Coeficiente linear da reta<br />

3/2→ Coeficiente angular da reta<br />

Coeficiente angular da reta teórico (valor encontra<strong>do</strong> no livro [01] das refer¦ cias bibliogr ficas):<br />

Δ∆ Log I / Δ∆ Log Vo = 1,49 ± 0,02 (5)<br />

Méto<strong>do</strong> para medir a razão e/m<br />

Se al m <strong>do</strong> campo <strong>de</strong> aceleraç£ ssocia<strong>do</strong> com o potencial V o, um campo m¦¦£ tico aplica<strong>do</strong><br />

paralelamente ao filamento da v lvula dio<strong>do</strong>, a trajetória <strong>do</strong>s el trons fazem um caminho circular conforme a figura 01.<br />

A medida que o campo B aumenta, aumentam os el trons em movimento circular, Quan<strong>do</strong> B = B o crítico, os el trons<br />

lcançam mais o coletor <strong>de</strong> raio r = r a e a corrente vai para zero. <strong>Para</strong> obter o campo m£¦¦ tico usamos um<br />

¦¦<br />

solenói<strong>de</strong>.<br />

Se B o medi<strong>do</strong> experimentalmente, ent£ raz¦¦ carga <strong>do</strong> el tron pela massa (e/m) po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>duzida da<br />

tre B o, Vo, ra, como fizemos neste projeto.<br />

rela磦<br />

equa磣¦ A saremos (eq. 6) foi encontrada no livro [3] refer¦ das bibliogr cias ficas,<br />

Vo = (Bo 2 ra 2 / 8 ). (e/m) (6)<br />

Que se transforma na equaç¦ 7:<br />

e/m = 8 Vo / (Bo 2 ra 2) (7)<br />

Melhores valores conheci<strong>do</strong>s: e = 1,60217738 × 10 -19 C m = 9,1093897 × 10 -31 kg. Sen<strong>do</strong> assim a raz¦<br />

teórica da carga <strong>do</strong> el trons pela mass :<br />

e/m = 1,76 . 10 11 coulomb / Kg<br />

V


Figura 01: Vista <strong>de</strong> cima <strong>de</strong> uma v lvula dio<strong>do</strong> submetida a um campo m tico. Os el trons que emergem <strong>do</strong> filamento, com<br />

energia inferior ao campo m tico, formam círculos. El trons com energia superior ao campo magn tico atingem o coletor.<br />

O Solenói<strong>de</strong><br />

O campo m¦£¦ tico <strong>do</strong> solenói<strong>de</strong> a soma vetorial <strong>do</strong>s campos cria<strong>do</strong>s por cada uma <strong>de</strong> suas espiras. <strong>Para</strong> pontos<br />

muito próximos ao fio, o fio se comporta magneticamente (quase) como um fio retilíneo longo e as linhas <strong>de</strong> B<br />

associadas a cada espira s£ raticamente círculos conc¦ tricos. Os campos ten<strong>de</strong>m a se cancelar entre espiras<br />

adjacentes e em pontos no interior <strong>do</strong> solenói<strong>de</strong>. Razoavelmente longe <strong>do</strong> fio, B aproximadamente paralelo ao eixo<br />

(central) <strong>do</strong> solenói<strong>de</strong>. No caso limite <strong>de</strong> um solenói<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al, infinitamente longo e que consiste em espiras<br />

estreitamente espaçadas <strong>de</strong> fio <strong>de</strong> seç¦ reta quadrada, o campo no interior <strong>do</strong> solenói<strong>de</strong> uniforme e paralelo ao eixo<br />

<strong>do</strong> solenói<strong>de</strong>. Entretanto, fora <strong>do</strong> solenói<strong>de</strong>, o campo ser zero, O senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> campo m¦§ tico ao longo <strong>do</strong> eixo <strong>do</strong><br />

solenói¦£¦¦¦ la regra da m¦ ireita, interpretada <strong>do</strong> seguinte mo<strong>do</strong>: segure o solenói<strong>de</strong> com a m o direita <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> que seus <strong>de</strong><strong>do</strong>s sigam o senti<strong>do</strong> da corrente nos enrolamentos; seu polegar direito estendi<strong>do</strong> apontar , ent¦ , no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> campo m£¦£ tico.<br />

A equa禣 ra o campo m¦£¦ tico num solenói¦ :<br />

B = n is μµo (8)<br />

on<strong>de</strong>: o número <strong>de</strong> espiras por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comprimento <strong>do</strong> solenói<strong>de</strong>, i s corrente <strong>do</strong> solenói<strong>de</strong>, μ o uma<br />

constante, <strong>de</strong>nominada constante <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong>, cujo valor exato, por <strong>de</strong>finiç¦ :<br />

μ o = 4π.10 -7 T.m/A ≅≅ 1,26 . 10 -6 T.m/A<br />

O DA V LVULA DIODO<br />

CONST<br />

v A lvula dio<strong>do</strong> foi construída segun<strong>do</strong> o esquema da figura 06 (em anexo). t¦¦£ O vidro (Borosilica<strong>do</strong>) e<br />

no seu interior foi feito v cuo. O filamento interno e os eletro<strong>do</strong>s s¦£ Tungst£ io e o coletor £ Inox. Usamos<br />

tam£ m cerâmica para isolar e fixar, na parte superior, o filamento no centro <strong>do</strong> coletor.<br />

VI


Após a aquisi禣 s materiais e confec磣 s peças internas da v lvula (vi<strong>de</strong> figura 07 em anexo) nos<br />

laboratórios e vidraria da Unicamp, iniciamos a montagem da v lvula.<br />

Primeiro soldamos grampos <strong>de</strong> fixa磣 suporte da cerâmica e <strong>de</strong>pois soldamos o suporte no coletor. O<br />

filamento e o coletor foram fixa<strong>do</strong>s nos pinos da base <strong>de</strong> vidro. Esta fixaç¦ foi feita com conectores e parafusos,<br />

porque foram feitas v rias tentativas <strong>de</strong> solda e verificou-se que o aquecimento local danificava o selo entre o vidro da<br />

base e os pinos. Posteriormente passamos o pino superior pela cerâmica e pela mola e fixamos no cap.<br />

Uma vez montada a parte interna (vi<strong>de</strong> figura 08 em anexo), prosseguimos com a finaliza禦 montagem da<br />

v lvula, colocan<strong>do</strong> a parte interna no tubo <strong>de</strong> vidro. O tubo foi fundi<strong>do</strong> primeiramente na base e <strong>de</strong>pois no topo. Nesta<br />

etapa atentamos para que a fundiç£ fosse perfeita, ou seja, ¦£¦¦¦ ria haver vazamento nas junç¦ s, pois<br />

necessitaríamos <strong>de</strong> v cuo no interior <strong>do</strong> tubo.<br />

<strong>Para</strong> a verifica磦 fundiç¦ , conectamos duas fontes <strong>de</strong> tens£ just veis nos terminais da v lvula e<br />

evacuaremos os gases internos, com uma bomba mecânica. Alcança<strong>do</strong> o v cuo <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, selamos o canal <strong>de</strong><br />

Abaixo est£ s características da v lvula construída:<br />

evacua禦 v lvula, finalizan<strong>do</strong> assim a construç¦ .<br />

Mo<strong>de</strong>lo:<br />

Comprimento <strong>do</strong> Filamento:...............6,0 cm<br />

Diâmetro <strong>do</strong> filamento:...................... 0,02 cm<br />

Diâmetro <strong>do</strong> coletor <strong>de</strong> Inox:............. 3,0 cm<br />

Comprimento <strong>do</strong> coletor:....................6,0 cm<br />

Resist£ cia <strong>de</strong> diâmetro comum:.......<strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong><br />

M xima tens£ o filamento:.............<strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong><br />

M xima corrente <strong>do</strong> filamento:...........<strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong><br />

M xima tens£ o ano<strong>do</strong>:..................<strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong><br />

M xima corrente <strong>do</strong> ano<strong>do</strong>:................<strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong><br />

M xima dissipa磦¦£¦¦ :............<strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong><br />

Obs: Os valores <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>s ser£¦ contra<strong>do</strong>s futuramente com os testes na v lvula pronta.<br />

No laboratório <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> física da Unicamp, fizemos as conex£ s conforme a figura 06, para medir os<br />

DESCRI O DO EXPERIMENTO<br />

valores <strong>de</strong> corrente e tens¦ (no coletor) característicos para diferentes temperaturas <strong>do</strong> filamento (tens¦¦<br />

filamento). Colocamos tens¦£ filamento da v lvula e observamos que este ficou incan<strong>de</strong>scente por alguns segun<strong>do</strong>s<br />

e <strong>de</strong>pois ¦£¦¦£££ cen<strong>de</strong>u mais. Provavelmente a selagem da v lvul£ o estava perfeita e entrou ar na regi¦<br />

on<strong>de</strong> existia v cuo, oxidan<strong>do</strong>, assim o filamento.<br />

VII


Tal acontecimento nos causou preocupaç¦ m rela禦 tempo que levaria para reparar a v lvula, uma vez<br />

que o tubo <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong>veria ser aberto novamente e troca<strong>do</strong> o filamento <strong>de</strong> tungst¦ io. Este serviço <strong>de</strong>pendia <strong>do</strong><br />

agendamento com a vidraria da Unicamp e certamente ¦§ ficaria pronto <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> prazo para entrega <strong>do</strong> relatório <strong>do</strong><br />

projeto.<br />

Certos <strong>de</strong> que a constru禦 v lvula <strong>de</strong>veria prosseguir, mas £¦ bteríamos as medidas em tem ¦ il,<br />

fomos a procura <strong>de</strong> uma v lvula. Encontramos uma v lvula dio<strong>do</strong> para retificaç£ , que era usada nos r£ ios antigos, <strong>de</strong><br />

A figura 02 apresenta o esquema <strong>de</strong> liga磦 v lvula dio<strong>do</strong> da RCA para realiza磣 s medidas.<br />

fabricaç£ mericana da RCA. Com est v lvula conseguimos realizar as medidas e estudar o efeito <strong>Termoiônico</strong>.<br />

Figura 02: Esquema das conex s para a v lvula dio<strong>do</strong> da RCA.<br />

Figura 03: Montagem experimental da v lvula dio<strong>do</strong> no laboratório da Unicamp. No <strong>de</strong>talhe a v lvula da RCA.<br />

VIII


<strong>Para</strong> obter a corrente versus tens¦£ coletor para diferentes voltagens <strong>do</strong> filamento, fixamos a voltagem <strong>do</strong><br />

filamento (fonte <strong>de</strong> 0 – 10Vdc) e variamos a tens££ fonte <strong>de</strong> 500Vdc e ent£ medimos a tens££ voltímetro que<br />

estava conecta<strong>do</strong> nas extremida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um resistor <strong>de</strong> 1MΩ e assim obtivemos a corrente <strong>do</strong> coletor em μA<br />

evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> o efeito <strong>Termoiônico</strong>. Repetimos o procedimento para diferentes voltagens na fonte <strong>de</strong> 10Vdc e obtivemos<br />

o gr fico da figura 04. O circuito da solenói<strong>de</strong> ficou <strong>de</strong>sliga<strong>do</strong>. (figura 02)<br />

A v lvula da RCA tem as seguintes especificaç£ s:<br />

APRESENT O E DISCUSS O DOS RESULTADOS<br />

Mo<strong>de</strong>lo: RCA Radiotron Electron Tube 60EX0<br />

Comprimento <strong>do</strong> Filamento:......................4,0 cm<br />

Diâmetro <strong>do</strong> filamento:..............................0,013cm<br />

Diâmetro <strong>do</strong> coletor:..................................1,9 cm<br />

Resist cia <strong>de</strong> diâmetro comum:<br />

M xima tens£ o filamento:....................3,0 Vdc<br />

M xima corrente <strong>do</strong> filamento:<br />

M xima tens£ o ano<strong>do</strong>:.......................1500 Vdc<br />

M xima corrente <strong>do</strong> ano<strong>do</strong>:<br />

M xima dissipa磦¦£¦¦ :<br />

A solenói<strong>de</strong> tem 90 espiras e 3,2cm<br />

n = 90 espiras / 3,2 . 10 -2 = 2812,5 espiras/m<br />

Se analisarmos o gr fico (figura 04)da corrente <strong>do</strong> coletor versus a tens££ coletor, verificaremos que os<br />

valores s¦ lineares e próximos para cada voltagem no filamento (a legenda <strong>do</strong> gr fico indica a tens££ licada no<br />

filamento). Est aproxima磣¦ ser explicada pelo fato <strong>de</strong> que o coletor m cilindro e to<strong>do</strong>s el trons que s¦<br />

emiti<strong>do</strong>s pelo filamento, s¦ coleta<strong>do</strong>s no coletor e que o filamento emite uma quantia quase que igual <strong>de</strong> el trons para<br />

as diferentes voltagens aplicadas no filamento. Se observamos o gr fico teórico (obti<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro [1] das refer cias<br />

bibliogr ficas) da figura 09 (em anexo), veremos que nosso gr fico tem semelhança para a regi¦ t 10 mA e 10 V <strong>do</strong><br />

gr fico teórico. Apesar das v lvulas dio<strong>do</strong> (da RCA e da teoria) serem diferentes, po<strong>de</strong>mos concluir que a tens¦<br />

aplicada no coletor da v lvula da RCA ££ foi suficiente para que a corrente <strong>do</strong> coletor ten<strong>de</strong>-se a um valor constante, a<br />

chamada corrente <strong>de</strong> saturaç£ . <strong>Para</strong> isto teríamos que aumentar a voltagem <strong>do</strong> filamento bem acima <strong>de</strong> 200Vdc, o que<br />

estaria fora das especificaç£ s da v lvula.<br />

Lei <strong>de</strong> Child<br />

Como foi dito anteriormente, temos que levar em consi<strong>de</strong>raç¦ , para c lculo da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente no<br />

coletor, a dinâmica entre a emiss¦ ¦ sor禣 s el trons, assim como a geometria <strong>do</strong> coletor e filamento. A partir<br />

IX


da equaç¦ , fizemos uma regress¦ linear (figura 04) <strong>do</strong>s valores da tens££ ,5 Vdc para o filamento e chegamos<br />

num coeficiente angular <strong>de</strong> 1,1037 ± 0,00604. Saben<strong>do</strong> que o valor teóric 1,49 ± 0,02, po<strong>de</strong>mos explicar est<br />

diferença pelo fato <strong>de</strong> que caracterizamos somente o início <strong>do</strong> espectro da v lvula RCA, por causa <strong>de</strong> suas próprias<br />

limitaç s <strong>de</strong> construç¦ . Talvez s£¦£ ssemos aplicar maior potencial, a inclina禣 reta aumentaria e<br />

chegaríamos próximo ao valor teórico<br />

Ic (μA)<br />

10<br />

1<br />

Linear Fit for Data1_Vc0.5 on linearized scales.<br />

yscale(Y) = A + B * xscale(X)<br />

where scale() is the current axis scale function.<br />

<strong>Para</strong>meter Value Error<br />

------------------------------------------------------------<br />

A -1,00828 0,01167<br />

B 1,1037 0,00604<br />

10 100<br />

Figura 04: Gr fico da corrente versus tens o no coletor para diferentes voltagens <strong>do</strong> filamento em escala logarítmica.<br />

<strong>Para</strong> obten禦 raz¦ /m alimentamos o circuito da solenói<strong>de</strong> conforme a figura 02. Fixamos as tens s <strong>de</strong><br />

2,5011 Vdc no filamento, 21,8 Vdc no coletor e variamos uma corrente <strong>de</strong> 0,5 a 4,0 A no solenói<strong>de</strong>. Verificamos que a<br />

medida que aument vamos a corrente no solenói<strong>de</strong> e consequentemente o campo m¦§ tico, a corrente no coletor<br />

diminuía. Tal acontecimento estava <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a teoria e assim pu<strong>de</strong>mos verificar a a禦 campo m¦¦£ tico nos<br />

el trons que eram emiti<strong>do</strong>s <strong>do</strong> filamento e coleta<strong>do</strong>s no coletor. Com os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> corrente <strong>do</strong> coletor versus campo<br />

m¦£¦ tico aplica<strong>do</strong>, plotamos o gr fico mostra<strong>do</strong> na figura 05.<br />

Vc (V)<br />

Vc0.5<br />

Vc1.0<br />

Vc1.5<br />

Vc2.0<br />

Vc2.5<br />

Vc2.9<br />

X


Ic (μA)<br />

16,6<br />

16,5<br />

16,4<br />

16,3<br />

Figura 05: Gr fico da corrente <strong>do</strong> coletor versus o campo magn tico <strong>do</strong> solenói<strong>de</strong>.<br />

Analisan<strong>do</strong> o gr fico (figura 05), notamos que a medida que o campo m££¦ tico aumenta a corrente <strong>do</strong> coletor<br />

diminuí. Era interessante que a corrente fosse próximo <strong>de</strong> zero, entretanto conseguimos diminuir a corrente at ,26<br />

μA, porque o solenói<strong>de</strong> que usamos tinha poucas espiras (campo m£¦£ tico insuficiente). <strong>Para</strong> obter o valor <strong>do</strong> campo<br />

m¦£¦ tico em fun磦 corrente <strong>do</strong> coletor bem próxima <strong>de</strong> zero, achamos o coeficiente angular e linear da reta <strong>do</strong><br />

fico. Usan<strong>do</strong> a equa磦 reta, encontramos um campo magn tico <strong>de</strong> 327,9 mT para corrente no coletor igual a<br />

gr<br />

zero.<br />

Pela equa磣 , encontramos o valor <strong>de</strong> e/m = 1,797 . 10 7 V / T 2 . m 2 . O valor teórico <strong>de</strong> e/m = 1,76 . 10 11<br />

coulomb / Kg. . Se calcularmos a partir da equa磣 campo m££¦ tico necess rio para obter um valor <strong>de</strong> e/m<br />

teórico para est v lvula da RCA, encontraremos B o = 348,7 mT, usan<strong>do</strong> o potencial V o = 21,8 Vdc semelhante ao<br />

usa<strong>do</strong> no experimento. Como nosso valor <strong>do</strong> campo foi estima<strong>do</strong>, £¦£££ mos afirmar que o valor <strong>de</strong> e/m est correto,<br />

mesmo porque a corrente x m£¦¦ tic¦££ campo cresce at linearmente zero. experi¦ Em cias obten禦<br />

para<br />

e/m s¦ geralmente sadas bobinas <strong>de</strong> Helmholtz, as quais produzem um m¦£¦ campo tico altamente uniforme e<br />

mensur vel perpendicularmente a dire磣 feixe <strong>de</strong> el trons emiti<strong>do</strong>s <strong>do</strong> filamento.<br />

ORIGINALIDADE<br />

17,0<br />

16,9<br />

Linear Regression for Data1_B:<br />

Y = A + B * X<br />

<strong>Para</strong>meter Value Error<br />

16,8<br />

------------------------------------------------------------<br />

A 16,96752 0,02312<br />

16,7<br />

B -0,05174 0,00258<br />

------------------------------------------------------------<br />

16,2<br />

0 2 4 6 8 10 12 14 16<br />

B (1.10 -3 T)<br />

R SD N P<br />

------------------------------------------------------------<br />

-0,9926 0,02967 8


filamento usada em geral como lanterna e luz <strong>de</strong> freio na parte traseira <strong>do</strong> carro. Em nosso projeto a v lvula dio<strong>do</strong><br />

utilizada diferente da lâmpada <strong>de</strong> carro. O filamento e o coletor (cilíndrico) t m geometria específicas para que ocorra<br />

o mínimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio na corrente coletada.<br />

COLCLUS O<br />

N£ foi possível verificar a corrente termoiônica em funç¦ a temperatura, predita pela equa磦<br />

Richardson, porque a v lvula que est vamos construin<strong>do</strong> apresentou problemas e a construç¦ física da v lvula da<br />

RCA ¦£ rmitia obter os valores <strong>de</strong> temperatura <strong>do</strong> filamento com o pirômetro óptico.<br />

A oxida磣 filamento da v lvula construída po<strong>de</strong> ter si<strong>do</strong> ocasiona<strong>do</strong> pelo baixo v cuo no seu interior, uma<br />

vez que foi evacuada com bomba mecânica ou por vazamento nos locais on<strong>de</strong> foi fundi<strong>do</strong> o vidro com eletro<strong>do</strong>s.<br />

As medidas obtidas com a v lvula RCA serviram para estudar o efeito <strong>Termoiônico</strong> e obter um valor para e/m.<br />

A v lvula que estamos construin<strong>do</strong> ser sada nas disciplinas <strong>de</strong> Física mo<strong>de</strong>rna. A capacida<strong>de</strong> da v lvula ser maior<br />

que a <strong>do</strong> experimento (RCA), po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> assim colocar mais tens¦ filamento e coletor. Po<strong>de</strong>r £ ter tam m os<br />

valores <strong>de</strong> temperatura, atrav s <strong>de</strong> um furo no coletor que d acesso ao filamento, para medir com o pirômetro óptico.<br />

IMPORTÂNCIA DI TICA<br />

O efeito termoiônico <strong>de</strong>sempenha um importante papel no <strong>de</strong>senvolvimento da ci¦ cia e da compreens££ s<br />

proprieda<strong>de</strong>s da mat ria. Com este projeto, tratamos <strong>de</strong> temas corriqueiros nos cursos <strong>de</strong> física, como a emiss¦<br />

termoiônica, funç¦ trabalho e retificaç£ , que po<strong>de</strong>m ser aborda<strong>do</strong>s em disciplinas da Física Mo<strong>de</strong>rna.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGR FICAS<br />

[1] A. C. Melissimos: Experiments in Mo<strong>de</strong>rn Physics, Aca<strong>de</strong>mic Press INC. Florida, USA.<br />

[2] R. Eisberg e R. Resnick: Física Quântica: Átomos, Mol culas, Sóli<strong>do</strong>s, Núcleos e Partículas, reimpress¦ , Editora<br />

Campus LTDA., RJ, Brasil.<br />

[3] Preston, D.: The Art Of Experimental Physics<br />

Site <strong>de</strong> busca: www.google.com.br<br />

O <strong>Efeito</strong> <strong>Termoiônico</strong>: Uma Nova Proposta Experimental – E.F. <strong>de</strong> Lima, M. Foschini e M. Magini – <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Física <strong>de</strong><br />

S¦ Carlos, USP.<br />

XII


ANEXOS<br />

Esquema <strong>de</strong> montagem e fotos da constru磣 rcial da v lvula dio<strong>do</strong>.<br />

Figura 06: Esquema <strong>de</strong> montagem <strong>de</strong> uma v lvula dio<strong>do</strong> para estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Efeito</strong> <strong>Termoiônico</strong>. O amperímetro conecta<strong>do</strong> próximo a<br />

fonte <strong>de</strong> 200Vdc me<strong>de</strong> corrente da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> micro amperes.<br />

XIII


Figura 07: Peças construídas para montagem da v lvula dio<strong>do</strong>.<br />

XIV


Figura 08: Montagem parcial da v lvula dio<strong>do</strong>.<br />

XV


Figura 09: Gr fico teórico da corrente <strong>do</strong> coletor versus a tens o coletor em escala logarítmica.<br />

XVI

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!