Algoritmos Heurísticos de Cobertura de Arcos
Algoritmos Heurísticos de Cobertura de Arcos
Algoritmos Heurísticos de Cobertura de Arcos
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A suficiência da condição po<strong>de</strong>rá ser estabelecida, usando uma prova construtiva. É<br />
fácil verificar que se G é fortemente conexo e todos os seus nós são <strong>de</strong> grau par, nele se<br />
po<strong>de</strong> construir um circuito euleriano.<br />
Uma forma <strong>de</strong> construir um circuito euleriano é começar o traçado em qualquer nó<br />
arbitrário xi, percorrer uma aresta não utilizada para chegar a um outro nó xj, e a partir<br />
<strong>de</strong>ste prosseguir para um outro nó, repetindo o processo. Como o grau <strong>de</strong> todos os nós é<br />
par, então cada vez que se entra num nó, <strong>de</strong>ve haver uma aresta não utilizada, disponível<br />
para sair. Portanto, o processo terminaria forçosamente no mesmo nó <strong>de</strong> partida xi, quando<br />
se completa um circuito C. Se C contiver todas as arestas, então um circuito euleriano é<br />
obtido; caso contrário, i<strong>de</strong>ntifica-se o grafo parcial <strong>de</strong> Gp, formado pelas arestas não<br />
utilizadas do grafo G. Po<strong>de</strong>-se verificar que todos os nós <strong>de</strong> Gp também seriam <strong>de</strong> grau par.<br />
Escolhe-se um nó xk que é terminal <strong>de</strong> uma aresta <strong>de</strong> Gp, tal que xk esteja contido em C. Tal<br />
nó existe, pois se não, G não seria conexo. A partir <strong>de</strong> xk será construído um novo circuito<br />
C’, o qual será aninhado a C, a partir <strong>de</strong> xk, formando um único circuito. Este procedimento<br />
será continuado, até a obtenção <strong>de</strong> um circuito euleriano completo no grafo G.<br />
Edmonds [Edm73] utilizou uma abordagem diferente, baseada em construção <strong>de</strong> uma<br />
arborescência, para construir um circuito euleriano. Seja qual for o método, quando o grafo<br />
é euleriano, a obtenção <strong>de</strong> um circuito euleriano é uma tarefa trivial.<br />
Uma proprieda<strong>de</strong> notável <strong>de</strong> um grafo, quando não é euleriano, é a <strong>de</strong> possuir um<br />
número par <strong>de</strong> nós <strong>de</strong> grau ímpar. Este fato po<strong>de</strong> ser explicado pelo número total <strong>de</strong><br />
incidências nos nós do grafo: se o grafo possui m arestas e cada aresta está em contato com<br />
dois nós, então a soma <strong>de</strong> graus <strong>de</strong> todos os nós é 2m, que é um número par. Seja gp a soma<br />
<strong>de</strong> graus dos nós <strong>de</strong> grau par, e gi a soma para os nós <strong>de</strong> grau ímpar. Portanto:<br />
gp + gi =2m<br />
Obviamente gp é um número par, logo gi <strong>de</strong>ve ser um número par. Se a soma <strong>de</strong> alguns<br />
números ímpares é par, é porque a quantida<strong>de</strong> dos números ímpares é par.<br />
Logo, po<strong>de</strong>-se afirmar que em qualquer grafo há um número par <strong>de</strong> nós <strong>de</strong> grau ímpar.<br />
22