Dissertação Fernanda Flaviana de Souza Martins - PUC Minas
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sendo constituídas as bases da personalida<strong>de</strong> e da saú<strong>de</strong> psíquicas. Focalizando o<br />
que se passa na peculiar relação mãe-bebê, Winnicott (2000) apresenta as<br />
necessida<strong>de</strong>s humanas fundamentais que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as etapas mais primitivas,<br />
continuam ao longo da vida até a morte do indivíduo e as condições ambientais que<br />
favorecem a constituição paulatina da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> unitária que todo bebê <strong>de</strong>ve po<strong>de</strong>r<br />
alcançar e incluí aí a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionar-se com o mundo e com os objetos<br />
externos e <strong>de</strong> estabelecer relacionamentos interpessoais.<br />
Para Winnicott, citado por Dias (2003), o homem é um ser essencialmente<br />
temporal. Sendo uma amostra temporal da natureza humana, cada ser humano é<br />
dotado <strong>de</strong> uma tendência ao amadurecimento, ou seja, <strong>de</strong> uma propensão à<br />
integração num todo unitário. Tudo aquilo que o indivíduo herda é um processo <strong>de</strong><br />
amadurecimento.<br />
Cada indivíduo está <strong>de</strong>stinado a amadurecer, e isto significa: unificar-se e<br />
respon<strong>de</strong>r por um eu. Em função disto, o que falha no processo, e não é<br />
integrado por meio da experiência, não é simplesmente um nada, mas uma<br />
perturbação. (WINNICOTT apud DIAS, 2003, p.94).<br />
Para Winnicott, citado por Arcangioli (1995), o ser humano traz em si uma<br />
tendência inata a se <strong>de</strong>senvolver e a se unificar. O processo <strong>de</strong> amadurecimento<br />
tem início após a concepção e continua ao longo da vida do indivíduo até a sua<br />
morte. No entanto, para que essa tendência inata se realize, é necessário um<br />
ambiente facilitador. “Entretanto, é o ambiente, inicialmente representado pela mãe<br />
ou por um dos seus substitutos, que permite ou entrava o livre <strong>de</strong>senrolar <strong>de</strong>sses<br />
processos”. (Winnicott, apud ARCANGIOLI, 1995, p.183).<br />
Winnicott (2000) utiliza-se da situação da amamentação como paradigma do<br />
processo <strong>de</strong> constituição das relações objetais que po<strong>de</strong> resultar no primeiro laço<br />
afetivo feito pelo bebê com um objeto externo. Mãe e bebê vivem essa experiência<br />
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