Dissertação Fernanda Flaviana de Souza Martins - PUC Minas
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Sobre o motivo do abrigamento, para Antônio, foi por causa da doença da<br />
mulher e por ele não se encontrar na cida<strong>de</strong> para lhe dar apoio.<br />
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“Ela não dava conta sozinha, primeiro, ela estava doente, com<br />
os problemas <strong>de</strong>la, aquela <strong>de</strong>pressão pós-parto. Eu não<br />
estava aqui, ela não dava conta sozinha não, dava não”.<br />
(Antônio).<br />
Segundo Antônio, a vida com Carmem melhorou muito <strong>de</strong>pois do tratamento<br />
médico. Para ele, ela está curada.<br />
Antônio revela que, hoje, está trabalhando e que tem o hábito <strong>de</strong> sair bem<br />
cedo para o local <strong>de</strong> trabalho. Comenta que trabalha na construção <strong>de</strong> rodovias e<br />
que o trabalho é pesado.<br />
Sobre o futuro <strong>de</strong> seus filhos, Antônio diz:<br />
“espero tudo <strong>de</strong> bom para eles, o outro não é filho não, mas<br />
para ele também né, para os quatro. Futuro é ganhar dinheiro,<br />
ter pelo menos uma casa melhor que essa, que é somente um<br />
cômodo”. (Antônio)<br />
Antônio não é pai <strong>de</strong> Cláudio, mas tem muita consi<strong>de</strong>ração pela criança.<br />
Entre um assunto e outro, Antônio volta sempre no assunto do <strong>de</strong>semprego.<br />
Ele conta da importância <strong>de</strong> ter saído do aluguel e da ajuda que recebeu da igreja.<br />
Repete a história do período no qual esteve <strong>de</strong>sempregado, o seu <strong>de</strong>sespero por<br />
não ter como pagar o aluguel. Ficou três anos <strong>de</strong>sempregado e, nesse período,<br />
sobreviveu <strong>de</strong> bicos, ou seja, <strong>de</strong> trabalhos esporádicos e informais. Falou sobre as<br />
condições atuais <strong>de</strong> trabalho, que ainda não assinaram sua carteira, mas que<br />
garantiram que tudo será resolvido na semana seguinte.<br />
“Era ruim <strong>de</strong>mais, [silêncio], se tivesse bico todo dia, mas não<br />
tinha. Ficar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa parado, acordar e não ter 1o que<br />
fazer, pra on<strong>de</strong> ir [silêncio],ficar parado é ruim <strong>de</strong>mais”.<br />
(Antônio).