09.05.2013 Views

Conjuntos invariantes hiperbólicos - Impa

Conjuntos invariantes hiperbólicos - Impa

Conjuntos invariantes hiperbólicos - Impa

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Sistemas Dinâmicos - Dimensões altas<br />

Resumo<br />

Em sistemas unidimensionais, conseguimos estudar algumas funções, por exemplo a Família<br />

Quadrática, usando algumas das técnicas essenciais da Teoria de Sistemas Dinâmicos: dinâmica<br />

simbólica, conjugação topológica, e outras. A idéia é tentarmos expandir estes estudos para<br />

outras dimensões usando as mesmas técnicas.<br />

Neste trabalho, apresentaremos alguns exemplos de sistemas dinâmicos em dimensões altas:<br />

ferradura, automorfismos <strong>hiperbólicos</strong>. Mostraremos, também, alguns exemplos de atratores<br />

em outras dimensões, veremos o quão complicado pode parecer um “simples” atrator.<br />

Ferradura de Smale.<br />

Para definirmos a função, primeiro consideremos uma região D consistindo de 3 componentes:<br />

Um quadrado central S de lado 1, e dois semi-círculos D1 e D2 nas extremidades. Ou<br />

melhor, D é moldado como um “estádio”.<br />

A função ferradura F leva D no seu interior de acordo com a seguinte descrição: Primeiro<br />

contraímos S na vertical por um fator δ < 1/2, e expandimos este por um fator 1/δ; tal que<br />

S fique comprido e estreito. Então colocamos S de volta no interior de D com o formato de<br />

uma ferradura. A dinâmica da função ferradura é muito interessante. Notemos, apenas, que<br />

um ponto qualquer ou vai para o ponto fixo atrator em D1, ou pertence ao conjunto de cantor<br />

Λ dos pontos que nunca deixam S.<br />

Figura 1: ferradura de Smale<br />

Automorfismos <strong>hiperbólicos</strong> no Toro.<br />

Estas aplicações são importantes, pois são caóticas em todo lugar que estão definidas. No<br />

entanto, sua dinâmica pode ser descrita completamente.<br />

Denotemos o Toro por T , e seja π a projeção natural de R 2 sobre T , isto é,<br />

π(x, y) = [x, y] = π(x + M, y + N); onde M, N ∈ Z.<br />

Certos sistemas dinâmicos no Toro podem ser descritos mais eficientemente no plano e<br />

depois projetados sobre o Toro. Uma função F no plano, induz uma função bem definida ˆ F no<br />

Toro. ˆ F é definida pelo seguinte diagrama:<br />

R 2<br />

F<br />

−→ R 2<br />

π ↓ π ↓<br />

T<br />

ˆF<br />

−→ T<br />

Definição 1. Seja L(x) = Ax onde A é uma matriz 2 × 2 satisfazendo:<br />

1


1. Todos os elementos de A são inteiros.<br />

2. det(A) = ±1.<br />

3. A é hiperbólica.<br />

A função induzida em T por A é chamada de um automorfismo hiperbólico no Toro e é<br />

denotada por LA.<br />

Atratores<br />

Agora, introduziremos um novo tipo de fenômeno dinâmico que em dimensões mais altas<br />

é natural, o atrator. Rapidamente falando, um atrator é um conjunto invariante para onde<br />

todas as órbitas próximas convergem. Notemos que para funções unidimensionais, atratores<br />

são pontos fixos ou periódicos. Introduziremos dois novos atratores muito mais complicados, o<br />

solenóide e o atrator de Plykin. Estes são exemplos de um tipo especial de atrator conhecido<br />

como atrator transitivo ou hiperbólico.<br />

O solenóide é um atrator que está contido em um toro sólido, D = S1 ×B2 . Para definirmos o<br />

solenóide, consideraremos a função F que leva D estritamente dentro dele mesmo, pela fórmula:<br />

<br />

F (θ, p) = 2θ, 1 1<br />

p +<br />

10 2 eiθ<br />

<br />

(1)<br />

onde p ∈ B 2 e e iθ = (cos θ, sin θ) ∈ S 1 .<br />

Figura 2: solenóide<br />

Vejamos, agora, um exemplo de atrator sugerido por P lykin. Definiremos a função geometricamente,<br />

exatamente como fizemos para a Ferradura.<br />

Consideremos a região R no plano descrita na figura 3.<br />

Figura 3:<br />

R é uma região com três metades de discos removidas. Muniremos R com uma folhação<br />

cujas folhas são intervalos. Definiremos uma função P : R → R como mostrado na figura 4.<br />

2


Requeremos que P preserve e contraia as folhas da folhação. Notemos que P (R) está contida<br />

no interior de R. O conjunto<br />

Λ = <br />

P n (R)<br />

é o atrator de Plykin.<br />

Bibliografia Básica<br />

n≥0<br />

Figura 4:<br />

1. R. L. Devaney. An Introduction to Chaotic Dynamical Systems, 2nd. ed. Addison-Wesley<br />

Publishing Company. (1989)<br />

2. C. Robinson. Dynamical Systems: Stability, Symbolic Dynamics and Chaos, 2nd. ed.<br />

CRC Press. (1998)<br />

3. K. T. Alligood, T. D. Sauer e J. A. Yorke. Chaos - An Introduction to Dynamical Systems.<br />

Springer. (1996)<br />

4. E. L. Lima. Curso de Análise - Vol. 1. I.M.P.A. 10a. ed. (2002)<br />

3

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!