11 - PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO.
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<strong>11</strong> - <strong>PROCESSOS</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONFORMAÇÃO</strong>.<br />
<strong>11</strong>.1 – Laminação (Rolling)<br />
O Processo de deformação plástica dos metais no qual o material passa entre rolos é<br />
conhecido como laminação.<br />
É o processo mais usado na conformação de metais, pela sua alta capacidade de produção e<br />
pelo ótimo controle dimensional do produto final.<br />
O equipamento destinado à laminação é denominado laminador, e consta basicamente das<br />
seguintes partes: rolos, mancais, estrutura (gaiola) e sistema de transmissão de potência (motor).<br />
A terminologia usada para descrever os produtos laminados não atingiu um consenso geral,<br />
e os limites que dizem respeito às dimensões geralmente não podem ser enquadradas na<br />
terminologia siderúrgica. O produto da primeira redução é chamado de bloco. Geralmente a largura<br />
e a espessura do bloco são iguais e a área da sessão transversal é maior que 36 polegadas quadradas.<br />
Uma redução posterior por laminação a quente resulta num tarugo. Blocos, tarugos e placas são<br />
conhecidas como produtos semi-acabados, porque serão posteriormente transformados em outros<br />
produtos.<br />
A norma ABNT TB-20, classifica e define as chapas conforme as suas dimensões principais<br />
(espessura e largura).<br />
espessura (mm)<br />
8,0<br />
7,0<br />
6,0<br />
5,0<br />
4,0<br />
3,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
0,3<br />
Barra<br />
Chata<br />
Tira<br />
FOLHA<br />
Chapa<br />
Grossa<br />
Chapa<br />
Fina<br />
100 300 500 700 900<br />
<strong>11</strong>.1.1 – Tipos de aços para cilindros de laminação:<br />
largura (mm)<br />
Os materiais usualmente empregados na fabricação de cilindros para laminadores são aços e<br />
131
fofos. Na verdade, as ligas Fé-C que contém entre 1,8 a 2,6%C, que constitui grande parte dos<br />
cilindros de laminação, encontram-se em uma faixa de transição entre aço e FoFo. Os aços para<br />
cilindros de laminadores são classificados segundo o processo de fabricação; onde se têm dois tipos:<br />
aços forjados e aços fundidos. Os aços forjados para cilindros têm a vantagem de ser mais densos e<br />
de possuir uma estrutura de grãos mais finos, o que lhes dá alta tenacidade.<br />
O principal fabricante nacional de aços para cilindros de laminadores é a Aços Villares, que<br />
produz os aços VAR e VAF Fundidos e VC-14 forjados.<br />
Devido à dificuldade de ensaiar os cilindros dos laminadores (grandes), suas propriedades<br />
mecânicas são avaliadas a partir de sua dureza superficial, geralmente determinada pelo método do<br />
escleroscópio “shore” – dureza shore, e posteriormente transformados para as escalas Brinell,<br />
Vickers e Rockell C.<br />
V0<br />
b0=b1<br />
h0<br />
v<br />
α<br />
v<br />
h1<br />
Figura 62 – Esquema do processo de laminação.<br />
α=angulo de mordedura<br />
(contato ou ataque)<br />
"angle of bite"<br />
h0<br />
− h1<br />
a- Porcentagem de redução (r): r = . 100%<br />
(276)<br />
h<br />
b- Coeficiente de alongamento (δ ):<br />
Onde, l1= comprimento da chapa laminada e<br />
l0= comprimento inicial da chapa<br />
Do volume constante, tem-se: bo.l0.h0 = b1.l1.h1<br />
l<br />
l<br />
1<br />
0<br />
=<br />
0<br />
0<br />
v1<br />
l1<br />
δ =<br />
(277)<br />
l<br />
b<br />
b<br />
0<br />
1<br />
.<br />
.<br />
h<br />
h<br />
0<br />
1<br />
132
Na laminação, como b0 = b1:<br />
c - Velocidade de Saída do Material (V1):<br />
h0<br />
δ =<br />
(278)<br />
h<br />
•<br />
V<br />
0<br />
•<br />
V<br />
1<br />
V<br />
=<br />
t<br />
sai<br />
b0.h0.v0 = b1.h1.v1, como b0 ≅b1, vem:<br />
0<br />
•<br />
V<br />
0<br />
= V<br />
•<br />
saida<br />
l0<br />
= b0.<br />
h0.<br />
= b0.<br />
h0.<br />
v0<br />
{ t<br />
v0<br />
l1<br />
= b1<br />
. h1.<br />
= b1.<br />
h1.<br />
v<br />
{ t<br />
v1<br />
h<br />
v = ∴ ><br />
(279)<br />
0<br />
1 . v0<br />
v1<br />
v0<br />
h1<br />
Velocidade<br />
v<br />
v0<br />
1<br />
1<br />
v1<br />
pto neutro α<br />
v > v > v<br />
No ponto neutro, o material se encontra em repouso em relação ao cilindro (velocidade<br />
superficial do rolo igual à velocidade do material).<br />
d - Velocidade Relativa (vr):<br />
v r<br />
v1−v<br />
= . 100%<br />
(280)<br />
v<br />
0<br />
133
e - Efeito do Atrito ao longo de α:<br />
Por construção, tem-se:<br />
2 2<br />
2 ⎟ ⎛ ∆h<br />
⎞<br />
R = X + ⎜ R −<br />
⎝ ⎠<br />
Considerando ∆h pequeno, vem:<br />
Vm < V<br />
Vm= Velocidade do material<br />
v<br />
Efeito do<br />
atrito<br />
α<br />
Efeito do<br />
atrito<br />
2<br />
Pto neutro<br />
R<br />
x<br />
α<br />
R<br />
2<br />
R - ∆h<br />
2<br />
= X<br />
2<br />
Vm > V<br />
+ R<br />
2<br />
∆h h0-h1<br />
2 2<br />
h<br />
- R. h<br />
4<br />
∆<br />
∆ +<br />
X 2 = R. ∆h ∴X= R∆ h<br />
(281)<br />
Sabe-se ainda que:<br />
Logo:<br />
∆h<br />
R −<br />
2 ∆h<br />
cosα<br />
= = 1−<br />
R 2R<br />
x<br />
senα<br />
X<br />
tgα<br />
= = R =<br />
cosα<br />
∆h<br />
∆h<br />
R − R −<br />
2 2<br />
R<br />
X<br />
Para ∆h pequeno, tem-se que: tgα= (282)<br />
R<br />
R.<br />
∆h<br />
Substituindo (281) em (282), tem-se: tgα<br />
= ∴ tgα<br />
=<br />
R<br />
∆h<br />
R<br />
2<br />
(283)<br />
134
e.1 – Coeficiente de atrito (µ)<br />
Valores de µ;<br />
- Na laminação a frio: µ= 0,02-0,3 (Aço)<br />
- Na laminação à quente: µ= 0,20-0,4 (Aço)<br />
T<br />
β = = µ<br />
N<br />
tg (284)<br />
Para que ocorra a laminação a projeção de F no eixo de laminação deve ser positiva, ou seja;<br />
Fx > 0. Isto é: Tcosα - Nsenα > 0 (285)<br />
Supondo que ocorra um processo de atrito comlombiano, tem-se: T = µ.N (286)<br />
Considerando (286) em (285), vem:<br />
N (µ.cosα - senα) > 0 ∴ tgα < µ = tgβ (287)<br />
α cresce à medida que os passes se tornam maiores, o que implica em um aumento de µ, para<br />
permitir a entrada da chapa.<br />
e.2 - Valor máximo de α (α máx):<br />
Na condição limite a qual possibilita o cálculo da redução máxima com a “mordida” dos<br />
cilindros, tem-se: tgα = tgβ = µ ∴ αmáx = tg -1 µ (288)<br />
de (283), considerando (288), obtém-se:<br />
h<br />
tg hmáx<br />
. R<br />
R<br />
2<br />
∆ max<br />
α max = = µ ∴ ∆ = µ<br />
(289)<br />
αmáx, depende: - do material; - da geometria; - do acabamento superficial do cilindro;<br />
α<br />
θ<br />
Fx X<br />
N β T<br />
- da temperatura e; - da velocidade.<br />
F<br />
135
Valores Práticos de α<br />
24º - 30º → laminação a quente de tarugos.<br />
15º - 20º → laminação a quente de lâminas.<br />
2º - 10º → laminação a frio de lâminas.<br />
f - Distribuição de pressão ao longo do arco de contato material-cilindro:<br />
A pressão atinge num máximo no ponto neutro, e a partir daí, cai. Sob o ponto de vista<br />
prático não existe um pico sob a curva de pressão, e que leva a conclusão que o ponto neutro não é<br />
um ponto e sim uma área).<br />
(a)<br />
p<br />
Curva prática<br />
Energia para<br />
deformar o metal<br />
(b)<br />
Friction Hill<br />
Figura 63 – Distribuição de pressão dos cilindros ao longo do arco de contato.<br />
g - Cálculo da Potência de Laminação.<br />
1- Método da Energia Uniforme de Deformação.<br />
2- Método dos blocos (“Slab”).<br />
g 1- Método da Energia Uniforme de Deformação (O atrito é desprezado)<br />
h0<br />
h1<br />
F<br />
α<br />
136
U = σ.<br />
d ∈<br />
−<br />
σ = K.<br />
∈<br />
−<br />
−<br />
∈<br />
∫<br />
σ = K<br />
Considerando: deformação plana (largura constante):<br />
n<br />
→<br />
( materialrecozido)<br />
n ( ∈ + ∈)<br />
→ ( material encruado)<br />
∈ = deformação<br />
0<br />
0<br />
0<br />
Cálculo de ∈<br />
inicial<br />
σ<br />
∈o<br />
∈max<br />
[ ( ) ( ) ( ) ] 2<br />
1<br />
2<br />
2<br />
2<br />
d ∈ −d<br />
∈ + d ∈ −d<br />
∈ + d ∈ −d<br />
2<br />
d ∈ =<br />
t b b l l ∈t<br />
3<br />
∈ t = ln<br />
h<br />
ho<br />
Da condição de deformação plana: d = 0<br />
Do volume constante, vem:<br />
∈ b<br />
d ∈t + d ∈b<br />
+ d ∈l<br />
= 0 ∴ d ∈l<br />
= −d<br />
∈t<br />
Substituindo em d ∈ , vem:<br />
1<br />
−<br />
2<br />
2<br />
2<br />
2<br />
[ ( d ∈t<br />
) + ( d ∈t<br />
) + ( 2d<br />
∈t<br />
) ] 2 ∴ d ∈ = . d t<br />
− 2<br />
d ∈ =<br />
∈<br />
3<br />
3<br />
Integrando, vem:<br />
Cálculo da Potência de Laminação:<br />
2 h<br />
∈ = ln<br />
U = l∫<br />
σ .d ∈<br />
3 ho<br />
•<br />
Pot = U.<br />
V V = b.<br />
h.<br />
vsaida<br />
1 cv = 75 kg.<br />
m / s<br />
g 2 – Método dos Blocos (slab Method”) (Análise simplificada)<br />
Determinação da pressão específica de Laminação (p):<br />
•<br />
A pressão específica de laminação é a carga de laminação dividida pela área de contato.<br />
∈<br />
0<br />
∈<br />
137
De (283), sabe-se que:<br />
2<br />
2 2 ⎛ ∆h<br />
⎞<br />
Lp = ( R.<br />
α ) − ⎜ ⎟ (290)<br />
⎝ 2 ⎠<br />
tgα<br />
=<br />
∆h<br />
R<br />
Para α pequeno, vem: α ≅<br />
∆h<br />
R<br />
(291)<br />
Substituindo (291) em (290), tem-se:<br />
p<br />
L<br />
L<br />
2<br />
p<br />
p<br />
⎛ ∆h<br />
⎞<br />
=<br />
⎜ R.<br />
R ⎟<br />
⎝ ⎠<br />
≅<br />
P<br />
b.<br />
L<br />
1<br />
2<br />
2<br />
2<br />
⎛ ∆h<br />
⎞<br />
− ⎜ ⎟<br />
⎝ 2 ⎠<br />
2<br />
p<br />
1<br />
[ ]2<br />
[ R.<br />
∆h]<br />
ou L ≅ R(<br />
ho − h)<br />
p<br />
L<br />
p<br />
2<br />
2 ∆h<br />
⎛ ∆h<br />
⎞<br />
= R . − ⎜ ⎟<br />
2 ⎝ 2 ⎠<br />
(292)<br />
= b = largura da chapa; P = carga de separação (293)<br />
Definição de carga de separação:<br />
R<br />
Lp<br />
Rα<br />
a<br />
α<br />
R<br />
h0<br />
2 h<br />
2<br />
P<br />
α<br />
Τ<br />
2<br />
∆h<br />
2<br />
∆h<br />
2<br />
S<br />
R<br />
α<br />
Para α pequeno:<br />
tg α = α = (S/R)<br />
Logo: S = R . α<br />
138
∑<br />
Fx = 0<br />
−<br />
−<br />
σ . h.<br />
b −σ<br />
. h.<br />
b − dσ<br />
. h.<br />
b − 2σ<br />
x<br />
Dividindo por<br />
x<br />
dσ<br />
dx<br />
x<br />
−<br />
h , e rearranjando vem:<br />
2σ<br />
x xy<br />
+ −<br />
h<br />
fazendoσ<br />
xy<br />
−<br />
= 0<br />
= µ . p<br />
xy<br />
em<br />
Da condição de deformação plana, vem:<br />
−<br />
. b.<br />
dx = 0<br />
dσ<br />
dx<br />
( 294)<br />
2.<br />
µ . p<br />
h<br />
x<br />
( 294)<br />
, vem : + = 0 ( 295)<br />
d∈<br />
⎡ 1 ⎤<br />
1<br />
d ∈b = 0 = .<br />
⎢<br />
σ b − ( σ x + σ z ) ⎥<br />
∴ σ b = . ( σ x + σ z )<br />
(296)<br />
−<br />
σ ⎣ 2 ⎦<br />
2<br />
Substituindo σ b , na expressão de Von Mises, vem:<br />
σ = σ =<br />
σ<br />
0<br />
0<br />
=<br />
h<br />
3<br />
.<br />
2<br />
1<br />
.<br />
2<br />
2<br />
2<br />
2<br />
[ ( σ −σ<br />
) + ( σ −σ<br />
) + ( σ − σ ) ]<br />
( σ − σ ) σ −σ<br />
= . σ ( 297)<br />
z<br />
σx<br />
b<br />
x<br />
Lp<br />
x P<br />
Lp /2<br />
mas, σ z = p (sobre o elemento), logo substituindo em (22), vem:<br />
p −σ x = . σ 0 = σ 0<br />
3<br />
Supondo que o material é do tipo rígido plástico, ou seja:<br />
x<br />
P σxy<br />
2 '<br />
h<br />
σxy<br />
dx<br />
x<br />
h = h0 + h<br />
2<br />
+<br />
σx dσx<br />
z<br />
z<br />
x<br />
x<br />
z<br />
2<br />
3<br />
b<br />
0<br />
1/<br />
2<br />
∴<br />
( 298)<br />
139
'<br />
p x o<br />
Vem: −σ<br />
= σ = cte<br />
(299)<br />
Derivando (299) em relação a x, tem-se:<br />
σ<br />
σ' 0<br />
dp dσ<br />
x dσ<br />
x dp<br />
− = 0 ∴ =<br />
(300)<br />
dx dx<br />
dx dx<br />
Substituindo (300) na equação de equilíbrio (295), vem:<br />
Separando-se as variáveis, obtém-se:<br />
mas,<br />
'<br />
0<br />
σ = C.<br />
e<br />
C = σ . e<br />
dp 2µ . p<br />
= − −<br />
dx<br />
h<br />
dp<br />
p<br />
2µ = − . dx −<br />
h<br />
Integrando-se ambos os lados da equação, tem-se:<br />
2.<br />
µ . x<br />
ln p = − + ln C<br />
−<br />
h<br />
∴<br />
ε<br />
p = −C.<br />
e<br />
⎛<br />
2 .<br />
⎞<br />
⎜ − µ x ⎟<br />
⎜<br />
⎝<br />
−<br />
h<br />
⎟<br />
⎠<br />
Da condição de contorno, sabe-se que: quando x Lp / 2 ⇒ σ = 0<br />
p − σ = σ<br />
'<br />
0<br />
x<br />
⎛ Lp ⎞<br />
⎜ −2.<br />
µ . ⎟/<br />
h<br />
⎝ 2 ⎠<br />
( −µ<br />
. Lp<br />
) / h<br />
'<br />
0<br />
; logo,<br />
∴<br />
quando x = Lp / 2<br />
'<br />
0<br />
σ = C.<br />
e<br />
( −µ<br />
. L p ) / h<br />
Finalmente, substituindo (302) em (301), tem-se:<br />
p =<br />
= x<br />
∴<br />
( 302)<br />
'<br />
0<br />
⇒ p = σ<br />
' ( µ ( Lp−<br />
2x<br />
) / h)<br />
σ e<br />
(303)<br />
0.<br />
z<br />
x<br />
Lp /2<br />
−<br />
x<br />
∴<br />
( 301)<br />
140
141<br />
Distribuição da Pressão dos rolos ao longo de Lp:<br />
Pressão média de deformação na laminação :<br />
⎟<br />
⎟<br />
⎠<br />
⎞<br />
⎜<br />
⎜<br />
⎝<br />
⎛ −<br />
p<br />
( )<br />
dx<br />
e<br />
e<br />
L<br />
dx<br />
e<br />
L<br />
p<br />
Lp<br />
dx<br />
p<br />
p<br />
L<br />
b<br />
x<br />
d<br />
b<br />
p<br />
p<br />
h<br />
x<br />
h<br />
L<br />
L<br />
p<br />
h<br />
x<br />
L<br />
L<br />
p<br />
L<br />
L<br />
p<br />
p<br />
p<br />
p<br />
p<br />
p<br />
p<br />
)<br />
/<br />
2<br />
(<br />
)<br />
/<br />
.<br />
(<br />
2<br />
/<br />
0<br />
'<br />
0<br />
)<br />
/<br />
2<br />
(<br />
2<br />
/<br />
0<br />
'<br />
0<br />
2<br />
/<br />
0<br />
2<br />
/<br />
0<br />
.<br />
.<br />
.<br />
2<br />
.<br />
.<br />
2<br />
.<br />
.<br />
2<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
2<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
∫<br />
∫<br />
∫<br />
∫<br />
=<br />
=<br />
=<br />
∴<br />
=<br />
µ<br />
µ<br />
µ σ<br />
σ<br />
dx<br />
h<br />
dU<br />
h<br />
x<br />
U<br />
dx<br />
e<br />
e<br />
L<br />
p<br />
p<br />
p<br />
L<br />
h<br />
mx<br />
h<br />
L<br />
p<br />
.<br />
.<br />
2<br />
.<br />
.<br />
2<br />
.<br />
.<br />
2<br />
2<br />
/<br />
0<br />
/<br />
2<br />
/<br />
.<br />
'<br />
0<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
=<br />
∴<br />
−<br />
=<br />
= ∫<br />
−<br />
−<br />
µ<br />
µ<br />
σ µ<br />
⎥<br />
⎥<br />
⎦<br />
⎤<br />
⎢<br />
⎢<br />
⎣<br />
⎡<br />
−<br />
−<br />
=<br />
−<br />
=<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
1<br />
2<br />
.<br />
.<br />
2<br />
2<br />
.<br />
2<br />
/<br />
.<br />
/<br />
.<br />
'<br />
2<br />
/<br />
0<br />
/<br />
2<br />
/<br />
.<br />
'<br />
0<br />
0<br />
h<br />
L<br />
h<br />
L<br />
p<br />
L<br />
h<br />
x<br />
h<br />
L<br />
p<br />
p<br />
p<br />
p<br />
p<br />
e<br />
L<br />
e<br />
e<br />
L<br />
p<br />
h<br />
e<br />
p<br />
h<br />
µ<br />
µ<br />
µ<br />
µ<br />
µ<br />
σ<br />
µ<br />
σ<br />
⎥<br />
⎥<br />
⎥<br />
⎦<br />
⎤<br />
⎢<br />
⎢<br />
⎢<br />
⎣<br />
⎡ −<br />
−<br />
= −<br />
−<br />
−<br />
−<br />
−<br />
e<br />
e<br />
e<br />
h<br />
L<br />
h<br />
L<br />
h<br />
L<br />
p p<br />
p<br />
p<br />
L<br />
h<br />
p<br />
/<br />
.<br />
/<br />
.<br />
/<br />
.<br />
'<br />
0<br />
1<br />
.<br />
. µ<br />
µ<br />
µ<br />
µ<br />
σ<br />
⎥<br />
⎦<br />
⎤<br />
⎢<br />
⎣<br />
⎡<br />
−<br />
=<br />
−<br />
−<br />
1<br />
.<br />
/<br />
.<br />
'<br />
0<br />
e<br />
h<br />
L<br />
p<br />
p<br />
L<br />
h<br />
p<br />
µ<br />
µ<br />
σ (304)<br />
Fazendo:<br />
−<br />
=<br />
h<br />
L<br />
Q<br />
p<br />
.<br />
µ<br />
em (304) vem:<br />
[ ]<br />
1<br />
0 −<br />
=<br />
Q<br />
'<br />
e<br />
Q<br />
σ<br />
p (305)<br />
p<br />
x<br />
σ ’ 0<br />
pm<br />
)<br />
/<br />
.<br />
(<br />
'<br />
0 .<br />
−<br />
h<br />
L p<br />
e µ<br />
σ
de acordo com a definição da pressão específica de laminação, a carga de laminação é dada como:<br />
−<br />
P = p.<br />
b.<br />
L<br />
(306)<br />
Como: [ ] 2<br />
1<br />
Lp ≅ R.<br />
∆h<br />
e<br />
'<br />
σ 0 =<br />
2<br />
. σ 0<br />
3<br />
Tem − se finalmente : P =<br />
2 ⎡ b Q<br />
. σ 0.<br />
⎢ ( e −1)<br />
3 ⎣Q<br />
⎤<br />
R.<br />
∆h⎥<br />
⎦<br />
( 307)<br />
Cálculo do Torque (T):<br />
T<br />
= P.<br />
a<br />
2<br />
∴ T = 2.<br />
P.<br />
a<br />
(308)<br />
p<br />
Para reduções pequenas: a ≅ Lp/2 T = P. Lp (309)<br />
Cálculo da Potencia de Laminação (N):<br />
N=P.V= π.d.n.P = π.(2.a).n.P<br />
N= 2. π.a P.n a [m] P [kg] n [rpm] (p/ 1 cilindro)<br />
Nt = 2.(2π.a.P).n = 4π.a.P.n (para 2 cilindros)<br />
N<br />
N<br />
N<br />
t<br />
t<br />
t<br />
( cv)<br />
( cv)<br />
4π<br />
. a.<br />
P.<br />
n<br />
=<br />
4500<br />
2π<br />
. T.<br />
n<br />
=<br />
4500<br />
2π<br />
. T.<br />
n<br />
33.<br />
000<br />
Cálculo da potência total do motor (Nm):<br />
h - Cargas de laminação a quente:<br />
I – Equação de Ekelund:<br />
sendo:<br />
( 310)<br />
( 3<strong>11</strong>)<br />
( HP)<br />
=<br />
( 312)<br />
Nt<br />
N m = η = rendimento total do laminador.<br />
η<br />
Ekelund propôs para a carga de laminação a quente a seguinte expressão:<br />
1,<br />
6.<br />
µ<br />
Qe = 1+<br />
( h h)<br />
Qe<br />
P = σ . b.<br />
R.<br />
o −<br />
(313)<br />
0<br />
R<br />
( h − h)<br />
−1,<br />
2(<br />
h − h)<br />
o<br />
h<br />
o<br />
+ h<br />
o<br />
(314)<br />
142
Podendo ser adotado para o cálculo do coeficiente de atrito na laminação de aço, com<br />
cilindros de aço, a expressão: µ = 0,8 (1,05 – 0,0005 T) (315)<br />
T = temperatura de laminação a quente em ºC.<br />
II- Equação de Orowan – Pascoe:<br />
Onde:<br />
Orowan-Pascoe propôs para a carga de Laminação a quente a seguinte expressão:<br />
( h − h)<br />
Qp<br />
P = σ b.<br />
R.<br />
.<br />
(316)<br />
0.<br />
0<br />
1 ⎡ R ⎛ h ⎤<br />
0 − h ⎞<br />
Qp = ⎢π<br />
+ ⎜ ⎟⎥<br />
(317)<br />
4 ⎢⎣<br />
h ⎝ h ⎠⎥⎦<br />
i - Efeito da tração de ré e da Tração avante na carga de Laminação e na Distribuição de<br />
pressões no rolo:<br />
A presença de tensão no plano da placa pode reduzir a carga de laminação. A tração de ré<br />
pode ser produzida por controle da velocidade da desembobinadeira (desenroladeira) relativamente<br />
à velocidade dos rolos, e a tração avante pode ser criada pelo controle da bobinadeira.<br />
Como mostra a figura 64, a adição da tração avante e da tração de ré junta reduz a área sobre<br />
a curva, daí, a carga de laminação e, além disso, desloca ligeiramente o ponto neutro. Se uma tração<br />
de ré suficientemente elevada for aplicada, o ponto neutro ira eventualmente atingir a saída dos<br />
rolos. Quando isso ocorre, os rolos estão se movendo mais rápido do que o metal e deslizam sobre o<br />
mesmo.<br />
p<br />
apenas<br />
tração<br />
avante<br />
α e αs<br />
sem tração avante<br />
ou tração de ré<br />
tração de ré<br />
e avante<br />
apenas tração de ré<br />
Figura 64 - Efeito da Tração de ré e da Tração avante na distribuição de pressões no rolo.<br />
α<br />
143
<strong>11</strong>.2 –Forjamento (“FORGING”).<br />
Define-se forjamento como sendo a conformação mecânica de um metal através de<br />
aplicações intermitentes de pressão. É a mais antiga arte de transformação de metais.<br />
A maioria das operações de Forja é realizada a quente, contendo certos metais podem ser<br />
forjados a frio.<br />
Usam-se duas classes bascas de equipamento para a operação de forjamento: o martelo de<br />
forjar aplica golpes de impactos rápidos sobre a superfície de metal, enquanto as prensas de forjar<br />
submetem o metal a uma força compressiva aplicada de forma lenta.<br />
<strong>11</strong>.2.1- Tipos de Processos de Forjamento:<br />
Basicamente, existem três processos de forjamento: Forjamento em martelo, Forjamento<br />
Livre e Forjamento em Matriz Fechada.<br />
a- Forjamento em Martelo: é o processo tradicional, e consiste em colocar a peça de aço, em<br />
uma temperatura determinada, sobre uma bigorna, e atingi-la rapidamente com um martelo, de<br />
modo a conformá-la. O processo pode ser manual ou mecânico (martelo de queda livre com prancha<br />
ou martelo mecânico a vapor). Os martelos de forja geralmente não fornecem uma boa precisão de<br />
forjamento como as prensas de Forja. Devido as suas características inerentes de impacto, os<br />
problemas de impacto no solo, barulho e vibração devem ser considerados.<br />
b- Forjamento livre: É realizado entre matrizes planas ou de formas muito simples. O<br />
processo é utilizado mais comumente para peças grandes ou quando o número de peças é pequeno.<br />
O forjamento livre, normalmente é utilizado para preparar a forma da peça para o forjamento em<br />
matriz. Utilizam-se prensas excêntricas ou hidráulicas neste processo.<br />
c- Forjamento em Matriz Fechada: No forjamento em matriz fechada a peça é deformada<br />
entre duas metades de matriz (matriz bi-partida) que dão a forma final desejada ao metal. A peça a<br />
forjar é deformada sob alta pressão numa cavidade fechada, comprimida lentamente. Com isso, o<br />
metal tem mais tempo para escoar e, portanto, podem ser produzidas peças forjadas de precisão com<br />
tolerâncias dimensionais mínimas. Utilizam-se também neste processo, prensas excêntricas e<br />
hidráulicas.<br />
A pancada de uma prensa excêntrica é mais uma aplicação de carga crescente do que o<br />
impacto dos martelos. Por isso, as matrizes podem ser menos maciças e a sua vida útil é maior que a<br />
de um martelo. São encontradas prensas mecânicas variando de 300 a 12000 toneladas. O custo<br />
inicial de uma prensa é muito maior do que a do martelo, o que pode ser compensado pela sua alta<br />
taxa de produção.<br />
A prensa hidráulica é uma máquina de velocidade baixa, o que resulta em tempos longos de<br />
144
contato com a peça que pode levar a problemas com a perda de calor da peça a ser trabalhada e com<br />
a deterioração da matriz. Por outro lado, a prensagem lenta de uma prensa hidráulica resulta em<br />
forjamento de pequenas tolerâncias dimensionais. São encontradas prensas variando de 500 a 18000<br />
toneladas.<br />
<strong>11</strong>.2.2- Aço Para Forjamento:<br />
Define-se aço para forjamento como aquele aço que se adapta particularmente bens as<br />
operações de trabalho a quente.<br />
<strong>11</strong>.2.3 – Tipos de Aço Para Forjamento:<br />
Aços carbonos, aços de baixa liga e aço de alta liga.<br />
- Aços carbonos: teor de carbono (0,15% - 0,55%), Mn (0,3% - 0,9%)<br />
- Aços baixa liga: teor de carbono (0,15% - 0,30%) Cr, Mo, Ni, ou V. São empregados até<br />
temperaturas de 500ºC. DIN 17006 e ASTM a 295-46T (52.100, 51.100, 50.100).<br />
- Aços alta liga: São do tipo inoxidável com baixos teores de carbono e altos teores de Cr, Ni<br />
e Mo, além de W e V. DIN 17006.<br />
<strong>11</strong>.2.4 - Propriedades Mecânicas dos Forjados:<br />
São bastante anisotrópicos. O trabalho a quente, nos metais provoca um alongamento das<br />
regiões de segregação, empurezas, na direção do fluxo plástico (“Banding” ou “Mechanical<br />
Fibering”). A dutilidade, tenacidade e resistência a fadiga é bem maior na direção das linhas de<br />
fluxo.<br />
<strong>11</strong>.2.5 – Análise do Processo de Forjamento: Cálculo da carga de Forjamento (matriz aberta):<br />
I- Método da Energia de Deformação Uniforme;<br />
II- Método dos Blocos (Forjamento em Deformação Plana)<br />
I - Método da Energia de Deformação Uniforme:<br />
No forjamento em matriz aberta, considerando-se um paralelepípedo de altura ho e área Ao<br />
sob uma força de compressão P, atuam as seguintes tensões (conforme fig.65):<br />
145
Ao<br />
ho<br />
A<br />
Instante Inicial Instante intermediário Instante final<br />
σ2<br />
Ao<br />
a<br />
σ1<br />
dh<br />
h<br />
b<br />
Af<br />
σ3<br />
Figura 65 – Esquema do processo de forjamento.<br />
p<br />
σ1 = , σ 2 = 0<br />
e σ 3 = 0<br />
A<br />
0<br />
ho<br />
σ σ = σ<br />
(318)<br />
Do critério de escoamento de Tresca, sabe-se que: 1 − 3 0<br />
(319)<br />
Onde σ 0 é o limite de escoamento do material. Considerando-se (318) em (319), tem-se:<br />
P<br />
σ1 σ 0 = ∴ P = A0.σ<br />
0<br />
A<br />
= (320)<br />
0<br />
O trabalho de deformação plástica para um dado elemento incremental do paralelepípedo,<br />
num estágio intermediário é dado como:<br />
dW = P.dh (321)<br />
Substituindo (320) em (321), vem:<br />
dW = A0. σ0. dh = a. b. dh. σ0<br />
hf<br />
146
Ou multiplicando e dividindo por h, tem-se:<br />
Integrando (322), para δV = 0.<br />
-<br />
W =<br />
∫<br />
sendo<br />
dh dh<br />
dW = a{<br />
. b.<br />
h.<br />
. σ 0 = V.<br />
σ 0.<br />
(322)<br />
h<br />
h<br />
hf<br />
h0<br />
dW =<br />
−<br />
∈=<br />
hf<br />
h0<br />
∫<br />
V<br />
V.<br />
σ .<br />
0<br />
hf<br />
h0<br />
∫<br />
⎛<br />
⎜<br />
⎝<br />
dh<br />
h<br />
⎛ dh ⎞ h<br />
⎜ ⎟ = −ln<br />
⎝ h ⎠ h<br />
⎞<br />
⎟<br />
⎠<br />
f<br />
0<br />
∴<br />
∴<br />
⎛<br />
⎜<br />
h<br />
w = V.<br />
σ 0.<br />
ln<br />
⎜<br />
⎝ h<br />
⎛ ⎞<br />
⎜<br />
h0<br />
∈ ⎟<br />
c = ln<br />
⎜ ⎟<br />
⎝<br />
h f ⎠<br />
0<br />
f<br />
⎞<br />
⎟<br />
⎠<br />
(323)<br />
Supondo que não haja encruamento e que σ 0 , apresenta um valor médio do limite de<br />
escoamento. Como o volume é constante, tem-se:<br />
A . h<br />
O<br />
0<br />
0<br />
substituindo<br />
− A f<br />
W = V.<br />
σ 0 . ln.<br />
A<br />
W = P<br />
( h − h )<br />
0<br />
Igualando<br />
trabalho,<br />
⎛h<br />
σ 0.<br />
V.<br />
ln⎜<br />
P =<br />
⎝<br />
h − h<br />
0<br />
. h<br />
( 324)<br />
em ( 323)<br />
f<br />
( 323)<br />
e ( 9326)<br />
0<br />
f<br />
0<br />
h<br />
f<br />
A<br />
f<br />
f<br />
também<br />
II- Método dos Blocos (“slab Method”):<br />
=<br />
⎞<br />
⎟<br />
⎠<br />
∴<br />
vem :<br />
pode<br />
h<br />
h<br />
0<br />
f<br />
ser<br />
=<br />
A<br />
A<br />
0<br />
( 325)<br />
( 326)<br />
finalmente<br />
f<br />
expresso<br />
tem − se :<br />
( 327)<br />
como :<br />
( 324)<br />
Hipóteses:<br />
- O metal se deforma em estado de deformação plana;<br />
- O escoamento lateral, normal ao percurso do êmbolo acarreta tensões de atrito cisalhantes<br />
nas superfícies de contato da matriz;<br />
- Na análise admite-se que a placa de metal apresenta largura W; normal ao plano do papel e<br />
que a mesma permanece constante.<br />
147
∑ F<br />
= 0<br />
dσ<br />
2σ<br />
x +<br />
d h<br />
x<br />
x<br />
xy<br />
∴<br />
= 0<br />
σx<br />
P σxy<br />
P<br />
a a<br />
b<br />
Z<br />
x<br />
σx+ dσx<br />
dx<br />
σxy<br />
σ . h.<br />
w −σ<br />
. h.<br />
w − d.<br />
σ . h.<br />
w − 2.<br />
σ<br />
x<br />
x<br />
x<br />
xy<br />
. d<br />
x<br />
h<br />
. w = 0<br />
(328)<br />
Supondo que a tensão cisalhante esteja relacionada com a pressão normal pela Lei de<br />
Conlomb do atrito dinâmico, σ = µ p , em (328), tem-se:<br />
xy<br />
dσ<br />
x 2.<br />
µ . p<br />
+ = 0<br />
d h<br />
Da condição de deformação plana, vem:<br />
x<br />
d ∈ ⎡<br />
d ∈w<br />
= 0 = . σ<br />
σ ⎢<br />
⎣<br />
1<br />
σ w = . ( σ x + σ z )<br />
2<br />
w<br />
1<br />
− .<br />
2<br />
( σ + σ )<br />
Substituindo (330), na expressão de Von Mises, tem-se:<br />
σ = σ =<br />
0<br />
1<br />
.<br />
2<br />
x<br />
z<br />
⎤<br />
⎥<br />
⎦<br />
∴<br />
(329)<br />
(330)<br />
1<br />
2<br />
2<br />
2 2<br />
[ ( σ −σ<br />
) + ( σ −σ<br />
) + ( σ −σ<br />
) ] ∴<br />
w<br />
x<br />
3<br />
2<br />
σ 0 = . ( σ z −σ<br />
x ) ∴ σ z −σ<br />
x = . σ 0<br />
(331)<br />
2<br />
3<br />
x<br />
z<br />
z<br />
w<br />
148
Mas σ = p (sobre o elemento), logo (331) fica:<br />
z<br />
Supondo que o material é do tipo rígido plástico, ou seja:<br />
p −σ x = σ '=<br />
cte<br />
Derivando (333) em relação a “x”, vem:<br />
dσ<br />
x<br />
− = 0<br />
dx dx<br />
0<br />
dσ<br />
dx<br />
dp x<br />
Substituindo (334) em (328), tem-se:<br />
Separando as variáveis, obtem-se:<br />
∴<br />
dp 2µ<br />
= − dx<br />
p h<br />
Integrando ambos os lados de (335), vem:<br />
2µ<br />
ln p = − x + ln C<br />
h<br />
=<br />
dp 2µ<br />
p<br />
= −<br />
dx h<br />
dp<br />
dx<br />
Da condição de contorno, sabe-se que: Quando x = a, σx = 0.<br />
Z<br />
x<br />
a<br />
σ = σ<br />
Mas de (333) p − x 0'<br />
. Logo, quando x = a → p = 0 '<br />
0<br />
-2µ<br />
a/h<br />
σ '=<br />
C.<br />
e ∴ C = σ '. e<br />
Substituindo (337) em (336), tem-se que:<br />
[ 2µ<br />
( a−<br />
x)<br />
/h<br />
p = σ<br />
]<br />
0'. e<br />
x<br />
0<br />
2<br />
'<br />
p −σ x = . σ 0 = σ 0 (332)<br />
3<br />
p = C.<br />
e<br />
σ<br />
-2µ<br />
a/h<br />
(335)<br />
(333)<br />
-2µ<br />
x/h<br />
(338)<br />
(334)<br />
(336)<br />
(337)<br />
149
De (332), considerando (338), obtem-se:<br />
Pressão média de Forja ( p ):<br />
É definida como:<br />
p =<br />
0'<br />
[ 2 a / h<br />
p e<br />
]<br />
e<br />
[ 2 x / h<br />
.<br />
]<br />
. dx<br />
a ∫ −<br />
σ µ<br />
µ<br />
=<br />
a<br />
0<br />
a<br />
∫<br />
0<br />
[ 2µ<br />
( a−x<br />
) /h<br />
σ = σ '. { e<br />
]<br />
−1}<br />
(339)<br />
x<br />
a<br />
0<br />
p.<br />
w.<br />
dx σ 0'<br />
e<br />
[ 2µ<br />
( a−<br />
x)<br />
/ h<br />
= .<br />
]<br />
dx<br />
aw ∫ a<br />
Fazendo: U = −2µ<br />
x / h<br />
−<br />
dU =<br />
h<br />
dx<br />
⎛ a<br />
σ<br />
⎞<br />
0 ' [ 2µ<br />
a / h<br />
=<br />
] ⎜ h<br />
−<br />
[ −2µ<br />
x / h<br />
p . e . . e<br />
] ⎟<br />
a ⎜ 2µ<br />
⎟<br />
⎝<br />
0 ⎠<br />
σ 0'<br />
[ 2µ<br />
a / h]<br />
⎛ h −2µ<br />
a / h ⎞<br />
p = . e . ⎜−<br />
[ e −1]⎟<br />
a ⎝ 2µ<br />
⎠<br />
[ ] ⎛ ⎡ 2µ<br />
a / h<br />
σ<br />
⎤⎞<br />
0'<br />
2µ<br />
a / h ⎜<br />
h 1−<br />
e<br />
p = . e . −<br />
⎟<br />
⎜ ⎢ 2µ<br />
a / h ⎥<br />
a<br />
⎟<br />
⎝<br />
2µ<br />
⎣ e ⎦⎠<br />
σ 0'. h 2µ<br />
a / h<br />
p = . ( e −1)<br />
a<br />
(340)<br />
Carga total de Forjaria (P):<br />
2µ<br />
P . 2 .<br />
É definida como: p aW<br />
Como b = 2a, finalmente tem-se:<br />
σ<br />
P =<br />
Forjamento em Matriz fechada:<br />
0<br />
2µ<br />
σ 0'. h.<br />
W 2µ<br />
a / h<br />
= P = . ( e −1)<br />
h.<br />
W<br />
.<br />
µ<br />
µ b h ( e 1)<br />
0'. /<br />
−<br />
(341)<br />
Normalmente a deformação em matriz fechada é muito complexa, e o projeto das etapas<br />
intermediárias para produzir uma peça final com precisão requer considerável experiência e perícia.<br />
O problema particularmente importante em forja em matriz fechada é a prevenção do resfriamento<br />
rápido da peça de trabalho pelas matrizes frias. A eliminação desse resfriamento resulta numa<br />
tensão de escoamento mais baixa e, conseqüentemente, uma carga de forjamento também mais<br />
baixa, e permite um completo preenchimento da matriz e tolerâncias dimensionais mais precisas.<br />
O projeto de uma peça forjada em matriz fechada envolve a previsão de:<br />
µ<br />
150
- Volume e peso da peça a trabalhar;<br />
- Número de etapas de pré-deformação e suas configurações.<br />
- Dimensão da rebarba de forja nas matrizes de pré-deformação e de acabamento;<br />
- Os requisitos de carga e energia para cada operação de forjamento.<br />
No estudo de uma etapa de pré-deformação analisam-se normalmente as seções transversais<br />
da peça para basear o projeto no escoamento plástico do metal. Tais considerações são:<br />
A - A área em cada seção transversal ao longo do comprimento deve igualar a área da seção<br />
transversal final mais a rebarba.<br />
B. - Todos os raios côncavos na pré-deformação devem ser maiores do que os raios na peça<br />
final.<br />
C - A seção transversal da peça pré-deformada deve ser apenas ligeiramente maior do que a<br />
seção transversal final, de maneira a concentrar a deformação no recalque e minimizar o<br />
escoamento transversal ao eixo do recalque.<br />
A previsão das cargas de Forjamento e da pressão numa operação de Forjamento em matriz<br />
fechada é relativamente difícil de calcular. Existem várias tentativas, sendo que a análise de placa<br />
adaptada ao forjamento em matrizes fechadas mostra-se satisfatória. A aproximação básica é dividir<br />
a forja em formas geométricas simples de modo que possam ser tratados pela análise de placa.<br />
A carga total de forjamento é a soma das cargas calculadas para cada uma das partes da<br />
peça.<br />
Distribuição da tensão normal e longitudinal para a compressão entre placas. [eq. (338)]:<br />
'<br />
0<br />
σ0' σ<br />
<strong>11</strong>.3 – Extrusão (Extrusion).<br />
P<br />
P<br />
( 2µ<br />
a / h)<br />
2µ a/h µ b/h<br />
σo' e = σo' e σ . e =<br />
A extrusão é o processo no qual um bloco de metal é reduzido na sua seção transversal pela<br />
aplicação de pressões elevadas forçando-o a escoar através do orifício de uma Matriz.<br />
σx σ<br />
x<br />
'<br />
0<br />
x<br />
'<br />
0<br />
σ . e<br />
( µ b / h)<br />
151
Normalmente a extrusão é usada para produzir barras cilíndricas ou tubos vazados, mas<br />
podem ser produzidas seções transversais de forma irregular nos metais mais facilmente extrudaveis<br />
como o alumínio.<br />
<strong>11</strong>.3.1 – Tipos Básicos de Processo de Extrusão:<br />
Os dois tipos básicos de extrusão são: extrusão direta e a extrusão indireta.<br />
Porta Matriz<br />
Produto<br />
Extrudado<br />
Matriz<br />
Produto<br />
Extrudado<br />
Êmbolo<br />
Matriz<br />
Extrusão Direta<br />
Tarugo<br />
Extrusão Indireta<br />
Tarugo<br />
Container<br />
Container<br />
Êmbolo<br />
Anteparo<br />
Normalmente na extrusão indireta, o êmbolo é mantido estacionário, e o recipiente com o<br />
tarugo faz o movimento. Em função desse fato, na extrusão indireta não há movimento relativo<br />
entre as paredes do recipiente e o tarugo, e com isso as forças de atrito são menores e a potência<br />
necessária para a extrusão indireta é menor do que para a extrusão direta. Contudo, existem<br />
limitações para a extrusão indireta devido à necessidade do uso de um êmbolo vazado, o que limita<br />
a carga aplicada.<br />
Podem ser produzidos tubos por extrusão pela adaptação de um mandril no extremo do<br />
152
êmbolo (tubos sem costura).<br />
Grande parte das extrusões são feitas com prensas hidráulicas.<br />
É importante diferenciar: Porcentagem de redução em área, = − ( A / A ) e razão de<br />
r 1 f 0<br />
extrusão, R = A / Af<br />
→ R = 1/(<br />
1−<br />
r)<br />
. Para uma variação na porcentagem de redução em área<br />
0<br />
de r = 0,95 para r = 0,98, implica uma variação para a razão de extrusão de R = 20 : 1 para R = 50:1.<br />
- Para extrusão a quente de aço, atinge-se R=40:1<br />
- Para extrusão a quente de alumínio consegue-se R= 400:1<br />
Um lubrificante efetivo para extrusão a quente deve ter uma resistência ao cisalhamento<br />
baixa e ser ainda estável o suficiente para evitar a decomposição em temperaturas elevadas. Para<br />
extrusão a quente de aços e ligas de níquel, o lubrificante comum é vidro fundido “Processo Ugine<br />
– Sejournet”.<br />
<strong>11</strong>.3.2 – Análise do Processo de Extrusão:<br />
Cálculo da carga de extrusão:<br />
I Método da Energia de deformação Uniforme<br />
II Método dos Blocos (“Slab Method”).<br />
I. Método da Energia de deformação Uniforme<br />
Figura 66 – Esquema do Processo de Extrusão.<br />
O trabalho de deformação por unidade a volume é dado como:<br />
Sabe-se que: = A dl - incremento de trabalho para um aumento de comprimento<br />
dw σ . )<br />
( 0<br />
dw dw ( σ<br />
0.<br />
A.<br />
dl)<br />
dl . Onde: = =<br />
∴<br />
V A.<br />
l A.<br />
l<br />
F<br />
153
dw dl<br />
= σ 0.<br />
incremento de trabalho por unidade de volume.<br />
V l<br />
integrando a expressão, para δ V = 0,<br />
vem:<br />
w l<br />
dw f<br />
∫<br />
0<br />
V<br />
Do volume constante, vem:<br />
Substituindo (343) em (342), tem-se:<br />
f<br />
dl w ⎛ l ⎞<br />
= ∫σ<br />
0.<br />
∴ = σ 0 ln<br />
⎜<br />
⎟<br />
(342)<br />
l V<br />
0<br />
⎝ l<br />
l<br />
0 ⎠<br />
l f A0<br />
A0<br />
. l0<br />
= Af<br />
. l f =<br />
(343)<br />
l A<br />
0<br />
⎛ ⎞<br />
⎜<br />
A0<br />
w = V.σ<br />
⎟<br />
0 . ln<br />
(344)<br />
⎜ ⎟<br />
⎝ Af<br />
⎠<br />
Onde σ 0 é o valor médio do limite de escoamento do material.<br />
O trabalho externo é dado como:<br />
Igualando (345) e (344), obtem-se:<br />
0<br />
0<br />
f<br />
W = F.<br />
l = p.<br />
A . l<br />
(345)<br />
0 V 0 p A l<br />
⎜ A ⎟ { 0 0<br />
⎝ f ⎠ V<br />
0<br />
⎛ A ⎞<br />
. σ . ln⎜<br />
⎟ =<br />
⎛ ⎞<br />
⎜<br />
A0<br />
p = σ ⎟<br />
0. ln<br />
(346)<br />
⎜ ⎟<br />
⎝ Af<br />
⎠<br />
Onde p, é a pressão de extrusão idealizada, visto que não se considera o atrito e o trabalho<br />
redundante. Como, R = A / Af<br />
, razão de extrusão, substituindo em (346), vem:<br />
0<br />
p = σ . ln R<br />
(347)<br />
0<br />
Finalmente, a carga de extrusão é dada como:<br />
F = p.<br />
A<br />
(348)<br />
II - Método dos Blocos (“Slab Method”):<br />
0<br />
HIPOTESES:<br />
- Supõe-se que o elemento infinitesimal da zona de deformação pode ser considerado<br />
como uma casca esférica.<br />
- O escoamento consiste de uma série de cascas esféricas ou blocos, movendo-se ao longo<br />
.<br />
.<br />
154
do cone.<br />
- O estado de tensão é esférico ( σ x , σ z e σ θ ).<br />
σx<br />
σx<br />
σz<br />
σz<br />
(a)<br />
σα µσα<br />
σα µσα<br />
(c)<br />
σx<br />
σx+dσx<br />
D<br />
α<br />
ds<br />
σx<br />
σ<br />
σ =σ<br />
z 0<br />
(b)<br />
dD/2<br />
D+dD<br />
Figura 67- Estado de tensão para a extrusão, Fig. 66. (a) estado de tensão; (b) círculo de Mohr, (c)<br />
diagrama do corpo livre, (d)geometria do processo.<br />
Da fig. 67(c), fazendo equilíbrio de forças, tem-se:<br />
Desenvolvendo, vem:<br />
2<br />
F x<br />
∑<br />
πD<br />
x = σ x<br />
4<br />
− x<br />
+ µσ . π.<br />
D.<br />
ds.<br />
cosα<br />
= 0<br />
α<br />
2<br />
πD<br />
σ x<br />
4<br />
− x x<br />
4<br />
+ µσ . π.<br />
D.<br />
ds.<br />
cosα<br />
= 0<br />
2<br />
α<br />
π<br />
4<br />
( σ + dσ<br />
) . ( D + dD)<br />
dx<br />
(d)<br />
π 2<br />
2<br />
( σ + dσ<br />
) . ( D + 2D.<br />
dD + dD )<br />
2<br />
2<br />
+ σ . π.<br />
D.<br />
ds.<br />
senα<br />
α<br />
+ σ . π.<br />
D.<br />
ds.<br />
senα<br />
πD<br />
σ x<br />
4<br />
πD<br />
−σ<br />
x<br />
4<br />
π<br />
π 2 π 2<br />
−σ<br />
x . 2D.<br />
dD −σ<br />
x dD − dσ<br />
x.<br />
. D<br />
4<br />
4 4<br />
π<br />
π 2<br />
− dσ<br />
x.<br />
. 2D.<br />
dD − dσ<br />
x.<br />
. dD + σα<br />
. π.<br />
D.<br />
ds.<br />
senα<br />
+ µσα<br />
. π.<br />
D.<br />
ds.<br />
cosα<br />
= 0<br />
4<br />
4<br />
Simplificando, desprezando-se os termos infinitesimais tem-se:<br />
2<br />
1<br />
D<br />
−σ x D. dD − dσ<br />
x.<br />
+ σα<br />
. D.<br />
ds.<br />
senα<br />
+ µσα<br />
. D.<br />
ds.<br />
cosα<br />
= 0 (349)<br />
2<br />
4<br />
α<br />
σ<br />
155
Da figura 67 (d), geometria do processo, sabe-se:<br />
dx<br />
dD<br />
ds . senα<br />
= senα<br />
= dx.<br />
tgα<br />
=<br />
cosα<br />
2<br />
( dD 2)<br />
ds.<br />
cosα<br />
dx =<br />
tgα<br />
= (350)<br />
Substituindo (350) em (349), e multiplicando-se por ( 4/<br />
D ) , vem:<br />
Rearranjando, vem:<br />
dD<br />
dD dD 1<br />
− 2 σ x − dσ<br />
x + 4σ<br />
α . + 4µσα<br />
. . = 0<br />
D<br />
2D<br />
2D<br />
tgα<br />
dD<br />
dD<br />
2σ α ( 1+<br />
µ . cotgα)<br />
= dσ<br />
x + 2σ<br />
x.<br />
D<br />
D<br />
1 D<br />
dD ⎞<br />
σα ( 1+<br />
µ . cotgα)<br />
= ( dσ<br />
x + 2σ<br />
x.<br />
⎟ (351)<br />
2 dD<br />
D ⎠<br />
σ = σ<br />
De Von Mises, fazendo z θ , vem:<br />
[ ( ) ( ) ( ) ] 2 / 1<br />
2<br />
2<br />
2<br />
σ −σ<br />
+ σ −σ<br />
+ σ σ<br />
1<br />
σ = σ 0 = x z z θ x −<br />
2<br />
2 1/<br />
2<br />
[ 2(<br />
σ −σ<br />
) ] ∴ σ = ± ( σ σ )<br />
1<br />
σ 0 = x z<br />
0 x −<br />
2<br />
De Levy Mises, na direção x, tem-se:<br />
dx d ∈ ⎡ 1 ⎤ d ∈<br />
d ∈x<br />
= = σ x z θ<br />
x σ z<br />
x σ ⎢<br />
−<br />
⎣ 2 ⎥<br />
⎦ σ<br />
( σ + σ ) = [ σ − ]<br />
2<br />
z<br />
θ<br />
(352)<br />
(353)<br />
d ∈ x é negativo, d ∈ / σ sempre é positivo; logo ( σ x − σ z ) em (353) deve ser negativo, de<br />
onde (352) fica:<br />
( σ x −σ<br />
z ) ∴ σ = σ z σ x<br />
σ −<br />
−<br />
0 = 0<br />
(354)<br />
Sabe-se do elemento e do circulo de Mohr, Fig. 67, que:<br />
σ σ = σ<br />
Onde substituindo (355) em (354), tem-se:<br />
σ + σ<br />
Substituindo (356) em (351), obtem-se:<br />
α<br />
= z (355)<br />
θ<br />
σ α = 0 x<br />
(356)<br />
( 0<br />
σ + σ )( 1+<br />
µ . cotgα)<br />
=<br />
x<br />
1<br />
2<br />
D<br />
dD<br />
dD ⎞<br />
( dσ<br />
x + 2σ<br />
x.<br />
⎟<br />
D ⎠<br />
1 D<br />
σ 0<br />
+ σ 0.<br />
µ . cotgα<br />
+ σ x + σ x.<br />
µ . cotgα<br />
= dσ<br />
x + σ x<br />
2 dD<br />
156
Fazendo-se B = µ . cotgα<br />
, tem-se:<br />
dσ<br />
x dD<br />
= 2<br />
σ µ . cotgα<br />
+ σ .( 1+<br />
µ . cotgα)<br />
D<br />
x.<br />
0<br />
dσ<br />
x dD<br />
= 2<br />
Bσ<br />
+ σ .( 1+<br />
B)<br />
D<br />
. x 0<br />
(357)<br />
1º caso – Para a condição de extrusão na qual µ = 0, B = 0 e α → 0 (lubrificação perfeita),<br />
(357) reduz-se à:<br />
Onde, integrando vem:<br />
D<br />
∈f<br />
∈0<br />
dσ x = 2σ 0<br />
∈=<br />
ln( A / A<br />
dD<br />
D<br />
0<br />
0 f<br />
dD<br />
σ x = ∫ 2σ<br />
0 = ∫σ<br />
d ∈ = ∫σ<br />
d ∈<br />
(358)<br />
D<br />
D f<br />
Obs. Quando , µ = 0,<br />
a pressão de extrusão pelo método da energia de deformação uniforme para<br />
uma matriz quadrada e pelo “Slab Method” para uma matriz cônica de ângulo α pequeno são<br />
equivalentes.<br />
Obs. A tensão efetiva, ou tensão média do material na extrusão pode ser definida pelo método<br />
Johnson:<br />
∈<br />
1 1 n<br />
σ 0 = ∫σ<br />
. d ∈=<br />
∫ K.<br />
( ∈)<br />
. d ∈ =<br />
∈ ∈<br />
Para grande deformação efetiva, uma fórmula empírica é:<br />
0<br />
∈=<br />
1<br />
, 5<br />
∈<br />
0<br />
0<br />
⎛ Af . ln<br />
⎜<br />
⎝ A0<br />
⎞<br />
⎟<br />
⎠<br />
)<br />
+<br />
0,<br />
8<br />
K.<br />
( ∈)<br />
1+<br />
n<br />
2º caso Para a condição mais geral de extrusão na qual µ ≠0 e α ≠ 0, (357) pode ser integrada<br />
considerando σ0 = cte, de onde vem:<br />
∫<br />
Bσ<br />
1<br />
. ln<br />
B<br />
dσ<br />
dD<br />
2.<br />
x + σ 0(<br />
1+<br />
B)<br />
D<br />
[ Bσ<br />
+ σ ( 1+<br />
B)<br />
] = 2ln<br />
D + ln C<br />
x<br />
x<br />
0<br />
=<br />
∫<br />
n<br />
157
1<br />
ln[<br />
Bσ<br />
( B)<br />
] B<br />
x + σ 0 1+<br />
= ln.<br />
1<br />
[ Bσ<br />
+ σ ( 1+<br />
B)<br />
] B<br />
2<br />
= D . C<br />
x<br />
0<br />
2<br />
D . C<br />
Da condição de contorno, sabe-se que quando D D ( ⇒ σ = 0)<br />
σx=0 Df<br />
Logo, quando D=Df-em (359), tem-se:<br />
[ ( 1+<br />
B)<br />
]<br />
= f<br />
x<br />
Do<br />
σx<br />
[ σ ( 1+<br />
B)<br />
]<br />
∴<br />
(359)<br />
1<br />
1 2<br />
B<br />
0<br />
σ B<br />
0 = D f . C ∴ C =<br />
(360)<br />
2<br />
D f<br />
Substituindo (360) em (359) e rearranjando, vem:<br />
B.<br />
σ + σ<br />
σ<br />
σ<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
=<br />
=<br />
σ = σ<br />
2B<br />
0<br />
0<br />
D C<br />
B<br />
2B<br />
D<br />
.<br />
B<br />
( 1+<br />
B)<br />
B<br />
( 1+<br />
B)<br />
B<br />
{ [ σ ( 1+<br />
B)<br />
] } σ ( 1+<br />
B)<br />
( 1+<br />
B)<br />
B<br />
σ 0 −<br />
0<br />
D<br />
⎡⎛<br />
. ⎢⎜<br />
⎢⎜<br />
⎣⎝<br />
= D<br />
2B<br />
f<br />
B<br />
D<br />
D<br />
f<br />
2B<br />
⎞<br />
⎟<br />
⎠<br />
. C<br />
2B<br />
B<br />
−<br />
0<br />
⎤<br />
−1⎥<br />
⎥<br />
⎦<br />
B<br />
∴<br />
(361)<br />
Onde σ x , é a pressão axial de extrusão. Supondo σ 0,como o limite de escoamento médio do<br />
material, para D=D0 em (361) obtém -σ x =p,onde p, é a pressão média de extrusão e supõe-se não<br />
variar ao longo da seção. Assim, a pressão média da extrusão p, para -σ0=cte,, é dada como:<br />
2B<br />
⎡ ⎤<br />
⎛ 1+<br />
B ⎞ ⎛ ⎞<br />
⎢⎜<br />
D0<br />
= ⎜ ⎟ ⎟ − ⎥<br />
0.<br />
. 1<br />
⎝ B ⎠ ⎢⎜<br />
⎟ ⎥<br />
⎣⎝<br />
D f ⎠ ⎦<br />
p σ (362)<br />
Obs. No cálculo da pressão de extrusão real em um processo qualquer, é necessário multiplicar p<br />
por um fator de cisalhamento K. O fator de cisalhamento K, contudo, depende de α e µ, mas<br />
normalmente estima-se K≅1,5.<br />
158
3º caso: Para a condição de atrito viscoso (fricção pegajosa), η =<br />
1<br />
= 0,<br />
577,<br />
3<br />
o<br />
α = 45<br />
(condição de aderência “Sticking”), aproximação para a solução de um problema de extrusão no<br />
qual uma zona morta de metal no canto da matriz é formada quando uma superfície de atrito grande<br />
ocorre). Para: η =<br />
1<br />
3<br />
e<br />
°<br />
α = 45 ⇒ B = η.<br />
cot gα<br />
=<br />
1<br />
(363)<br />
3<br />
Substituindo (363) em (362) tem-se finalmente:<br />
<strong>11</strong>.4 Trefilação (“Drawing”).<br />
1,<br />
155 ⎡⎛<br />
⎞ ⎤<br />
⎢⎜<br />
D0<br />
= 2,<br />
73 ⎟ −1⎥<br />
0<br />
⎢⎜<br />
⎟ ⎥<br />
⎣⎝<br />
D f ⎠ ⎦<br />
p σ (364)<br />
O processo de trefilação consiste em puxar o metal através de uma matriz, por meio de uma<br />
força de tração a ele aplicada na saída da matriz. A maior parte do escoamento plástico é causada<br />
por esforços de compressão resultantes da reação do metal com a matriz.<br />
Define-se arame ou fio como sendo um produto obtido por trefilação de secção transversal<br />
uniforme, geralmente circular muito pequena em relação ao seu comprimento. Podem-se também<br />
obter geometrias diferentes, como, por exemplo, quadrada, retangular, triangular, oval, etc.<br />
A faixa de bitolas em que se fabricam os fios e arames é bastante extensa, podendo variar<br />
entre 0,02 mm e 25 mm. Bitolas maiores que 10 mm, são consideradas barras. Para a fabricação de<br />
arames parte-se do fio-máquina obtido por laminação a quente de barras, geralmente quadradas com<br />
38 a 76 mm de lado, e que é enrolado. O diâmetro do fio-máquina, assim obtido, tem um diâmetro<br />
entre 5,0 e 5,5mm. A trefilação também pode ser realizada em tubos ocos e, neste caso, existem<br />
diversas técnicas empregadas, com a utilização ou não de um mandril interno ao tubo, que permite<br />
um melhor controle da espessura final. Durante a operação de trefilação, ocorre aumento<br />
considerável de temperatura causado pelas grandes deformações envolvidas no processo, embora<br />
ela seja realizada à temperatura ambiente.<br />
A trefilação pode ser realizada por dois processos:<br />
- Trefilação por via Seca: usa-se cal como um absorvedor e transportador do lubrificante<br />
(graxa ou pó de sabão) e também para neutralizar qualquer ácido remanescente da decapagem (no<br />
caso de se eletro depositar sobre arame de aço cobre ou estanho).<br />
- Trefilação por via Unida: usa-se no processo de trefilação em que toda a matriz fica<br />
imersa num fluido lubrificante.<br />
<strong>11</strong>.4.1 – Tipos de Aços para Arames:<br />
Os arames de não-ferrosos e de aço baixo-carbono são produzidos com diversas durezas,<br />
159
desde aquela correspondente ao recozimento pleno até a relativa ao endurecimento total. No caso de<br />
aços tem-se:<br />
1. Aços baixo-carbono (0,09 a 0,20%C) – dependendo da aplicação, podem ser usados sem<br />
qualquer tratamento térmico, ou nos estados normalizados ou recozido.<br />
2. Aços médio-carbono (0,0 a 0,55%c) podem ser empregados sem tratamento térmico ou<br />
patenteados e trefilados.<br />
3. Aços alto-carbono (0,55 a 1,00%c) – podem ser empregados sem tratamento térmico, ou<br />
patenteados e trefilados.<br />
Principais fabricantes de aços para fios e arames: Cia. Siderúrgica Riograndense e a Fiel<br />
S/A – Aços e Metais.<br />
<strong>11</strong>.4.2 – Patenteamento de Arames e Fios:<br />
O patenteamento é um tratamento que visa a obtenção de uma estrutura de perlita fina ou<br />
bainita no aço. Essa estrutura é necessária para que se tenha um material com boa dutilidade, pois<br />
ele será submetido a condições severas de trefilação, além de apresentar altos níveis de resistência a<br />
tração.<br />
O tratamento consiste em se aquecer o aço já transformado em arame, até uma temperatura<br />
acima da linha A3 e em seguida, resfria-lo rapidamente ao ar, ou em um banho de chumbo fundido,<br />
mantido em uma temperatura entre 450ºC e 550ºC.<br />
No caso do arame que sofre resfriamento ao ar, diz-seque foi patenteado ao ar. Tal<br />
tratamento é semelhante à normalização, portanto, a estrutura final do aço é constituída de perlita<br />
fina.<br />
No caso do arame que sofre resfriamento em banho de chumbo, diz-se que foi patenteado<br />
ao chumbo. Esse tratamento é semelhante à austêmpera, apesar da temperatura do banho nesse caso<br />
ser mais elevada. Com isso tem-se bainita superior como estrutura final ou mesmo perlita fina.<br />
O tipo de defeito de trefilação mais comum é a fenda interna no centro da barra ou<br />
trincamento estriado (“cupping”)<br />
<strong>11</strong>.4.3 – Análise do Processo de Trefilação:<br />
I.<br />
Cálculo da carga de trefilação<br />
Método da Energia de Deformação Uniforme;<br />
II. Método dos blocos (“Slab Method”)<br />
I- Método da Energia de Deformação Uniforme:<br />
Já demonstrado no item 10(a) – aplicação do método à trefilação de barras.<br />
160
II – Método dos Blocos (“Slab Method”):<br />
Na Figura 68, fazendo equilíbrio de forças sobre o elemento considerado, utilizando-se o<br />
mesmo processo empregado para a extrusão, a equação diferencial resultante tem a mesma forma da<br />
equação (357) – extrusão, definido apenas pelo sinal no denominador, isto é:<br />
Do<br />
σx + dσx<br />
α<br />
µσα<br />
D+dD<br />
µσα<br />
σα<br />
σα<br />
ds<br />
dx<br />
σx<br />
D<br />
Figira 68 – Equilíbrio de tensões sobre um elemento de espessura infiitesimal durante a<br />
trefilação de um fio.<br />
onde B = µ . cotgα<br />
dσ<br />
x dD<br />
= 2<br />
Bσ<br />
−σ ( 1+<br />
B)<br />
D<br />
. x 0<br />
α<br />
(365)<br />
1º caso – Para a condição de trefilação na qual µ = 0, σ 0 = cte , B = µ . cotgα<br />
= 0 , (365)<br />
reduz-se à (lubrificação perfeita):<br />
dD<br />
dσ x −2σ<br />
0<br />
D<br />
onde, integrando vem:<br />
= − σ ln D + C<br />
x<br />
= (366)<br />
σ (367)<br />
2 0<br />
Da condição de contorno, sabe-se que: - quando<br />
em (367), tem-se:<br />
= D0<br />
→ x = 0<br />
D σ logo, quando D = D0<br />
df<br />
F<br />
161
0 −2σ<br />
ln D + C<br />
∴ C = 2σ<br />
ln D<br />
= (368)<br />
Substituindo (368) em (367) vem:<br />
0<br />
0<br />
σ x = −2σ<br />
0 ln D + 2σ<br />
0 ln D0<br />
⎟ ⎛ ⎞<br />
= − 0 ⎜<br />
⎝ 0 ⎠<br />
ln 2<br />
D<br />
x σ<br />
D<br />
0<br />
0<br />
σ (369)<br />
fazendo D = D f em (369) determina-se a tensão necessária para a trefilação, de onde vem:<br />
f<br />
= 2σ<br />
0 ln<br />
⎛<br />
⎜<br />
⎝ D<br />
D 0<br />
f<br />
⎞<br />
⎟<br />
⎠<br />
σ (370)<br />
Obs. Quando µ = 0 a tensão de trefilação pelo “Slab Method” é equivalente a obtida pelo método<br />
da energia de deformação uniforme.<br />
2º caso – para a condição mais geral de trefilação na qual µ 0, σ = cte , (365) pode ser<br />
integrada, como:<br />
ln<br />
∫<br />
dσ<br />
x dD<br />
= ∫ 2.<br />
Bσ<br />
−σ ( 1+<br />
B)<br />
D<br />
x<br />
0<br />
1/<br />
B 2<br />
[ B −σ ( 1+<br />
B)<br />
] = ln D . C<br />
x<br />
0<br />
1<br />
ln<br />
B<br />
≠ 0<br />
[ Bσ<br />
−σ ( 1+<br />
B)<br />
] = 2ln<br />
D + lnC<br />
σ [ B −σ ( 1+<br />
B)<br />
] = D . C<br />
x<br />
0<br />
x<br />
0<br />
1/<br />
B<br />
σ (371)<br />
Da condição de contorno, sabe-se que: quando = D0<br />
→ x = 0<br />
1/<br />
B<br />
2<br />
0<br />
em (371), tem-se: [ −σ ( 1+<br />
B)<br />
] = D . C<br />
substituindo (372) em (371) e rearranjando, vem:<br />
σ<br />
x<br />
σ<br />
=<br />
0<br />
B . σ x −σ<br />
0(<br />
1+<br />
B)<br />
= D . C<br />
2B<br />
B<br />
D . C σ .( 1+<br />
x = + 0<br />
2B<br />
D<br />
B<br />
.<br />
B<br />
D σ logo; quando D = D0<br />
2B<br />
B<br />
C =<br />
B<br />
B)<br />
[ −σ<br />
( 1+<br />
B)<br />
]<br />
0<br />
D<br />
2<br />
0<br />
∴<br />
1/<br />
B<br />
2<br />
∴<br />
1/<br />
B B<br />
{ [ −σ<br />
0(<br />
1+<br />
B)<br />
] } σ 0.(<br />
1+<br />
B)<br />
+<br />
∴<br />
D<br />
2B<br />
0<br />
B<br />
(372)<br />
2B<br />
( 1+<br />
B)<br />
⎡ ⎛ D ⎞ ⎤<br />
σ x = σ 0 ⎢1<br />
− ⎜<br />
⎟ ⎥<br />
B ⎢⎣<br />
⎝ D0<br />
⎠ ⎥⎦<br />
(373)<br />
onde σ x é a tensão axial de trefilação. Supondo σ 0 como o limite de escoamento médio do<br />
material, para D = D f em (373) obtem-se σ x = σ f , onde σ f é a tensão total de trefilação, sendo<br />
dada como:<br />
162
B = µ . cotgα<br />
fazendo r ( A0<br />
− Af<br />
) / A0<br />
f<br />
( 1+<br />
B)<br />
⎡ ⎛ D<br />
= σ 0 ⎢1<br />
− ⎜<br />
B ⎢⎣<br />
⎝ D<br />
f<br />
0<br />
⎞<br />
⎟<br />
⎠<br />
2B<br />
σ (374)<br />
= vem:<br />
D f<br />
D f<br />
r = 1− ∴ = 1−<br />
r<br />
2<br />
2<br />
D<br />
D<br />
0<br />
2<br />
0<br />
2<br />
⎤<br />
⎥<br />
⎥⎦<br />
(375)<br />
substituindo (375) em (374), obtem-se a tensão de trefilação em função do coeficiente de redução<br />
de área r, onde tem-se:<br />
f<br />
( 1+<br />
B)<br />
= σ 0<br />
B<br />
B [ 1−<br />
( 1−<br />
r)<br />
]<br />
σ (376)<br />
Determinação da redução máxima na trefilação de fios:<br />
A tensão de trefilação máxima que pode ser aplicada ao material em processo não deve<br />
exceder σ 0 , limite de escoamento do produto, isto é:<br />
substituindo (377) em (376), vem:<br />
1−<br />
1<br />
( 1<br />
−<br />
r = 1/<br />
B<br />
( 1+<br />
B)<br />
σ ≤ σ<br />
r B<br />
)<br />
f max 0<br />
(377)<br />
( 1+<br />
B)<br />
σ 0 = σ 0<br />
B<br />
1 ( 1 r) B<br />
− − =<br />
B [ 1−<br />
( 1−<br />
r)<br />
]<br />
B<br />
( 1+<br />
B)<br />
B 1+<br />
B − B 1<br />
= 1−<br />
= =<br />
( 1+<br />
B)<br />
( 1+<br />
B)<br />
( 1+<br />
B)<br />
B [ 1−<br />
r)<br />
]<br />
1/<br />
B ⎡ 1 ⎤<br />
( = ⎢<br />
( 1 B)<br />
⎥<br />
⎣ + ⎦<br />
r<br />
max<br />
1/<br />
B<br />
1<br />
= 1−<br />
( 1+<br />
B)<br />
1/<br />
B<br />
(378)<br />
163