Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG

Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG

09.05.2013 Views

Rodney Josué Biezuner 93 4.1 Lema. Se A ∈ Mn (C) e · é qualquer norma matricial, então ρ (A) A . Prova. Seja λ um autovalor qualquer de A e x um autovetor não-nulo correspondente a λ, de modo que Ax = λx. Considere a matriz X ∈ Mn (C) cujas colunas são todas iguais ao vetor x. Temos também de modo que donde AX = λX |λ| X = AX A X , |λ| A para todo autovalor λ de A. Como existe um autovalor λ de A tal que ρ (A) = λ, isso prova o resultado. 4.2 Lema. Seja A ∈ Mn (C) e ε > 0 dado. Então existe uma norma matricial · tal que ρ (A) A ρ (A) + ε. (4.27) Prova. Toda matriz complexa é triangularizável através de uma matriz unitária (isto é, uma matriz U que satisfaz U ∗ U = UU ∗ = I; sua inversa é a sua adjunta ou transposta conjugada). Sejam então ⎡ ⎤ λ1 a12 a22 . . . a1n ⎢ λ2 a23 ⎢ . . . a2n ⎥ ⎢ T = λ3 ⎢ . . . a3n ⎥ ⎢ ⎣ . .. . ⎥ . ⎦ uma matriz triangular e U uma matriz unitária tais que Considere a matriz diagonal Temos DtT D −1 t ⎡ ⎢ = ⎢ ⎣ ⎡ t ⎢ Dt = ⎢ ⎣ A = U ∗ T U. t 2 . .. t n λn ⎤ ⎥ ⎦ . λ1 a12t −1 a22t −2 . . . . . . a1nt −n+1 λ2 a23t −1 . . . . . . a2nt −n+2 Logo, para t > 0 suficientemente grande, a matriz DtT D −1 t λ3 . . . . . . a3nt −n+3 . .. . λn−1 an−1,nt −1 tem a propriedade que a soma dos valores absolutos de elementos fora da diagonal principal é menor que ε. Em particular, se ·L denota a norma do máximo das somas das linhas, podemos garantir que DtT D −1 t ρ (A) + ε L λn ⎤ ⎥ . ⎥ ⎦

Rodney Josué Biezuner 94 para t suficientemente grande. Portanto, fixado um tal t, se definirmos uma norma por , teremos Pelo lema anterior, ρ (A) A. A := DtUAU ∗ D −1 t = L U ∗ D −1−1 ∗ −1 t AU Dt L A = DtUAU ∗ D −1 t L = DtT D −1 t ρ (A) + ε. L 4.3 Lema. Seja A ∈ Mn (C). Se existe alguma norma matricial · tal que A < 1, então Prova. Se A < 1, então 4.4 Proposição. Seja A ∈ Mn (C). Então se e somente se A k → 0. A k A k → 0. A k → 0 ρ (A) < 1. Prova. Se existe algum autovalor λ de A tal que |λ| 1 e x é um autovetor não-nulo correspondente, então A k x = λ k x não converge para 0. Reciprocamente, se ρ (A) < 1, então pelo Lema 4.2 existe uma norma matricial · tal que A < 1, logo A k → 0 pelo lema anterior. 4.5 Corolário. Seja R a matriz de iteração de um método iterativo linear. Então se e somente se e k → 0 ρ (R) < 1. Em outras palavras, um método iterativo linear é convergente independentemente da escolha do chute inicial se e somente se todos os autovalores da matriz de iteração têm valor absoluto menor que 1. 4.2.2 Velocidade de Convergência dos Métodos Iterativos Lineares O raio espectral também dá informação sobre a velocidade de convergência. Se nós tivermos dois métodos iterativos lineares diferentes, isto é, duas maneiras diferentes de decompor a matriz A: A = B1 − C1 = B2 − C2, então o segundo método convergirá mais rápido se e somente se ρ (R2) < ρ (R1) . Vamos analisar a velocidade de convergência dos métodos iterativos com maior precisão. Novamente à título de motivação, suponha que A é uma matriz diagonalizável com seu maior autovalor sendo um autovalor simples. Ordene os autovalores de A na forma |λ1| > |λ2| . . . |λn|

Rodney Josué Biezuner 93<br />

4.1 Lema. Se A ∈ Mn (C) e · é qualquer norma matricial, então<br />

ρ (A) A .<br />

Prova. Seja λ um autovalor qualquer <strong>de</strong> A e x um autovetor não-nulo correspon<strong>de</strong>nte a λ, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que<br />

Ax = λx.<br />

Consi<strong>de</strong>re a matriz X ∈ Mn (C) cujas colunas são todas iguais ao vetor x. Temos também<br />

<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que<br />

<strong>do</strong>n<strong>de</strong><br />

AX = λX<br />

|λ| X = AX A X ,<br />

|λ| A<br />

para to<strong>do</strong> autovalor λ <strong>de</strong> A. Como existe um autovalor λ <strong>de</strong> A tal que ρ (A) = λ, isso prova o resulta<strong>do</strong>. <br />

4.2 Lema. Seja A ∈ Mn (C) e ε > 0 da<strong>do</strong>. Então existe uma norma matricial · tal que<br />

ρ (A) A ρ (A) + ε. (4.27)<br />

Prova. Toda matriz complexa é triangularizável através <strong>de</strong> uma matriz unitária (isto é, uma matriz U que<br />

satisfaz U ∗ U = UU ∗ = I; sua inversa é a sua adjunta ou transposta conjugada). Sejam então<br />

⎡<br />

⎤<br />

λ1 a12 a22 . . . a1n<br />

⎢ λ2 a23 ⎢<br />

. . . a2n ⎥<br />

⎢<br />

T =<br />

λ3 ⎢<br />

. . . a3n ⎥<br />

⎢<br />

⎣<br />

. ..<br />

. ⎥<br />

. ⎦<br />

uma matriz triangular e U uma matriz unitária tais que<br />

Consi<strong>de</strong>re a matriz diagonal<br />

Temos<br />

DtT D −1<br />

t<br />

⎡<br />

⎢<br />

= ⎢<br />

⎣<br />

⎡<br />

t<br />

⎢<br />

Dt = ⎢<br />

⎣<br />

A = U ∗ T U.<br />

t 2<br />

. ..<br />

t n<br />

λn<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎦ .<br />

λ1 a12t −1 a22t −2 . . . . . . a1nt −n+1<br />

λ2 a23t −1 . . . . . . a2nt −n+2<br />

Logo, para t > 0 suficientemente gran<strong>de</strong>, a matriz DtT D −1<br />

t<br />

λ3 . . . . . . a3nt −n+3<br />

. ..<br />

.<br />

λn−1 an−1,nt −1<br />

tem a proprieda<strong>de</strong> que a soma <strong>do</strong>s valores<br />

absolutos <strong>de</strong> elementos fora da diagonal principal é menor que ε. Em particular, se ·L <strong>de</strong>nota a norma <strong>do</strong><br />

máximo das somas das linhas, po<strong>de</strong>mos garantir que<br />

<br />

DtT D −1<br />

<br />

<br />

t ρ (A) + ε<br />

L<br />

λn<br />

⎤<br />

⎥ .<br />

⎥<br />

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!