09.05.2013 Views

Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG

Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG

Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Rodney Josué Biezuner 83<br />

Reciprocamente, suponha que (I + |A|) n−1 possui pelo menos uma entrada nula. Como<br />

(I + |A|) n−1 = I +<br />

n−1 <br />

m=1<br />

n − 1<br />

m<br />

<br />

|A| m ,<br />

(I + |A|) n−1 <br />

não possui entradas diagonais nulas, logo po<strong>de</strong>mos assumir que para algum par i = j temos<br />

(I + |A|) n−1<br />

= 0, o que implica [|A| m ] ij = 0 para to<strong>do</strong> 1 m n − 1. Pelo Teorema 3.11 (e observação<br />

ij<br />

imediatamente posterior à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> grafo direciona<strong>do</strong>), não existe um caminho direciona<strong>do</strong> em Γ (A) <strong>de</strong><br />

comprimento finito entre Pi e Pj. Defina os conjuntos <strong>de</strong> no<strong>do</strong>s<br />

S1 := {Pk : Pk = Pj ou existe um caminho direciona<strong>do</strong> em Γ (A) entre Pk e Pj} ,<br />

S2 = [ no<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Γ (A)] \S1.<br />

Por <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>stes conjuntos, não po<strong>de</strong> existir nenhum caminho <strong>de</strong> algum no<strong>do</strong> <strong>de</strong> S2 para algum no<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

S1, logo [|A| m ] lk = 0 se Pl ∈ S2 e Pk ∈ S1. E ambos os conjuntos são não-vazios, pois Pj ∈ S1 e Pi ∈ S2.<br />

Renomean<strong>do</strong> os no<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que<br />

<br />

S1 = P1, . . . , <br />

Pm ,<br />

<br />

S2 = Pm+1, . . . , <br />

Pn ,<br />

segue que existe uma matriz <strong>de</strong> permutação P tal que<br />

P t <br />

B C<br />

AP =<br />

0 D<br />

De fato, P é justamente a matriz <strong>de</strong> permutação que troca as colunas <strong>de</strong> tal forma que as variáveis anteriores<br />

correspon<strong>de</strong>ntes aos no<strong>do</strong>s P1, . . . , Pm no sistema Ax = b são as novas m primeiras variáveis <strong>do</strong> sistema linear<br />

Ax = b; como não existe nenhum caminho direciona<strong>do</strong> entre nenhum <strong>do</strong>s no<strong>do</strong>s Pm+1, . . . , Pn e qualquer um<br />

<strong>do</strong>s no<strong>do</strong>s P1, . . . , Pm, temos aij = 0 para m + 1 i n e 1 j m pelo Teorema 3.11. <br />

3.15 Corolário. Uma matriz A ∈ Mn (C) é irredutível se e somente se ela satisfaz a proprieda<strong>de</strong> FC.<br />

3.16 Proposição. Se A é uma matriz irredutível, diagonalmente <strong>do</strong>minante tal que |aii| > n<br />

|aij| para<br />

pelo menos alguma linha i, então A é invertível.<br />

Além disso, se A é hermitiana e to<strong>do</strong>s os elementos da diagonal principal <strong>de</strong> A são positivos, então<br />

to<strong>do</strong>s os autovalores <strong>de</strong> A são positivos.<br />

Prova. O resulta<strong>do</strong> segue <strong>do</strong> Teorema 3.14, <strong>do</strong> Corolário 3.9 e <strong>do</strong> Teorema <strong>do</strong>s Discos <strong>de</strong> Gershgorin (veja<br />

comentários após o Teorema 3.2). <br />

3.6 Invertibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Matrizes <strong>de</strong> Discretização<br />

Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nas seções anteriores fornecem uma <strong>de</strong>monstração alternativa <strong>de</strong> que as matrizes<br />

<strong>de</strong> discretização <strong>do</strong> capítulo anterior (tanto no caso unidimensional, quanto no caso bidimensional) são<br />

invertíveis, sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se calcular os seus autovalores.<br />

<br />

.<br />

j=1<br />

j=i

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!