Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Rodney Josué Biezuner 81<br />
se e somente se para cada par <strong>de</strong> índices i, j com i = j pelo menos um <strong>do</strong>s termos |A| , |A| 2 , . . . , |A| n−1<br />
tem uma entrada positiva em (i, j). Pelo Teorema 3.11, isso ocorre se e somente se existe algum caminho<br />
direciona<strong>do</strong> em Γ (A) <strong>de</strong> Pi para Pj com comprimento n−1. Isto é equivalente a A satisfazer a proprieda<strong>de</strong><br />
FC. O mesmo argumento vale para M (A). <br />
Em geral, a maneira como uma matriz foi obtida (como as nossas matrizes <strong>de</strong> discretização; veja a última<br />
seção <strong>do</strong> capítulo) torna clara se elas são matrizes que satisfazem a proprieda<strong>de</strong> FC ou não. Se isso<br />
não é possível, e preten<strong>de</strong>-se verificar a proprieda<strong>de</strong> FC através <strong>do</strong> Corolário 3.13, é preferível calcular<br />
[I + M (A)] n−1 , já que M (A) é uma matriz composta apenas <strong>de</strong> 0’s e 1’s.<br />
3.5 Matrizes Irredutíveis<br />
Lembre-se que uma matriz <strong>de</strong> permutação P é uma matriz quadrada cujas entradas são todas 0 ou 1 e,<br />
além disso, em cada linha e em cada coluna <strong>de</strong> P existe exatamente um 1. Em particular, P é uma matriz<br />
ortogonal, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que P −1 = P t , isto é, a inversa <strong>de</strong> P também é uma matriz <strong>de</strong> permutação. Um caso<br />
especial <strong>de</strong> uma matriz <strong>de</strong> permutação é uma matriz <strong>de</strong> transposição, que é uma matriz <strong>de</strong> permutação T<br />
igual à matriz i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> exceto em duas posições, isto é, para algum par <strong>de</strong> índices fixa<strong>do</strong> k, l temos<br />
⎧<br />
⎨ δij se (i, j) = (k, l) , (l, k) , (k, k) ou (l, l) ,<br />
Tij = 1 e (i, j) = (k, l) ou se (i, j) = (l, k) ,<br />
⎩<br />
0 se (i, j) = (k, k) ou se (i, j) = (l, l) .<br />
Matrizes <strong>de</strong> transposição são simétricas. O efeito <strong>de</strong> multiplicar uma matriz A por uma matriz <strong>de</strong> transposição<br />
à esquerda é trocar a posição <strong>de</strong> duas linhas da matriz A (no caso acima, as linhas k e l), enquanto que a<br />
multiplicação <strong>de</strong> A por uma matriz <strong>de</strong> transposição à direita muda a posição <strong>de</strong> duas colunas <strong>de</strong> A (no caso<br />
acima, as colunas k e l).<br />
T A =<br />
AT =<br />
⎡<br />
⎢<br />
⎣<br />
⎡<br />
⎢<br />
⎣<br />
1 0 0 0<br />
0 0 1 0<br />
0 1 0 0<br />
0 0 0 1<br />
⎤ ⎡<br />
⎥ ⎢<br />
⎥ ⎢<br />
⎦ ⎣<br />
a11 a12 a13 a14<br />
a21 a22 a23 a24<br />
a31 a32 a33 a34<br />
a41 a42 a43 a44<br />
a11 a12 a13 a14<br />
a21 a22 a23 a24<br />
a31 a32 a33 a34<br />
a41 a42 a43 a44<br />
⎤ ⎡<br />
⎥ ⎢<br />
⎥ ⎢<br />
⎦ ⎣<br />
1 0 0 0<br />
0 0 1 0<br />
0 1 0 0<br />
0 0 0 1<br />
⎤<br />
⎡<br />
⎥<br />
⎦ =<br />
⎢<br />
⎣<br />
⎤<br />
⎥<br />
⎦ =<br />
⎡<br />
⎢<br />
⎣<br />
a11 a12 a13 a14<br />
a31 a32 a33 a34<br />
a21 a22 a23 a24<br />
a41 a42 a43 a44<br />
a11 a13 a12 a14<br />
a21 a23 a22 a24<br />
a31 a33 a32 a34<br />
a41 a43 a42 a44<br />
Po<strong>de</strong>-se provar que toda matriz <strong>de</strong> permutação P é o produto <strong>de</strong> matrizes <strong>de</strong> transposição P = T1 . . . Tm;<br />
em particular, P t = Tm . . . T1. A matriz<br />
P t AP = Tm . . . T1AT1 . . . Tm<br />
é portanto obtida através da permutação <strong>de</strong> linhas e colunas <strong>de</strong> A, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que nenhum novo elemento é<br />
cria<strong>do</strong> ou algum elemento existente <strong>de</strong> A <strong>de</strong>struí<strong>do</strong>.<br />
Definição. Dizemos que uma matriz A ∈ Mn (C) é redutível se existe alguma matriz <strong>de</strong> permutação P e<br />
algum inteiro 1 m n − 1 tal que<br />
P t <br />
B<br />
AP =<br />
0<br />
C<br />
D<br />
<br />
on<strong>de</strong> B é uma matriz m × m, D é uma matriz (n − m) × (n − m), C é uma matriz m × (n − m) e 0 é<br />
a matriz nula (n − m) × m. Caso contrário, dizemos que A é irredutível.<br />
⎤<br />
⎥<br />
⎦ ,<br />
⎤<br />
⎥<br />
⎦ .