Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Rodney Josué Biezuner 74<br />
Além disso, se uma união <strong>de</strong> k <strong>de</strong>stes discos forma uma região que é disjunta <strong>do</strong>s n−k discos restantes,<br />
então existem exatamente k autovalores <strong>de</strong> A nesta região.<br />
Prova. Seja λ um autovalor <strong>de</strong> A e x = (x1, . . . , xn) = 0 um autovetor associa<strong>do</strong>. Seja k um índice tal que<br />
|xk| |xj| para j = 1, . . . , n,<br />
isto é, xk é a coor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong> x <strong>de</strong> maior valor absoluto. Denotan<strong>do</strong> por (Ax) k a k-ésima coor<strong>de</strong>nada <strong>do</strong> vetor<br />
Ax = λx, temos<br />
n<br />
λxk = (Ax) k =<br />
que é equivalente a<br />
Daí,<br />
ou seja,<br />
|xk| |λ − akk| <br />
j=1<br />
j=k<br />
xk (λ − akk) =<br />
j=1<br />
j=k<br />
j=1<br />
n<br />
j=1<br />
j=k<br />
akjxj<br />
akjxj.<br />
n<br />
n<br />
n<br />
|akjxj| = |akj| |xj| |xk| |akj| = |xk| Rk (A) ,<br />
|λ − akk| Rk (A) .<br />
Isso prova o resulta<strong>do</strong> principal <strong>do</strong> Teorema <strong>de</strong> Gershgorin (como não sabemos qual k é apropria<strong>do</strong> para<br />
cada autovalor λ, e um mesmo k po<strong>de</strong> servir para vários autovalores λ, tu<strong>do</strong> o que po<strong>de</strong>mos afirmar é que<br />
os autovalores estão na união <strong>do</strong>s discos).<br />
Para provar a segunda afirmação, escreva A = D + B, on<strong>de</strong> D = diag (a11, . . . , ann) e <strong>de</strong>fina<br />
para 0 t 1. Note que<br />
At = D + tB<br />
j=1<br />
j=k<br />
Ri (At) = Ri (tB) = tRi (A) .<br />
Para simplificar a notação, assuma que a união <strong>do</strong>s primeiros k discos <strong>de</strong> Gershgorin<br />
satisfaz Gk (A) ∩ [G (A) \Gk (A)] = ∅. Temos<br />
logo<br />
e<br />
Gk (A) =<br />
k<br />
i=1<br />
D Ri(A) (aii)<br />
D Ri(At) (aii) = {z ∈ C : |z − aii| Ri (At)} = {z ∈ C : |z − aii| tRi (A)} ⊂ D Ri(A) (aii) ,<br />
Gk (At) ⊂ Gk (A)<br />
Gk (A) ∩ [G (At) \Gk (At)] = ∅<br />
para 0 t 1. Porque os autovalores são funções contínuas das entradas <strong>de</strong> uma matriz, o caminho<br />
λi (t) = λi (At)<br />
é um caminho contínuo que liga λi (A0) = λi (D) = aii a λi (A1) = λi (A). Como λi (At) ∈ Gk (At) ⊂ Gk (A),<br />
concluímos que para cada 0 t 1 existem k autovalores <strong>de</strong> At em Gk (A); em particular, fazen<strong>do</strong> t = 1,