Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
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Rodney Josué Biezuner 49<br />
Dividin<strong>do</strong> esta equação por F (i) G (j), segue que<br />
F (i − 1) − 2F (i) + F (i + 1)<br />
∆x 2 F (i)<br />
+ G (j − 1) − 2G (j) + G (j + 1)<br />
∆y 2 G (j)<br />
= −λ.<br />
Separan<strong>do</strong> as variáveis, concluímos que cada um <strong>do</strong>s quocientes acima é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> i ou <strong>de</strong> j, isto é,<br />
eles são constantes:<br />
on<strong>de</strong> as constantes α, β estão relacionadas pela i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
F (i − 1) − 2F (i) + F (i + 1)<br />
= A,<br />
F (i)<br />
(2.18)<br />
G (j − 1) − 2G (j) + G (j + 1)<br />
= B,<br />
G (j)<br />
(2.19)<br />
A B<br />
+ = −λ. (2.20)<br />
∆x2 ∆y2 Estas equações po<strong>de</strong>m ser escritas como fórmulas <strong>de</strong> recorrência (análogas às equações diferenciais ordinárias<br />
obtidas no méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> separação <strong>de</strong> variáveis contínuo)<br />
F (i + 1) − (A + 2) F (i) + F (i − 1) = 0,<br />
G (j − 1) − (B + 2) G (j) + G (j + 1) = 0.<br />
Para resolvê-las, é mais conveniente trabalhar com as constantes<br />
Desta forma, as equações para F e G tornam-se<br />
Observe que<br />
2α = A + 2, 2β = B + 2.<br />
F (i − 1) − 2αF (i) + F (i + 1) = 0, (2.21)<br />
G (j − 1) − 2βG (j) + G (j + 1) = 0. (2.22)<br />
<br />
1 − α 1 − β<br />
λ = 2 +<br />
∆x2 ∆y2 <br />
. (2.23)<br />
Vamos resolver a equação para F , já que a equação para G é completamente análoga. Substituin<strong>do</strong> em<br />
(2.21) uma solução da forma<br />
F (i) = z i<br />
(2.24)<br />
obtemos<br />
z i−1 − 2αz i + z i+1 = 0,<br />
<strong>do</strong>n<strong>de</strong>, dividin<strong>do</strong> por z i−1 extraímos a equação quadrática (análoga à equação indicial)<br />
As duas raízes são<br />
z 2 − 2αz + 1 = 0. (2.25)<br />
z± = α ± α 2 − 1,<br />
com z+ + z− = 2α e z+z− = 1. Portanto, a solução geral para a equação (2.21) é<br />
F (i) = c1z i + + c2z i −<br />
para algumas constantes c1, c2. Para <strong>de</strong>terminarmos estas constantes e também α, aplicamos as condições<br />
<strong>de</strong> fronteira, que implicam<br />
F (0) = F (n) = 0.