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Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG

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Capítulo 1<br />

Os <strong>Autovalores</strong> <strong>do</strong> <strong>Laplaciano</strong><br />

Seja Ω ⊂ R n um aberto limita<strong>do</strong>. O problema <strong>de</strong> autovalor para o laplaciano consiste em encontrar os valores<br />

λ tais que<br />

−∆u = λu em Ω (1.1)<br />

admite soluções não triviais, com alguma condição <strong>de</strong> fronteira imposta sobre u. A equação <strong>de</strong> autovalor <strong>do</strong><br />

laplaciano também é conhecida como equação <strong>de</strong> Helmholtz. Nestas notas, consi<strong>de</strong>raremos o problema <strong>de</strong><br />

autovalor com condição <strong>de</strong> Dirichlet<br />

<br />

−∆u = λu em Ω,<br />

(1.2)<br />

u = 0 sobre ∂Ω,<br />

e o problema <strong>de</strong> autovalor com condição <strong>de</strong> Neumann<br />

⎧<br />

⎨<br />

⎩<br />

−∆u = λu em Ω,<br />

∂u<br />

∂η<br />

= 0 sobre ∂Ω.<br />

O problema é tradicionalmente escrito nesta forma, com o sinal negativo multiplican<strong>do</strong> o laplaciano, porque<br />

assim to<strong>do</strong>s os autovalores são não-negativos. No caso <strong>do</strong> problema <strong>de</strong> Dirichlet, este fato segue imediatamente<br />

<strong>do</strong> princípio <strong>do</strong> máximo. De fato, este implica que to<strong>do</strong>s os autovalores, se existirem, <strong>de</strong>vem ser<br />

positivos, como veremos neste capítulo. Por outro la<strong>do</strong>, zero é um autovalor no problema <strong>de</strong> Neumann, pois<br />

as funções constantes são autofunções associadas a este.<br />

1.1 Motivação para o Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>Autovalores</strong> <strong>do</strong> <strong>Laplaciano</strong><br />

1.1.1 Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Expansão em Autofunções<br />

Vários problemas <strong>de</strong> equações diferenciais parciais po<strong>de</strong>m ser resolvi<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

expansão em autofunções <strong>do</strong> laplaciano.<br />

Consi<strong>de</strong>re o seguinte problema <strong>de</strong> Dirichlet para a equação da onda em um aberto limita<strong>do</strong> Ω ⊂ R n :<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⎪⎩<br />

utt = c 2 ∆u se x ∈ Ω e t > 0,<br />

u (x, 0) = f (x) se x ∈ Ω,<br />

ut (x, 0) = g (x) se x ∈ Ω,<br />

u (x, t) = 0 se x ∈ ∂Ω e t 0,<br />

on<strong>de</strong> c ∈ R, f ∈ C 2 Ω e g ∈ C 1 Ω . Se Ω ⊂ R 2 , então este problema mo<strong>de</strong>la as vibrações transversais<br />

<strong>de</strong> baixa amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma membrana fina fixada em um aro com o formato <strong>de</strong> ∂Ω: se ∂Ω é um retângulo,<br />

4<br />

(1.3)

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