Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Rodney Josué Biezuner 44<br />
porque<br />
<br />
(n − 1) jπ<br />
0 = sen jπ = sen<br />
+<br />
n<br />
jπ<br />
<br />
(n − 1) jπ<br />
= sen cos<br />
n<br />
n<br />
jπ (n − 1) jπ<br />
+ cos sen<br />
n n<br />
jπ<br />
n .<br />
<br />
Os autovalores <strong>de</strong> A são positivos, portanto A é uma matriz positiva <strong>de</strong>finida. Observe que, fixa<strong>do</strong> j, se n é<br />
arbitrariamente gran<strong>de</strong> então<br />
cos jπ<br />
n ≈ 1 − j2π 2<br />
,<br />
2n2 pois o <strong>de</strong>senvolvimento em série <strong>de</strong> Taylor da função cosseno em torno da origem é<br />
cos x = 1 − 1<br />
2 x2 + O x 3 ;<br />
toman<strong>do</strong> x = jπ/n para n suficientemente gran<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sprezan<strong>do</strong> os termos <strong>de</strong> terceira or<strong>de</strong>m, obtemos a<br />
aproximação acima. Daí,<br />
2<br />
∆x 2<br />
<br />
1 − cos jπ<br />
n<br />
<br />
= 2n2<br />
a 2<br />
<br />
1 − cos jπ<br />
<br />
≈<br />
n<br />
2n2<br />
a2 <br />
1 − 1 − j2π 2<br />
2n2 <br />
= j2π 2<br />
,<br />
a2 <strong>de</strong> forma que os menores autovalores da matriz A são uma boa aproximação para os menores autovalores <strong>de</strong><br />
Dirichlet <strong>do</strong> laplaciano no intervalo [0, a]. Já o maior autovalor da matriz A é<br />
λn−1 = 2<br />
∆x2 <br />
<br />
(n − 1) π<br />
1 − cos =<br />
n<br />
2n2<br />
a2 <br />
<br />
(n − 1) π<br />
1 − cos ≈<br />
n<br />
4n2<br />
,<br />
a2 que não é uma boa aproximação para um autovalor <strong>do</strong> laplaciano. Vemos que se aumentarmos o número <strong>de</strong><br />
pontos <strong>de</strong> discretização (malha mais refinada) obteremos melhores aproximações e uma quantida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong><br />
autovalores próximos aos autovalores <strong>do</strong> laplaciano. Para comparar, veja a tabela a seguir para os autovalores<br />
<strong>do</strong> laplaciano no intervalo [0, π]; na primeira coluna temos os autovalores exatos <strong>do</strong> laplaciano, enquanto que<br />
na <strong>de</strong>mais colunas os autovalores da matriz A, λj = 2n2<br />
π2 número n <strong>de</strong> subintervalos na malha<br />
<br />
1 − cos jπ<br />
<br />
, com a linha superior indican<strong>do</strong> o<br />
n<br />
n = 11 n = 21 n = 31 n = 51 n = 101 n = 1001<br />
1 0.993 221 21 0.998 136 38 0.999 144 44 0.999 683 82 0.999 919 37 0.999 999 18<br />
4 3.892 419 95 3.970 248 82 3.986 325 21 3.994 943 16 3.998 710 15 3.999 986 87<br />
9 8.462 720 39 8.849 945 24 8.930 889 79 8.974 415 97 8.993 471 18 8.999 933 51<br />
16 14.333 863 96 15.528 221 28 15.782 100 25 15.919 213 41 15.979 370 36 15.999 789 87<br />
25 21.030 205 54 23.855 895 28 24.469 653 89 24.802 991 47 24.949 649 29 24.999 486 99<br />
36 28.009 247 34 33.646 940 78 34.904 404 68 35.592 050 94 35.895 629 79 35.998 936 22<br />
49 34.705 588 92 44.682 641 99 46.979 277 93 48.245 465 23 48.806 722 35 48.998 029 23<br />
64 40.576 732 50 56.716 479 58 60.570 369 11 62.715 235 6 63.670 436 30 63.996 637 97<br />
81 45.147 032 93 69.479 637 52 75.538 215 24 78.946 473 26 80.472 391 97 80.994 614 71<br />
100 48.046 231 68 82.687 007 94 91.729 225 95 96.877 607 56 99.196 334 56 99.991 792 02<br />
2.2 O Caso Bidimensional<br />
Nesta seção, <strong>de</strong>senvolveremos um méto<strong>do</strong> numérico <strong>de</strong> diferenças finitas para resolver o problema <strong>de</strong> Dirichlet<br />
para a equação <strong>de</strong> Poisson no retângulo (0, a) × (0, b)<br />
−∆u = f (x, y) em (0, a) × (0, b) ,<br />
u = 0 sobre ∂ ((0, a) × (0, b)) ,<br />
e para o problema <strong>de</strong> autovalor <strong>de</strong> Dirichlet para o laplaciano no retângulo<br />
−∆u = λu em (0, a) × (0, b) ,<br />
u = 0 sobre ∂ ((0, a) × (0, b)) .