09.05.2013 Views

Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG

Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG

Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Rodney Josué Biezuner 16<br />

Estes exemplos não são aci<strong>de</strong>ntais. É possível provar que uma função real em uma variável real possui uma<br />

<strong>de</strong>rivada fraca se e somente se ela for absolutamente contínua (a menos <strong>de</strong> modificações em conjuntos <strong>de</strong><br />

medida nula); em particular, isso implica que ela é diferenciável no senti<strong>do</strong> clássico em quase to<strong>do</strong> ponto. No<br />

caso <strong>de</strong> funções <strong>de</strong> várias variáveis, po<strong>de</strong>-se provar que uma função u ∈ L1 loc (Ω) é fracamente diferenciável<br />

se e somente se ela é igual, a menos <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> medida nula, a uma função que (1) é absolutamente<br />

contínua em quase to<strong>do</strong>s os segmentos em Ω paralelos aos eixos coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s e (2) as <strong>de</strong>rivadas parciais <strong>de</strong><br />

u são localmente integráveis. Para maiores <strong>de</strong>talhes, veja [Biezuner].<br />

1.5.2 Espaços <strong>de</strong> Sobolev<br />

Seja Ω um aberto <strong>de</strong> Rn . Definimos<br />

W 1,2 <br />

(Ω) = u ∈ W 1 (Ω) : u ∈ L 2 (Ω) e ∂u<br />

∂xi<br />

W 1,2 (Ω) é claramente um espaço vetorial. Ele é muni<strong>do</strong> da norma<br />

Definimos também<br />

uW 1,2 (Ω) = |u|<br />

Ω<br />

2 n<br />

<br />

+<br />

i=1<br />

∈ L 2 <br />

(Ω) para to<strong>do</strong> i = 1, . . . , n . (1.11)<br />

Ω<br />

<br />

<br />

<br />

∂u <br />

<br />

∂xi<br />

<br />

2 1/2<br />

W 1,2<br />

0 (Ω) = fecho <strong>de</strong> C ∞ 0 (Ω) em W 1,2 (Ω).<br />

. (1.12)<br />

Em ambos os espaços vetoriais norma<strong>do</strong>s W 1,2 (Ω) e W 1,2<br />

0 (Ω) <strong>de</strong>finimos o produto interno<br />

<br />

〈u, v〉 =<br />

Ω<br />

uv +<br />

n<br />

<br />

i=1<br />

Ω<br />

∂u ∂v<br />

= 〈u, v〉 L2 (Ω) +<br />

∂xi ∂xi<br />

n<br />

<br />

∂u<br />

,<br />

∂xi<br />

∂v<br />

<br />

∂xi L2 . (1.13)<br />

(Ω)<br />

Desta forma, a norma <strong>de</strong>finida acima é <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong>ste produto interno. Ela também é equivalente à norma<br />

<br />

uW 1,2 (Ω) =<br />

|u|<br />

Ω<br />

2<br />

1/2 = u L 2 (Ω) +<br />

+<br />

n<br />

i=1<br />

n<br />

<br />

<br />

<br />

∂u <br />

<br />

∂xi<br />

1.5.3 Proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s Espaços <strong>de</strong> Sobolev<br />

i=1<br />

Ω<br />

i=1<br />

L 2 (Ω)<br />

<br />

<br />

<br />

∂u <br />

<br />

∂xi<br />

<br />

.<br />

2 1/2<br />

Assumiremos os resulta<strong>do</strong>s a seguir sem <strong>de</strong>monstração (veja [Biezuner] para a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>stes resulta<strong>do</strong>s).<br />

1.3 Teorema. W 1,2 (Ω) é um espaço <strong>de</strong> Hilbert. Em particular, W 1,2<br />

0 (Ω) também é um espaço <strong>de</strong> Hilbert.<br />

1.4 Teorema. C ∞ (Ω) ∩ W 1,2 (Ω) é <strong>de</strong>nso em W 1,2 (Ω). Se Ω um aberto com fronteira <strong>de</strong> classe C 1 , então<br />

C ∞ (Ω) ∩ W 1,2 (Ω) é <strong>de</strong>nso em W 1,2 (Ω).<br />

Os seguintes resulta<strong>do</strong>s caracterizam o espaço W 1,2<br />

0 (Ω):<br />

1.5 Teorema. Se u ∈ W 1,2 (Ω) satisfaz supp u ⊂⊂ Ω, então u ∈ W 1,2<br />

0 (Ω).<br />

Se Ω ⊂ Rn é um aberto com fronteira <strong>de</strong> classe C1 e se u ∈ W 1,2 (Ω) ∩ C(Ω), então u ∈ W 1,2<br />

0 (Ω) se e<br />

somente se u = 0 em ∂Ω.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!