Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Rodney Josué Biezuner 152<br />
Observe que Qm é uma isometria (embora não necessariamente um isomorfismo isométrico, a não ser que<br />
m = n) e que Hm+1,m é uma matriz <strong>de</strong> Hessenberg superior, não quadrada, com entradas diagonais positivas.<br />
Denotaremos por Hm a matriz <strong>de</strong> Hessenberg superior quadrada obtida através <strong>de</strong> Hm+1,m quan<strong>do</strong><br />
suprimimos a última linha <strong>de</strong>sta. Segue que<br />
<br />
AQm = QmHm + qm+1 0 . . . 0 hm+1,m<br />
ou<br />
8.4 Proposição. Suponha que q1, . . . , qm+1 são vetores ortonormais,<br />
Qm = <br />
q1 . . . qm ,<br />
AQm = QmHm + qm+1hm+1,me t m. (8.29)<br />
e que Hm é uma matriz <strong>de</strong> Hessenberg superior com hj+1,j > 0 para j = 1, . . . , m. Embora estes<br />
possam ter si<strong>do</strong> obti<strong>do</strong>s por qualquer processo, suponha que eles satisfazem (8.29).<br />
Então q1, . . . , qm+1 são exatamente os vetores produzi<strong>do</strong>s pelo processo <strong>de</strong> Arnoldi com vetor inicial<br />
q1. Em outras palavras, dada uma matriz A, os objetos em (8.29) são unicamente <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s pela<br />
primeira coluna <strong>de</strong> Qm.<br />
Se q, Aq, . . . , A m q são linearmente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, então hm+1,m = 0. Se eles são linearmente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />
então hm+1,m = 0 e<br />
AQm = QmHm. (8.30)<br />
Em particular, isso implica que 〈q1, . . . , qm〉 são invariantes sob A e que os autovalores <strong>de</strong> Hm são autovalores<br />
<strong>de</strong> A, como o próximo resulta<strong>do</strong> mostra:<br />
8.5 Proposição. Suponha que x1, . . . , xm ∈ Fn são linearmente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e sejam S = 〈x1, . . . , xm〉 e<br />
X = <br />
x1 . . . xm<br />
Então S é invariante sob A ∈ Mn (F) se e somente se existe algum B ∈ Mm (F) tal que<br />
AX = XB.<br />
Além disso, to<strong>do</strong> autovalor <strong>de</strong> B é um autovalor <strong>de</strong> A com autovetor correspon<strong>de</strong>nte em S.<br />
Prova. Se existe tal B, então<br />
Axj =<br />
m<br />
xibij ∈ S.<br />
i=1<br />
Reciprocamente, se X é invariante sob A, então para cada índice j = 1, . . . , m existem escalares bij tais que<br />
m<br />
Axj = bijxi.<br />
i=1<br />
Defina B = (bij).<br />
Se w é um autovetor <strong>de</strong> B com autovalor λ, então v = Xw ∈ S é um autovetor <strong>de</strong> A com autovalor λ. <br />
Se m não é muito gran<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>mos então usar o algoritmo QR para encontrar os autovalores <strong>de</strong> Hm. Na<br />
prática, dificilmente obteremos hm+1,m = 0 exatamente, mas se hm+1,m é próximo <strong>de</strong> zero po<strong>de</strong>mos esperar<br />
que estamos próximos <strong>de</strong> um subespaço invariante e, portanto, que os autovalores <strong>de</strong> Hm são próximos aos<br />
autovalores <strong>de</strong> A. O próximo resulta<strong>do</strong> mostra que mesmo na eventualida<strong>de</strong> em que hm+1,m não é pequeno,<br />
alguns <strong>do</strong>s autovalores <strong>de</strong> Hm po<strong>de</strong>m ser boas aproximações <strong>do</strong>s autovalores <strong>de</strong> A.<br />
8.6 Teorema. Sejam Qm, Hm e hm+1,m gera<strong>do</strong>s pelo processo <strong>de</strong> Arnoldi. Seja λ um autovalor <strong>de</strong> Hm<br />
com autovetor unitário x. Seja v = Qmx. Então<br />
on<strong>de</strong> xm <strong>de</strong>nota a última componente <strong>de</strong> x.<br />
n×m<br />
Av − λv = |hm+1,m| |xm| ,