Ordem LEPIDOPTERA - Acervo Digital de Obras Especiais
Ordem LEPIDOPTERA - Acervo Digital de Obras Especiais Ordem LEPIDOPTERA - Acervo Digital de Obras Especiais
58 INSETOS DO BRASIL Crisálidas - Casulos 18. Ninfose - As lagartas, ao completarem o desenvolvimento deixam de se alimentar e procuram um lugar propício a ninfose, às vêzes relativamente longe daquele em que se criaram. Na maioria das espécies, a metamorfose se processa imediatamente. Em algumas, porém, como por exemplo na Platyedra gossypiella, a lagarta pode cair em estado de vida latente, nêle permanecendo durante um a dois anos. As lagartas das borboletas, com a extremidade posterior do corpo prêso ao ponto escolhido para a metamorfose, fixam-se definitivamente a êsse ponto mediante um coxim de fios de sêda. Permanecendo depois, durante algum tempo, com a parte anterior do Fig. 42 - Vários tipos de pupae obtectae, vulgarmente chamadas crisalidas (da esquerda para a direita) de Sphingidae, de Brassolis e de Papilio (Originais gentilmente cedidos por Pinto da Fonseca, do Instituto Biológico de São Paulo; desenhos de J. F. Toledo). corpo incurvado, sofrem, nessa parte, uma deiscência dorso-longitudinal, que permite, com a retração da pele, a saída progressiva da crisálida, mediante contorsões do corpo da mesma (fig. 41). Esta fica prêsa ao suporte de sêda por uma peça provida de ganchos chamada cremaster (figs. 41 e 43 Bc).
LEPIDOPTERA 59 Nas borboletas observam-se os dois casos seguintes: 1.º A crisálida fica pendurada pela extremidade caudal (pupa suspensa) (Lep. Suspensi) (fig. 42, do meio). 2.° A crisálida, geralmente em posição semierecta, além de prêsa à superfície suporte pelo cremaster, é também sustentada por uma fina cinta, de um ou vários fios de sêda, que contornam o corpo na parte média (pupa succinta) (Lep. Succinti) (fig. 42, da direita). As lagartas dos Hesperídeos, ao atingirem o completo desenvolvimento, dobram e prendem com sêda as bordas laterais opostas de uma fôlha, construindo, assim, um abrigo, dentro do qual encrisalidam (pupa envolvida, enrolada) (Lep. Involuti). casulo - Excetuando as lagartas que procuram o solo, para se enterrar por ocasião da ninfose (Noctuidae, Sphingidae), aí formando uma célula a maior ou menor profundidade, as das demais mariposas quase sempre confeccionam um casulo, tênue ou espésso, tecido a fio de sêda continuo e entre- laçado, secretado pelas glândulas labiais, dentro do qual viverá a pupa ou crisálida durante todo o período pupal. Fig. 43 - Pupa de Platyedra gossypiella, A - vista de frente; a, antena; ao, anus; c, clypeus; e, ôlho; f, fronte; g, gena; go, abertura genital; l1, l2, l3, 1ª, 2ª e 3ª, pernas; mp, palpo maxilar; mx, maxilar; w, asa anterior; B - parte apical do abdome; c, cremaster; C - vista do dorso; a1-a10, 1º-10º uromeros; f, fronte; t1, t2, t3, 1º, 2º, e 3º segmentos toraxicos; v, vertex (De Busck, 1917, Journ. Agric. Res., 9, est. 12, C. Lacerda cop.). Quando a metamorfose se realiza à superfície do solo, sob um abrigo qualquer (fôlhas, fragmentos de galhos, etc.), a quantidade de sêda secretada não chega a formar um verdadeiro casulo.
- Page 1 and 2: CAPÍTULO XXVIII Ordem LEPIDOPTERA
- Page 3 and 4: LEPIDOPTERA 9 O primeiro segmento a
- Page 5 and 6: LEPIDOPTERA 11 conspícuos que os l
- Page 7 and 8: timpanico (tympanum), análogo ao q
- Page 9 and 10: LEPIDOPTERA 15 setos que as posteri
- Page 11 and 12: LEPIDOPTERA 17 os vários tipos de
- Page 13 and 14: LEPIDOPTERA 19 sejam, uratos, que d
- Page 15 and 16: LEPIDOPTERA 21 Tricópteros, apenso
- Page 17 and 18: LEPIDOPTERA 23 Fig. 15 - Asas de Ti
- Page 19 and 20: LEPIDOPTERA 25 As investigações d
- Page 21 and 22: LEPIDOPTERA 27 As valvas podem apre
- Page 23 and 24: 3. Anatomia interna. - Tubo digesti
- Page 25 and 26: Sistema nervoso - Tympanum- Em Hepi
- Page 27 and 28: LEPIDOPTERA 33 se une à do lado op
- Page 29 and 30: Todavia os casos mais frequentes de
- Page 31 and 32: LEPIDOPTERA 37 Observa-se também f
- Page 33 and 34: LEPIDOPTERA 39 Os ovos dos Lepidopt
- Page 35 and 36: LEPIDOPTERA 41 tamente com os que s
- Page 37 and 38: LEPIDOPTERA 43 12. Anatomia externa
- Page 39 and 40: LEPIDOPTERA 45 minais, mamelonadas,
- Page 41 and 42: LEPIDOPTERA 47 Os autores modernos,
- Page 43 and 44: LEPIDOPTERA 49 As demais cerdas, n
- Page 45 and 46: LEPIDOPTERA 51 Frequentemente encon
- Page 47 and 48: LEPIDOPTERA 53 tino e a parte later
- Page 49 and 50: LEPIDOPTERA 55 sente-se odor desagr
- Page 51: LEPIDOPTERA 57 Essas transformaçõ
- Page 55 and 56: LEPIDOPTERA 61 Nos Lepidopteros mai
- Page 57 and 58: LEPIDOPTERA 63 La peau de la chrysa
- Page 59 and 60: LEPIDOPTERA 65 feros, no capítulo
- Page 61 and 62: LEPIDOPTERA 67 PAILLOT, A. & R. NOE
- Page 63 and 64: LEPIDOPTERA 69 FORBES, E. B. 1941 -
- Page 65 and 66: LEPIDOPTERA 71 MERCER, W. F. 1900 -
- Page 67 and 68: GEROULD, J. H. 1916 - Mimicry in bu
- Page 69 and 70: DAUBERSCHMIDT, K. LEPIDOPTERA 75 19
- Page 71 and 72: LEPIDOPTERA 77 POULTON, E. B. 1893.
- Page 73 and 74: LEPIDOPTERA 79 HELLER, J. & H. ARER
- Page 75 and 76: LEPIDOPTERA 81 MUELLER, W. 1884 - U
- Page 77 and 78: LEPIDOPTERA 83 TIRELLI, M. 1936 - O
- Page 79 and 80: BENEDICENTI, A. LEPIDOPTERA 85 SIST
- Page 81 and 82: LEPIDOPTERA 87 ORGÃOS DOS SENTIDOS
- Page 83 and 84: LEPIDOPTERA 89 JOHNAS, W. 1911 - Da
- Page 85 and 86: LEPIDOPTERA 91 JORDAN, K. 1923.- On
- Page 87 and 88: LEPIDOPTERA 93 DEEGENER. P. 1909 -
- Page 89 and 90: LEPIDOPTERA 95 BESSELS, E. 1867 - S
- Page 91 and 92: PIERCE, F. N. LEPIDOPTERA 97 - Vari
- Page 93 and 94: LEPIDOPTERA 99 KOLTZOFF, N. K. 1932
- Page 95 and 96: BALTZER, F. LEPIDOPTERA 101 GENÉTI
- Page 97 and 98: LEPIDOPTERA 103 HOVANITZ, W. 1941 -
- Page 99 and 100: JORDAN, K. LEPIDOPTERA 105 1911 - T
- Page 101 and 102: DRUMMOND, M. LEPIDOPTERA 107 1936 -
<strong>LEPIDOPTERA</strong> 59<br />
Nas borboletas observam-se os dois casos seguintes:<br />
1.º A crisálida fica pendurada pela extremida<strong>de</strong> caudal<br />
(pupa suspensa) (Lep. Suspensi) (fig. 42, do meio).<br />
2.° A crisálida, geralmente em posição semierecta, além <strong>de</strong><br />
prêsa à superfície suporte pelo cremaster, é também sustentada por<br />
uma fina cinta, <strong>de</strong> um ou vários fios <strong>de</strong> sêda, que contornam o corpo<br />
na parte média (pupa succinta) (Lep. Succinti) (fig. 42, da direita).<br />
As lagartas dos Hesperí<strong>de</strong>os, ao atingirem o completo <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
dobram e pren<strong>de</strong>m com sêda as bordas laterais opostas<br />
<strong>de</strong> uma fôlha, construindo,<br />
assim, um abrigo,<br />
<strong>de</strong>ntro do qual encrisalidam<br />
(pupa envolvida,<br />
enrolada) (Lep. Involuti).<br />
casulo - Excetuando<br />
as lagartas que procuram<br />
o solo, para se<br />
enterrar por ocasião<br />
da ninfose (Noctuidae,<br />
Sphingidae), aí formando<br />
uma célula a<br />
maior ou menor profundida<strong>de</strong>,<br />
as das <strong>de</strong>mais<br />
mariposas quase<br />
sempre confeccionam<br />
um casulo, tênue ou<br />
espésso, tecido a fio <strong>de</strong><br />
sêda continuo e entre-<br />
laçado, secretado pelas<br />
glândulas labiais, <strong>de</strong>ntro<br />
do qual viverá a<br />
pupa ou crisálida durante<br />
todo o período<br />
pupal.<br />
Fig. 43 - Pupa <strong>de</strong> Platyedra gossypiella, A - vista <strong>de</strong> frente;<br />
a, antena; ao, anus; c, clypeus; e, ôlho; f, fronte; g, gena; go,<br />
abertura genital; l1, l2, l3, 1ª, 2ª e 3ª, pernas; mp, palpo maxilar;<br />
mx, maxilar; w, asa anterior; B - parte apical do abdome; c,<br />
cremaster; C - vista do dorso; a1-a10, 1º-10º uromeros; f,<br />
fronte; t1, t2, t3, 1º, 2º, e 3º segmentos toraxicos; v, vertex (De<br />
Busck, 1917, Journ. Agric. Res., 9, est. 12, C. Lacerda cop.).<br />
Quando a metamorfose se realiza à superfície do solo, sob um<br />
abrigo qualquer (fôlhas, fragmentos <strong>de</strong> galhos, etc.), a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> sêda secretada não chega a formar um verda<strong>de</strong>iro casulo.