Escoamento de fluídos não newtonianos
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4.2 Análise estatística do fator <strong>de</strong> atrito <strong>de</strong> fluidos lei da potência 55<br />
As correlações propostas por Stein et al. (1980), Shaver e Merrill<br />
(1959), Tomita (1959) e Kemblowski e Kolodziejski (1973) apresentaram<br />
os maiores valores do <strong>de</strong>svio relativo médio total (OMRD). Os<br />
valores correspon<strong>de</strong>m a 37,76%, 37,38%, 31,74% e 28,82%, respectivamente.<br />
O resultado anterior coinci<strong>de</strong> com os valores máximos <strong>de</strong><br />
OMRD obtidos por Gao e Zhang. O elevado valor do <strong>de</strong>svio relativo<br />
médio total obtido por essas correlações, justifica-se <strong>de</strong>vido aos elevados<br />
<strong>de</strong>svios em relação aos dados experimentais apresentados. No caso da<br />
equação <strong>de</strong> Shaver e Merrill, o <strong>de</strong>svio máximo foi <strong>de</strong> até 33%. Os dados<br />
experimentais que avaliaram a equação <strong>de</strong> Kemblowski e Kolodziejski<br />
<strong>não</strong> foram satisfactorios quando comparados com a equação <strong>de</strong> Dodge e<br />
Metzner. Enquanto que, a equação <strong>de</strong> Stein et al. <strong>não</strong> foi validada com<br />
dados experimentais. Por sua vez, os dados experimentais <strong>de</strong> pastas<br />
<strong>de</strong> amido e lamas <strong>de</strong> cal, limitaram o uso da equação <strong>de</strong> Tomita para<br />
números <strong>de</strong> Reynolds generalizados baixos em escoamento turbulento<br />
(3000 < ReMR < 30000).<br />
Os valores do <strong>de</strong>svio relativo médio (MRD), na faixa <strong>de</strong> 0,3 ≤ n ≤<br />
0,7, das correlações <strong>de</strong> Shaver e Merrill (Equação 2.48), Tomita (Equação<br />
2.38), Thomas (Equaçao 2.41), Clapp (Equação 2.42), Kemblowski<br />
e Kolodziejski (Equação 2.51), Stein et al. (Equação 2.45), Szilas et<br />
al. (Equação 2.46) e El-Emam et al. (Equação 2.60) são superiores a<br />
±25%, portanto <strong>não</strong> são consi<strong>de</strong>radas nas análises posteriores.<br />
O menor valor do <strong>de</strong>svio relativo médio total foi 1,63%, obtido<br />
pela correlação <strong>de</strong> Dodge e Metzner (Equação 2.31), embora o <strong>de</strong>svio<br />
relativo médio <strong>não</strong> fosse o menor em toda a faixa n. Outro resultado<br />
interesante é o apresentado pela correlação <strong>de</strong> Shenoy (Equação 2.57),<br />
a qual estimou alguns valores <strong>de</strong> MRD menores à equação <strong>de</strong> Dodge e<br />
Metzner apresentando um OMRD <strong>de</strong> 1,73%.<br />
O comportamento das 20 correlações mencionadas previamente<br />
(Seção 2.4.3) é apresentado, no modo <strong>de</strong> exemplo, para o caso pseudoplástico<br />
(n = 0,7) e o caso dilatante (n = 1,3) nas Figuras 4.2 e 4.3,<br />
respectivamente. Os casos restantes para o índice do comportamento<br />
do escoamento (0,3 ≤ n ≤ 1,4) encontram-se no Apêndice A.<br />
Para n = 0,7 (Figura 4.2), observa-se que os valores estimados pelas<br />
equações <strong>de</strong> Tomita, Stein et al. e Kemblowski e Kolodziejski superestimam<br />
os valores <strong>de</strong> f em relação ao f médio, on<strong>de</strong> nas duas primeiras<br />
correlações os termos An e Cn <strong>não</strong> são função <strong>de</strong> n. Enquanto que, os<br />
valores obtidos pela correlação <strong>de</strong> Shaver e Merrill são subestimados.<br />
A correlação <strong>de</strong> Kemblowski e Kolodziejski apresenta uma <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong><br />
em ReMR ≈ 36000, <strong>de</strong>vido a que essa correlação está <strong>de</strong>finida por<br />
faixas: região <strong>de</strong> transição e escoamento turbulento.