Escoamento de fluídos não newtonianos
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2.3 Perda <strong>de</strong> carga distribuída 9<br />
valor específico da queda <strong>de</strong> pressão, em cada equipamento é geralmente<br />
fornecido pelo fabricante.<br />
2.2.1 Fator <strong>de</strong> correção da energia cinética<br />
Dado que a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um fluido <strong>não</strong> é constante no interior<br />
<strong>de</strong> um tubo, <strong>de</strong>fine-se o termo ū2<br />
α , apresentado na Equação 2.6, como<br />
a energia cinética média por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> massa do fluido. Assim, esse<br />
termo é calculado através da integração da velocida<strong>de</strong> do fluido no raio<br />
da tubulação (CHHABRA; RICHARDSON, 1999).<br />
No caso <strong>de</strong> escoamento laminar <strong>de</strong> fluidos <strong>newtonianos</strong>, α = 1.<br />
Osorio e Steffe (1984) <strong>de</strong>senvolveram uma solução analítica e gráfica<br />
do fator <strong>de</strong> correção, para fluidos Herschel-Bulkley. Essa solução<br />
ajustou-se ao caso do escoamento laminar <strong>de</strong> fluidos lei da potência,<br />
on<strong>de</strong> o fator <strong>de</strong> correção varia segundo n (OSORIO; STEFFE, 1984<br />
apud RAO et al., 2005). A expressão para α é a seguinte<br />
α =<br />
2(2n + 1)(5n + 3)<br />
3(3n + 1) 2<br />
(2.7)<br />
Outras expressões do fator <strong>de</strong> correção da energia cinética para<br />
fluidos plásticos <strong>de</strong> Bingham e Herschel-Bulkley em escoamento laminar<br />
foram publicadas por Steffe (1996). Por sua vez, para escoamento<br />
turbulento <strong>de</strong> qualquer fluido in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tempo, newtoniano ou<br />
<strong>não</strong> newtoniano, consi<strong>de</strong>ra-se α = 2.<br />
2.3 Perda <strong>de</strong> carga distribuída<br />
Denomina-se perda <strong>de</strong> carga distribuída à perda <strong>de</strong> energia causada<br />
pelo atrito entre o fluido e a pare<strong>de</strong> da tubulação, a qual varia segundo<br />
as características do fluido, do tubo e das condições <strong>de</strong> escoamento. A<br />
perda <strong>de</strong> carga distribuída é expressa em função do fator <strong>de</strong> atrito, f ,<br />
da seguinte forma<br />
FD = ∆p<br />
ρ = 2 f ū2L D<br />
(2.8)<br />
on<strong>de</strong> ∆p é a queda <strong>de</strong> pressão na tubulação, L é o comprimento e D é<br />
o diâmetro da tubulação.<br />
Duas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> atrito têm sido apresentadas na literatura,<br />
o fator <strong>de</strong> Fanning e o fator <strong>de</strong> Darcy. O valor <strong>de</strong> Darcy é<br />
quatro vezes maior que o <strong>de</strong> Fanning. Neste trabalho será utilizado o<br />
fator <strong>de</strong> atrito <strong>de</strong> Fanning, f , para todos os cálculos.