Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business
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HORA EXTRA<br />
VÁLVULA DE ESCAPE<br />
ROTINA DIÁRIA DE PELO MENOS 12 HORAS, DECISÕES QUE<br />
PODEM MUDAR O FUTURO DA EMPRESA, TENSÃO...<br />
HÁ MOMENTOS EM QUE É PRECISO RECARREGAR AS BATERIAS<br />
No caso de Emílio Paganoni, gerente<br />
de produto das marcas<br />
Chrysler, Dodge, Jeep e Ram,<br />
a atividade paralela preferida <strong>sempre</strong> fez<br />
parte de sua vida. Aos 41 anos de idade,<br />
ele dá continuidade aos estudos que iniciou<br />
quando ainda tinha oito anos. “Foi<br />
quando comecei a ter as primeiras lições<br />
de música. E foi algo natural, eu ficava<br />
ouvindo minha mãe, que é maestrina,<br />
tocando piano em casa. Isso despertou<br />
o interesse pela música.”<br />
Com um currículo que inclui 11 anos<br />
de piano clássico e uma carreira de<br />
20 anos como tecladista da banda de<br />
rock Tumulto Louco, que ele mesmo<br />
montou, Paganoni diminuiu o ritmo<br />
das atividades musicais por conta do<br />
dia a dia comprometido com as atividades<br />
da empresa, onde está desde 1996.<br />
Mas nem por isso se afastou das teclas<br />
brancas e pretas de seu C. Bechstein,<br />
que ele ganhou aos 33 anos de sua mãe.<br />
“Todos os dias, após o trabalho, reservo<br />
um tempo para tocar. Algumas vezes<br />
chego a ficar entre três e quatro horas ao<br />
piano, mesmo quando volto mais tarde.<br />
A música me move, é o meu calmante.<br />
Tocar para mim é tão natural quanto beber<br />
água, não concebo a vida sem esse<br />
prazer”, explica o gerente.<br />
No caso de Paganoni, não é uma<br />
simples força de expressão. Depois dos<br />
anos de contato com a música erudita<br />
e o rock, ele passou pelo jazz, bossa<br />
nova e samba e hoje estuda também<br />
a música latina. Além disso, o gerente<br />
80BUSINESS<br />
IGOR THOMAZ<br />
TODO DIA RESERVO<br />
UM TEMPO PARA<br />
TOCAR. CHEGO<br />
A FICAR TRÊS A<br />
QUATRO HORAS<br />
AO PIANO<br />
EMÍLIO PAGANONI, Chrysler<br />
prepara versões acústicas dos clássicos<br />
do rock que tocava com sua banda –<br />
que tinha no repertório clássicos de<br />
Pink Floyd, The Who, Deep Purple e<br />
Emerson, Lake & Palmer, entre outros<br />
– e também se dedica à própria obra.<br />
“Tenho 32 composições, todas gravadas,<br />
com letras e partituras.”<br />
Todo esse talento pôde ser desfrutado<br />
por colegas da Chrysler em ocasiões especiais.<br />
Numa delas, lembra Paganoni,<br />
a formalidade de um jantar entre profissionais<br />
de várias áreas da empresa,<br />
incluindo concessionários, foi quebrada<br />
quando o convidaram a tocar o piano<br />
do restaurante. “Foi muito interessante<br />
ver tanta gente chegando mais perto,<br />
pedindo as músicas que queria ouvir e<br />
cantando junto. A música tem isso, ela<br />
agrega as pessoas, o evento só não durou<br />
mais porque fomos praticamente<br />
colocados para fora”, diverte-se Paganoni,<br />
que recomenda a todos os benefícios<br />
trazidos pela música.<br />
SOLTANDO A VOZ<br />
Compartilha dessa opinião o diretor de<br />
operações de atendimento ao cliente no<br />
Brasil e América Latina da Ford. Só que,<br />
em vez de tocar, Antônio Taranto aproveita<br />
para soltar a voz quando não está<br />
envolvido em seu intenso trabalho na<br />
montadora, na qual atua há 27 anos. O<br />
gosto pelo canto faz parte de sua vida há<br />
20 anos, mas a atividade como músico<br />
começou por acaso. “A filha de um amigo<br />
estava para se casar e ele me pediu<br />
para cantar na festa, junto a meus colegas<br />
Daniel Santiago, que é consultor da<br />
Ford, e o empresário Ricardo Nasário,<br />
com quem <strong>sempre</strong> cantei nas horas vagas.<br />
Só que, nessa noite, oito casais con-