Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business
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MURAMOTO: inteligência<br />
local faz a diferença<br />
bricante. Um navegador pode ser integrado<br />
à arquitetura de uma família de<br />
veículos, trazendo funções adicionais<br />
para valorizar o projeto”, afirma. Um<br />
dos programas em desenvolvimento<br />
na Marelli é a econavegação, para<br />
otimizar a navegação com mapas que<br />
permitam reduzir consumo e emissões.<br />
No Brasil há também projetos<br />
avançados em diversas frentes como<br />
carroçaria e chassis. Porém, aqui, dificilmente<br />
a engenharia parte do zero, o<br />
que se traduz em trabalho de aplicação<br />
e adequação das tecnologias já prontas<br />
e aprovadas.<br />
LEGISLAÇÃO TRAZ AVANÇO<br />
A segurança ativa e passiva dos ocupantes,<br />
assim como o nível de emissões,<br />
é tema relevante que ganhará<br />
ainda mais peso com novos apertos da<br />
legislação. A chegada de itens como<br />
ABS e airbag, que se tornarão obrigatórios<br />
em poucos anos, deve trazer como<br />
consequência a proliferação de inovações<br />
e aplicações para sistemas complementares.<br />
Avanços em sistemas de<br />
controle do motor, injeção direta e partida<br />
a frio estão na linha de frente dos<br />
desenvolvimentos da Bosch no Brasil,<br />
maior fornecedora de componentes<br />
para a indústria automotiva e com forte<br />
tradição em sistemas eletrônicos para<br />
todos os segmentos de veículos.<br />
“No Brasil contamos com time expressivo<br />
de engenheiros dedicados à<br />
eletrônica veicular, criando circuitos,<br />
layout de placas, conexões e software”,<br />
confidencia o gerente de engenharia<br />
da companhia, Fábio Ferreira.<br />
Para ele, a eletrônica é a chave para os<br />
grandes avanços no controle do powertrain.<br />
“Evoluímos bastante na parte<br />
de processadores, que ficam cada vez<br />
mais poderosos, com 32 bits. Avança<br />
também a sofisticação na integração<br />
dos módulos eletrônicos e na<br />
compactação, acompanhando a<br />
onda de downsizing de motores.”<br />
Por outro lado, a centralização de<br />
informações, considerada por muitos<br />
como tendência, é vista de maneira<br />
diferente pelo gerente. “Não acho que<br />
vamos concentrar tudo, construindo<br />
arquiteturas supercentralizadas. O<br />
conceito distribuído tem a vantagem<br />
de permitir o uso de módulos em outras<br />
aplicações”, afirma. Ferreira também<br />
questiona os esforços em torno<br />
da eletrificação. “Os híbridos não deveriam<br />
ser o grande foco do Brasil neste<br />
momento. Temos a solução do flex e<br />
podemos avançar bastante neste sentido.<br />
Mesmo assim, estamos atentos a<br />
esta tendência e, com certeza, estaremos<br />
no jogo.”<br />
A ausência de políticas de incentivo<br />
e benefícios tributários e ainda o limitado<br />
poder de compra do brasileiro são<br />
apontados pelo diretor de engenharia<br />
da Delphi para América do Sul, Flávio<br />
Campos, como fatores complicadores<br />
para a popularização deste tipo de motorização<br />
no País. “Tenho uma visão<br />
pragmática sobre eletrificação. O custo<br />
desses modelos ainda é muito alto<br />
para a realidade brasileira e não acredito<br />
que o mercado esteja disposto<br />
a pagar muito mais por um Celta<br />
elétrico em lugar do equipado com<br />
motor a combustão. Acho que isso<br />
deve se difundir de maneira mais efetiva<br />
em nichos, como o de caminhões<br />
para entregas urbanas e ônibus com<br />
circulação controlada”, afirma.<br />
Na área da eletrônica veicular, Campos<br />
aponta a tendência de comoditização<br />
do hardware. “As pessoas vão<br />
acabar me questionando sobre isso,<br />
mas na hora que você tem uma estrutura<br />
de indústria global, a orientação é<br />
de um mesmo hardware para todo o<br />
mundo. Mais ou menos como ocorre<br />
nos computadores. O que muda mesmo<br />
é o software, onde serão aplicadas<br />
as inovações”, afirma.<br />
O engenheiro de Delphi confidencia<br />
a existência de um gap ainda grande<br />
em relação a mercados como o norte-<br />
-americano e o europeu, mas admite<br />
que soluções caseiras importantes<br />
evoluem de maneira significativa no<br />
País, como a Mapec, concebida para<br />
aumentar a funcionalidade do veículo<br />
com recursos antes só existentes em<br />
processadores sofisticados. “Investimos<br />
fortemente em linguagem de<br />
programação e softwares, com ótimos<br />
resultados”, garante, referindo-se ao<br />
interesse despertado pelo produto entre<br />
montadoras locais e da Índia, México<br />
e China, além da Europa Oriental. <br />
PICCHI: à espera dos<br />
comandos de voz