Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business
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ESPECIAL | TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />
estima que o conteúdo eletrônico<br />
dos veículos brasileiros deve crescer<br />
110% até 2020. Atualmente (e pelos<br />
próximos dez anos), os veículos<br />
brasileiros têm o maior valor de semicondutores<br />
entre os países emergentes<br />
que compõem o Bric (Brasil,<br />
Rússia, Índia e China).<br />
Segundo o estudo encomendado<br />
pela Infineon, a indústria automotiva<br />
brasileira agrega atualmente, em<br />
média, US$ 164 por carro em semicondutores<br />
(componentes de chaveamento,<br />
potência e carga) que inte-<br />
DEMANDA POR SEMICONDUTORES VEICULARES NO BRASIL<br />
257<br />
2008<br />
383<br />
2010<br />
130<br />
130<br />
115<br />
109<br />
164<br />
149<br />
137<br />
128<br />
50BUSINESS<br />
520<br />
2012<br />
200<br />
(US$ milhões)<br />
170<br />
161<br />
146<br />
628<br />
2014<br />
270<br />
184<br />
179<br />
825<br />
2016<br />
910<br />
2018<br />
VALOR DE SEMICONDUTORES POR CARRO<br />
BRASIL<br />
CHINA<br />
RÚSSIA<br />
ÍNDIA<br />
(US$)<br />
gram diversas centrais eletrônicas.<br />
Esse valor já é 26% maior do que os<br />
US$ 130 por veículo de 2008, e deverá<br />
crescer nada menos do que 143%,<br />
para US$ 200, até 2020. Isso coloca<br />
o Brasil levemente à frente das médias<br />
da China (US$ 398 em 2020<br />
ante US$ 149 em 2010), Rússia (US$<br />
379 ante US$ 137) e Índia (US$ 368<br />
ante US$ 128). Ainda assim, esse<br />
nível é baixo para incorporar as tecnologias<br />
mais sofisticadas. Um automóvel<br />
híbrido, por exemplo, carrega<br />
cerca de US$ 600 só em semicondu-<br />
988<br />
2020<br />
2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020<br />
157<br />
300<br />
250<br />
250<br />
245<br />
378<br />
365<br />
360<br />
325<br />
Fonte: Infineon<br />
400<br />
398<br />
379<br />
368<br />
Fonte: Infineon<br />
tores, que integram sistemas eletrônicos<br />
embarcados substancialmente<br />
mais caros.<br />
DEPENDÊNCIA EXTERNA<br />
As estimativas da Infineon apontam<br />
que até 2020 o Brasil consumirá<br />
quase US$ 1 bilhão por ano em semicondutores<br />
automotivos, o que<br />
representa um salto de 158% sobre<br />
os US$ 383 milhões de 2010. O problema<br />
é que, se nada for feito, isso<br />
impactará negativamente a balança<br />
comercial do País, pois quase 100%<br />
desses componentes são importados<br />
– como é o caso da própria Infineon,<br />
que traz de suas fábricas da Ásia<br />
e Europa todos os semicondutores<br />
que vende aqui para sistemistas e<br />
montadoras.<br />
Esta é hoje uma indústria estratégica<br />
para o setor automotivo mundial.<br />
Tanto que os grandes players<br />
investem pesadamente para dominar<br />
a tecnologia. A Bosch, por exemplo,<br />
anunciou em 2010 o investimento de<br />
US$ 1 bilhão, o maior já feito pela<br />
centenária empresa em um só empreendimento,<br />
para construir uma<br />
fábrica de semicondutores em Reutlingen,<br />
na Alemanha, que até 2016<br />
poderá fazer 1 milhão de microchips<br />
por dia para atender à crescente demanda<br />
de diversos setores.<br />
Em outro exemplo de estratégia,<br />
a sul-coreana Hyundai firmou em<br />
2009 um acordo com a Infineon<br />
para montar, na Coreia, um centro<br />
conjunto para o desenvolvimento de<br />
eletrônica veicular. “Gostaria muito<br />
que um fabricante aqui no Brasil fizesse<br />
o mesmo”, diz César Manieri,<br />
gerente de contas automotivo da<br />
Infineon, que tem 55% de seu faturamento<br />
lastreado no fornecimento<br />
para a indústria automotiva.<br />
“Existe evolução aqui, mas de forma<br />
lenta. Muitos lançamentos têm<br />
só o desenho novo e o mesmo conteúdo<br />
tecnológico. As montadoras