Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business

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09.05.2013 Views

ESPECIAL | TECNOLOGIA E INOVAÇÃO lógico no Brasil, criado pela evolução do mercado brasileiro. A renda está crescendo no País e também avançam as ambições dos consumidores, que naturalmente poderão pagar por carros mais confortáveis e bem equipados – como já ocorre com itens como direção assistida, acionamento elétrico de vidros e travas, ar-condicionado e até câmbio robotizado. Outro ponto que fará a tecnologia automotiva subir degraus é o aperto da legislação de segurança e emissões, que exige sistemas hoje só disponíveis como opcionais ou nos modelos topo de gama, como ABS, airbags, rastreador e dispositivos de tratamento de gases. Tudo isso tende a deixar os veículos mais caros, é verdade, entretanto não é menos verdadeiro que ganhos de escala diluem significativamente os custos e, no fim das contas, o consumidor terá um carro mais seguro, econômico e INTELIGÊNCIA IMPORTADA BRASIL FORMA 30 MIL ENGENHEIROS POR ANO E A CHINA, 400 MIL 44BUSINESS menos poluente desde os produtos básicos. Pode ser uma evolução forçada, mas ocorrerá. O poder de consumo dos brasileiros ainda será, por muitos anos à frente, inferior ao de países desenvolvidos. Por isso o grande desafio que se impõe é de agregar valor sem alterar o preço para cima. É o que Flávio Campos, da Delphi, chama de “engenharia frugal”, termo que ouviu de engenheiros indianos. “Nosso mercado, apesar de simples, está se sofisticando”, avalia. “Isso não é baixa tecnologia. Muitas vezes é necessária muita tecnologia para conter os custos”, defende Paulo Alves, diretor da unidade de sistemas de segurança e carroceria da Continental Brasil. Ele cita o Pase um sistema elaborado pela Continental que destrava as portas e liga o carro só com a aproximação da chave, que pode ficar no bolso do LABORATÓRIO da Bosch na área de eletrônica para desenvolvimento veicular motorista. “É um exemplo de tecnologia que reduz gasto, pois com ela se dispensa o uso da trava mecânica de direção”, explica. Se os fabricantes instalados no Brasil não conseguirem fornecer produtos melhores por valores competitivos, certamente os concorrentes importados ocuparão esse espaço, como já tentam fazer algumas marcas chinesas por aqui, com carros que chegam mais bem equipados e custam menos do que equivalentes nacionais – apesar de pagarem alíquota de importação de 35%. Com vendas crescentes e projeção de mercado de 4 milhões de automóveis em 2015, Rejman prevê alta demanda por modelos específicos para o consumidor brasileiro. “Essa situação acelera a necessidade de progredirmos cada vez mais rápido, pois as empresas precisam ser capazes de projetar tais modelos.” muito mais inteligência do que exportamos”, “Importamos reconhece Alberto Rejman, diretor da GM e membro da SAE Brasil. E Flávio Campos, diretor de engenharia da Delphi, acrescenta: “O problema maior disso é que hoje temos muitos produtos locais no Brasil e não dá para adaptar tudo o que vem de fora. Por isso precisamos criar e agregar valor aqui”. Mais dados do IBGE reforçam essa preocupação: 1.190 empresas automotivas inovadoras geraram apenas 116 depósitos de patentes de 2006 a 2008, sendo onze de fabricantes de veículos e 105 de fornecedores. Isso denota que o processo de inovação

ESPECIAL | TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />

lógico no Brasil, criado pela evolução<br />

do mercado brasileiro. A renda está<br />

crescendo no País e também avançam<br />

as ambições dos consumidores,<br />

que naturalmente poderão pagar por<br />

carros mais confortáveis e bem equipados<br />

– como já ocorre com itens<br />

como direção assistida, acionamento<br />

elétrico de vidros e travas, ar-condicionado<br />

e até câmbio robotizado.<br />

Outro ponto que fará a tecnologia<br />

automotiva subir degraus é o aperto<br />

da legislação de segurança e emissões,<br />

que exige sistemas hoje só<br />

disponíveis como opcionais ou nos<br />

modelos topo de gama, como ABS,<br />

airbags, rastreador e dispositivos de<br />

tratamento de gases. Tudo isso tende<br />

a deixar os veículos mais caros,<br />

é verdade, entretanto não é menos<br />

verdadeiro que ganhos de escala diluem<br />

significativamente os custos e,<br />

no fim das contas, o consumidor terá<br />

um carro mais seguro, econômico e<br />

INTELIGÊNCIA IMPORTADA<br />

BRASIL FORMA 30 MIL ENGENHEIROS POR ANO E A CHINA, 400 MIL<br />

44BUSINESS<br />

menos poluente desde os produtos<br />

básicos. Pode ser uma evolução forçada,<br />

mas ocorrerá.<br />

O poder de consumo dos brasileiros<br />

ainda será, por muitos anos à<br />

frente, inferior ao de países desenvolvidos.<br />

Por isso o grande desafio<br />

que se impõe é de agregar valor sem<br />

alterar o preço para cima. É o que<br />

Flávio Campos, da Delphi, chama de<br />

“engenharia frugal”, termo que ouviu<br />

de engenheiros indianos. “Nosso<br />

mercado, apesar de simples, está se<br />

sofisticando”, avalia.<br />

“Isso não é baixa tecnologia. Muitas<br />

vezes é necessária muita tecnologia<br />

para conter os custos”, defende<br />

Paulo Alves, diretor da unidade de<br />

sistemas de segurança e carroceria<br />

da Continental Brasil. Ele cita o Pase<br />

um sistema elaborado pela Continental<br />

que destrava as portas e liga<br />

o carro só com a aproximação da<br />

chave, que pode ficar no bolso do<br />

LABORATÓRIO da Bosch<br />

na área de eletrônica para<br />

desenvolvimento veicular<br />

motorista. “É um exemplo de tecnologia<br />

que reduz gasto, pois com ela<br />

se dispensa o uso da trava mecânica<br />

de direção”, explica.<br />

Se os fabricantes instalados no<br />

Brasil não conseguirem fornecer produtos<br />

<strong>melhor</strong>es por valores competitivos,<br />

certamente os concorrentes<br />

importados ocuparão esse espaço,<br />

como já tentam fazer algumas marcas<br />

chinesas por aqui, com carros<br />

que chegam mais bem equipados e<br />

custam menos do que equivalentes<br />

nacionais – apesar de pagarem alíquota<br />

de importação de 35%.<br />

Com vendas crescentes e projeção<br />

de mercado de 4 milhões de automóveis<br />

em 2015, Rejman prevê alta<br />

demanda por modelos específicos<br />

para o consumidor brasileiro. “Essa<br />

situação acelera a necessidade de<br />

progredirmos cada vez mais rápido,<br />

pois as empresas precisam ser capazes<br />

de projetar tais modelos.”<br />

muito mais inteligência<br />

do que exportamos”,<br />

“Importamos<br />

reconhece Alberto Rejman,<br />

diretor da GM e membro da SAE<br />

Brasil. E Flávio Campos, diretor de<br />

engenharia da Delphi, acrescenta:<br />

“O problema maior disso é que hoje<br />

temos muitos produtos locais no<br />

Brasil e não dá para adaptar tudo o<br />

que vem de fora. Por isso precisamos<br />

criar e agregar valor aqui”.<br />

Mais dados do IBGE reforçam essa<br />

preocupação: 1.190 empresas automotivas<br />

inovadoras geraram apenas<br />

116 depósitos de patentes de 2006 a<br />

2008, sendo onze de fabricantes de<br />

veículos e 105 de fornecedores. Isso<br />

denota que o processo de inovação

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