09.05.2013 Views

Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business

Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business

Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

déficit deste ano será ainda maior que<br />

o do ano passado, de US$ 3,54 bilhões.<br />

“Haverá diversos lançamentos<br />

ao longo do ano e isso naturalmente<br />

aumenta o volume de importações”,<br />

justificou Del Soldato.<br />

Dados do Sindipeças apontam que<br />

o déficit no primeiro bimestre foi de<br />

US$ 715,3 milhões, ante os US$ 701<br />

milhões apurados em igual período<br />

do ano passado. A entidade estima<br />

que este ano sejam importados cerca<br />

de 750 mil veículos, com exportações<br />

no patamar de 600 mil a 700 mil.<br />

REIVINDICAÇÕES<br />

Ao lado de outras 15 entidades de classe,<br />

o Sindipeças entregou ao governo<br />

federal, no início do ano, as principais<br />

reivindicações do setor para <strong>melhor</strong>ar<br />

a competitividade da produção de<br />

autopeças no País. Entre as principais<br />

propostas estão redução de custos trabalhistas,<br />

financiamento de longo prazo<br />

para ganhos de produtividade, revisão<br />

da Nomenclatura Comum do Mercosul<br />

e normatização de componentes pelo<br />

Inmetro, para garantir a qualidade e<br />

destino das importações.<br />

Paulo Butori, presidente do Sindipeças,<br />

afirma que o documento entregue<br />

ao governo aponta os principais problemas<br />

que podem ser minimizados em<br />

curto prazo para <strong>melhor</strong>ar a competitividade<br />

do setor. Um trabalho mais de<br />

longo prazo, com o objetivo de integrar<br />

um plano mais ambicioso para a indústria<br />

nacional, de acordo com o executivo,<br />

será apresentado mais adiante.<br />

Outra sugestão ao governo diz<br />

respeito a financiamentos aos fornecedores<br />

classes dois e três (Tiers 2 e<br />

3) que contam com poucas garantias<br />

para conseguir empréstimos. “Sugerimos<br />

um fundo garantidor, nos moldes<br />

do PróCaminhoneiro do BNDES,<br />

para avalizar as operações”, disse<br />

Butori. Ele assegura que o governo<br />

entendeu a urgência das solicitações<br />

e conversa com o setor para buscar<br />

GALEOTE: mais inovação<br />

e produtividade na indústria<br />

soluções. “O governo quer ajudar a<br />

indústria manufatureira. Sabe que as<br />

commodities vão bem, mas que a<br />

situação das manufaturas é bastante<br />

complicada”, resumiu.<br />

Del Soldato valoriza a redefinição<br />

dos critérios que podem tornar mais<br />

clara a classificação dos componentes<br />

automotivos que circulam pela<br />

região. Ele entende que a iniciativa<br />

evitará boa parte dos casos em que<br />

a classificação vem registrada na categoria<br />

“outras” e inibirá triangulação,<br />

importação de componentes de países<br />

que não têm acordo automobilístico<br />

com o Brasil aproveitando condições<br />

exclusivas aos países-membros.<br />

Letícia Costa, sócia-diretora da<br />

Prada Assessoria, faz coro: “O Brasil<br />

não tem controle efetivo sobre as importações<br />

de componentes. Existem<br />

diversas maneiras de diagnosticar o<br />

que é conteúdo local e o que não é,<br />

impondo barreiras não tarifárias.”<br />

GARGALOS<br />

A pesquisa realizada durante o fórum<br />

apontou também as dificuldades do<br />

segmento de autopeças na atualidade.<br />

Custos em alta, falta de recursos<br />

para investimentos em tecnologia e<br />

inovação, dificuldades com mão de<br />

obra, entre outros, foram alguns dos<br />

temas colocados pelos especialistas<br />

que participaram do painel “Autopeças:<br />

propostas para sair do xeque”.<br />

A maior surpresa, na opinião de Vagner<br />

Galeote, presidente da SAE Brasil,<br />

é a falta de recursos para investir em<br />

produtividade e inovação. Segundo o<br />

levantamento, 32,1% dos executivos<br />

dizem não ter recursos para aplicar<br />

em tecnologia e inovação. “Não vejo<br />

como <strong>melhor</strong>ar a competitividade sem<br />

investimentos. Essa posição de investir<br />

em curto prazo tem de mudar. Não<br />

vemos isso como sustentável. É<br />

preciso investir com olhos de quem<br />

acredita em um crescimento do País<br />

nas próximas décadas”, afirmou.<br />

Ficaram claras na pesquisa outras<br />

dificuldades do setor. Diante de um<br />

previsível volume de produção de 5<br />

milhões de unidades entre Argentina<br />

e Brasil, 41,9% dos executivos que votaram<br />

manifestaram que haverá gargalos<br />

no fornecimento dos componentes<br />

para a indústria. Outros 29,7%<br />

afirmaram que serão necessárias<br />

importações para atender à demanda<br />

e 24,3% acreditam que a indústria<br />

de autopeças tem capacidade para<br />

tal volume de produção. Outro dado<br />

preocupa: mais de 77% dos votantes<br />

apostam em alta generalizada dos<br />

preços de serviços e matérias-primas.<br />

LETÍCIA COSTA: explicar<br />

<strong>melhor</strong> o conteúdo local

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!