Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business

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09.05.2013 Views

FÓRUM AUTOMOTIVO | AUTOPEÇAS DÉFICIT DE AUTOPEÇAS DEVE ULTRAPASSAR US$ 4,5 BILHÕES NO PRIMEIRO BIMESTRE BALANÇA FOI NEGATIVA EM US$ 715,3 MILHÕES Na esteira do que vem ocorrendo nos últimos anos, a balança comercial da indústria de autopeças novamente deverá apresentar crescimento do déficit no resultado de 2011. Flávio Del Soldato, diretor da Automotiva Usiminas e membro do Conselho de Adminis- 30BUSINESS GUILHERME MANECHINI tração do Sindipeças, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, avisa que os resultados apurados entre janeiro e fevereiro projetam déficit de pelo menos US$ 4,2 bilhões até o fim do ano. O rombo, no entanto, deverá ser maior, chegando a US$ 4,5 bilhões. SETOR DE AUTOPEÇAS quer incentivos imediatos A previsão foi traçada durante o Painel “Autopeças: propostas para sair de xeque”, durante o II Fórum da Indústria Automobilística, promovido em São Paulo em 11 de março. Pesquisa eletrônica de Automotive Business, realizada pouco antes, já havia indicado que, para 74% dos votantes, o

déficit deste ano será ainda maior que o do ano passado, de US$ 3,54 bilhões. “Haverá diversos lançamentos ao longo do ano e isso naturalmente aumenta o volume de importações”, justificou Del Soldato. Dados do Sindipeças apontam que o déficit no primeiro bimestre foi de US$ 715,3 milhões, ante os US$ 701 milhões apurados em igual período do ano passado. A entidade estima que este ano sejam importados cerca de 750 mil veículos, com exportações no patamar de 600 mil a 700 mil. REIVINDICAÇÕES Ao lado de outras 15 entidades de classe, o Sindipeças entregou ao governo federal, no início do ano, as principais reivindicações do setor para melhorar a competitividade da produção de autopeças no País. Entre as principais propostas estão redução de custos trabalhistas, financiamento de longo prazo para ganhos de produtividade, revisão da Nomenclatura Comum do Mercosul e normatização de componentes pelo Inmetro, para garantir a qualidade e destino das importações. Paulo Butori, presidente do Sindipeças, afirma que o documento entregue ao governo aponta os principais problemas que podem ser minimizados em curto prazo para melhorar a competitividade do setor. Um trabalho mais de longo prazo, com o objetivo de integrar um plano mais ambicioso para a indústria nacional, de acordo com o executivo, será apresentado mais adiante. Outra sugestão ao governo diz respeito a financiamentos aos fornecedores classes dois e três (Tiers 2 e 3) que contam com poucas garantias para conseguir empréstimos. “Sugerimos um fundo garantidor, nos moldes do PróCaminhoneiro do BNDES, para avalizar as operações”, disse Butori. Ele assegura que o governo entendeu a urgência das solicitações e conversa com o setor para buscar GALEOTE: mais inovação e produtividade na indústria soluções. “O governo quer ajudar a indústria manufatureira. Sabe que as commodities vão bem, mas que a situação das manufaturas é bastante complicada”, resumiu. Del Soldato valoriza a redefinição dos critérios que podem tornar mais clara a classificação dos componentes automotivos que circulam pela região. Ele entende que a iniciativa evitará boa parte dos casos em que a classificação vem registrada na categoria “outras” e inibirá triangulação, importação de componentes de países que não têm acordo automobilístico com o Brasil aproveitando condições exclusivas aos países-membros. Letícia Costa, sócia-diretora da Prada Assessoria, faz coro: “O Brasil não tem controle efetivo sobre as importações de componentes. Existem diversas maneiras de diagnosticar o que é conteúdo local e o que não é, impondo barreiras não tarifárias.” GARGALOS A pesquisa realizada durante o fórum apontou também as dificuldades do segmento de autopeças na atualidade. Custos em alta, falta de recursos para investimentos em tecnologia e inovação, dificuldades com mão de obra, entre outros, foram alguns dos temas colocados pelos especialistas que participaram do painel “Autopeças: propostas para sair do xeque”. A maior surpresa, na opinião de Vagner Galeote, presidente da SAE Brasil, é a falta de recursos para investir em produtividade e inovação. Segundo o levantamento, 32,1% dos executivos dizem não ter recursos para aplicar em tecnologia e inovação. “Não vejo como melhorar a competitividade sem investimentos. Essa posição de investir em curto prazo tem de mudar. Não vemos isso como sustentável. É preciso investir com olhos de quem acredita em um crescimento do País nas próximas décadas”, afirmou. Ficaram claras na pesquisa outras dificuldades do setor. Diante de um previsível volume de produção de 5 milhões de unidades entre Argentina e Brasil, 41,9% dos executivos que votaram manifestaram que haverá gargalos no fornecimento dos componentes para a indústria. Outros 29,7% afirmaram que serão necessárias importações para atender à demanda e 24,3% acreditam que a indústria de autopeças tem capacidade para tal volume de produção. Outro dado preocupa: mais de 77% dos votantes apostam em alta generalizada dos preços de serviços e matérias-primas. LETÍCIA COSTA: explicar melhor o conteúdo local

FÓRUM AUTOMOTIVO | AUTOPEÇAS<br />

DÉFICIT DE AUTOPEÇAS DEVE<br />

ULTRAPASSAR US$ 4,5 BILHÕES<br />

NO PRIMEIRO BIMESTRE BALANÇA FOI NEGATIVA EM US$ 715,3 MILHÕES<br />

Na esteira do que vem ocorrendo<br />

nos últimos anos, a<br />

balança comercial da indústria<br />

de autopeças novamente deverá<br />

apresentar crescimento do déficit no<br />

resultado de 2011. Flávio Del Soldato,<br />

diretor da <strong>Automotiva</strong> <strong>Usiminas</strong><br />

e membro do Conselho de Adminis-<br />

30BUSINESS<br />

GUILHERME MANECHINI<br />

tração do Sindipeças, Sindicato Nacional<br />

da Indústria de Componentes<br />

para Veículos Automotores, avisa que<br />

os resultados apurados entre janeiro<br />

e fevereiro projetam déficit de pelo<br />

menos US$ 4,2 bilhões até o fim do<br />

ano. O rombo, no entanto, deverá ser<br />

maior, chegando a US$ 4,5 bilhões.<br />

SETOR DE AUTOPEÇAS<br />

quer incentivos imediatos<br />

A previsão foi traçada durante o Painel<br />

“Autopeças: propostas para sair de<br />

xeque”, durante o II Fórum da Indústria<br />

Automobilística, promovido em<br />

São Paulo em 11 de março. Pesquisa<br />

eletrônica de <strong>Automotive</strong> <strong>Business</strong>,<br />

realizada pouco antes, já havia indicado<br />

que, para 74% dos votantes, o

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