08.05.2013 Views

PDF(3.4 MB) - PGET - UFSC

PDF(3.4 MB) - PGET - UFSC

PDF(3.4 MB) - PGET - UFSC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

da história anterior, o pescador tenta dissuadir o gênio que libertara de<br />

matá-lo.<br />

83<br />

O rio também é visto por Borges no costume de “manos que se<br />

laban con ceniza” (v.12), “la lâmpara” (v. 15) (mágica ou não), “la<br />

montaña/ de piedra imán que hace estallar la nave” (v. 20-21) da história<br />

do “Terceiro dervixe”, e que, juntamente com os sucessos do pescador,<br />

Juan Dahlmann lê no trem em “El Sur”, ou, então, “la caverna que se<br />

llama Sésamo” (v. 27), de “Ali-Babá e os quarenta ladrões mortos por<br />

uma escrava”.<br />

1.2.2.2 Segunda metáfora<br />

A trama de um tapete é a segunda metáfora-paradigma do<br />

poema de Borges sobre as Noites e abrange os versos 28-43. Através<br />

dela, o escritor demonstra que percebe o livro como um trama tecida<br />

“que propone a la mirada/ un caos de colores y de líneas/ irresponsables,<br />

un azar y un vértigo,/ pero un orden secreto lo gobierna.” (v. 29-32) 120<br />

Assim, no que tange aos aspectos formais da obra, vê-se nessa metáfora<br />

a negação por parte do autor de um problema que o aborrece na prosa<br />

longa: a disformidade.<br />

O esforço de Borges em converter a heterogeneidade formal<br />

inerente das Noites, que é óbvia e se explica pelas suas sucessivas<br />

redações e acréscimos, está em apontar no livro as simetrias que para ele<br />

supostamente regeriam e se mostrariam como cifras tutelares e hábitos,<br />

comumente imperceptíveis em um primeiro momento ou no isolamento<br />

de histórias.<br />

120 Id. Ibid., loc. cit.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!