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único manuscrito do ramo egípcio tardio. Visivelmente procurou<br />

integrar em suas páginas tudo o que foi disponibilizado aos responsáveis<br />

pela sua preparação, sem contar que foi corrigida em vários pontos e<br />

chegou a ser utilizada para cotejo na Segunda edição de Býlāq,<br />

publicada em 1872. 57<br />

57<br />

Por fim, não se pode deixar de mencionar a Edição de Leiden,<br />

um estabelecimento do texto do ramo sírio por Muhsin Mahdi,<br />

publicado em 1984 em dois volumes: o primeiro trazendo o corpus e o<br />

segundo o seu aparato crítico. Nessa edição, referência incontornável<br />

para qualquer estudioso do assunto, 58 Mahdi solucionou alguns<br />

problemas textuais intrincados. Sua base foi o manuscrito “Arabe 3609-<br />

3611”, cotejado com os outros manuscritos do ramo sírio, com os do<br />

ramo egípcio antigo e com a Edição de Býlāq.<br />

1.2 LENDO ŠAHRĀZĀD<br />

Paradoxalmente, Borges soube tirar proveito de sua ignorância<br />

do árabe do mesmo modo que fez com seu desconhecimento do grego<br />

antigo: não podendo ler nessas línguas e tendo que recorrer ao texto<br />

traduzido, multiplicou obras de originais inacessíveis por meio da leitura<br />

comparada de suas diferentes traduções disponíveis nas línguas que<br />

melhor dominava. Para o escritor, a leitura e o cotejo de diversas<br />

traduções de um texto literário implicava uma forma válida de<br />

penetração em seu original velado, e inclusive permitia questionar a sua<br />

preeminência. Conforme assegurou: “El hecho de desconocer el griego y<br />

57 Id. Ibid., loc. cit.<br />

58 Id. Ibid., p. 32.

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