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visto que o mais antigo dos manuscritos do ramo egípcio antigo é<br />

apenas um século mais velho que a elaboração tardia. 41<br />

49<br />

Foi somente no ramo egípcio tardio que o número de noites da<br />

obra alcançou a cifra de mil e uma. Jarouche adverte que embora tenha<br />

existido uma forma “antiga” no ramo egípcio contemporânea da<br />

elaboração do ramo sírio (séc. XIII ou XIV), os manuscritos que dela<br />

sobreviveram são recentes e não permitem a avaliação precisa de quais<br />

seriam as suas divergências com o sírio e se haveria uma completa<br />

convergência de histórias entre eles. 42<br />

As tradições manuscritas egípcias remanescentes que precedem<br />

o arremate final do escriba do Cairo são definidas por Jarouche como<br />

ensaios esporádicos, fadados ao esquecimento não<br />

fosse a frígida resistência de documentos que os<br />

constituem como ruína de um caos deslocado para<br />

outro lugar pela ânsia da ordenação, e talvez por<br />

outras ansiedades mais, superpostas às de todos os<br />

personagens do livro. 43<br />

Esse caos deslocado de que fala o estudioso distingue-se<br />

especialmente pela errância da numeração das suas noites, que variam<br />

sensivelmente de manuscrito para manuscrito. Contribuiu diretamente<br />

para isso uma tendência que não se verifica no ramo sírio: a de<br />

completar as mil e uma noites de que o livro não dispunha. Tal meta<br />

obrigava os copistas a reunir uma enorme quantidade de material, pois<br />

41 Id. Ramos (e florestas) entre o Cairo e Damasco. In: LIVRO das mil e uma noites. v. 2, Ramo<br />

sírio. Ed. e Trad. Mamede Mustafa Jarouche. 3. ed. São Paulo: Globo, 2006, p. 8.<br />

42 Id. Ibid., loc. cit.<br />

43 Id. Nota introdutória. In: LIVRO das mil e uma noites. v. 3, Ramo egípcio. Ed. e Trad.<br />

Mamede Mustafa Jarouche. São Paulo: Globo, 2007, p. 9.

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