08.05.2013 Views

PDF(3.4 MB) - PGET - UFSC

PDF(3.4 MB) - PGET - UFSC

PDF(3.4 MB) - PGET - UFSC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

47<br />

Jarouche pondera que o trecho não deixa claro se a história<br />

sobre a relação envolvendo a beduína, seu primo e o califa tornou-se<br />

assemelhada às Noites na época do califa ou na de Almaqrīzī. Logo, o<br />

final da passagem fica em aberto, havendo a possibilidade de ser<br />

entendido como “sua narrativa se tornou na época como são hoje as das<br />

Mil e uma noites” ou “sua narrativa se tornou como suas<br />

contemporâneas das Mil e uma noites”. 37<br />

Posterior a Galland, existe ainda outra e controversa menção<br />

oriental sobre o passado remoto das Noites. No prefácio de uma<br />

coletânea de histórias turcas de fins do século XVIII, Fantasmas da<br />

presença divina, Ali Aziz Efendi, O Cretense (m. 1798), afirma ter<br />

traduzido narrativas que encontrou, entre outras fontes, nas Elf leyle [Mil<br />

noites] de al-Asmaai, renomado filólogo nascido em Basra no século<br />

IX. 38 A coletânea de Efendi realmente contém histórias comuns às<br />

Noites que se conhecem, mas ele não disponibiliza nenhuma referência<br />

segura de que al-Asmaai tenha mesmo compilado uma versão da obra.<br />

Outrossim, a atribuição a um único autor como responsável pela<br />

constituição árabe das Noites parece pouco provável.<br />

1.1.2 Manuscritos<br />

À diferença de todos os indícios que apontam para a origem<br />

persa e a existência do ramo iraquiano do livro, bem como para a<br />

circulação subsequente da obra (já modificada) no Egito fatímida, os<br />

37 JAROUCHE. Ibid., p. 16-17, n. 11.<br />

38 IRWIN, Robert. Arabian nights: a companion. 2. ed. London/New York: Tauris Parke<br />

Paperbacks, 2005, p. 50.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!