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parte, segmento que em sua “primeira arte” trata das pessoas dadas a<br />

tertúlias noturnas [musāmirūn], das que contam fábulas [muæarrifūn],<br />

dos livros compostos de histórias que se contam à noite [asmār] e dos de<br />

fábulas [æurāfāt]:<br />

42<br />

Quem primeiro produziu fábulas, e as pôs em<br />

livros, e guardou [tais livros] em bibliotecas, e<br />

compôs uma parte disso na linguagem de animais,<br />

foram os persas; a seguir, aprofundaram-se nisso<br />

os reis ašġānidas, terceira geração dos reis persas.<br />

Depois, semelhantes fábulas se difundiram e<br />

ampliaram na época dos reis sassânidas, e então<br />

os árabes as passaram para o seu idioma, e os<br />

eloquentes e disertos poliram-nas e<br />

ornamentaram-nas, elaborando, no mesmo<br />

sentido, fábulas equivalentes. O primeiro livro<br />

feito nesse sentido foi Hazār afsān, que significa<br />

“mil fábulas”. O motivo disso foi que um de seus<br />

reis [dos persas], quando se casava com uma<br />

mulher e passava com ela uma noite, matava-a no<br />

dia seguinte; então, casou-se com uma jovem<br />

[jārya] filha de rei, chamada ³arāzād, que tinha<br />

inteligência e discernimento; logo que ficou com<br />

ele, ela começou a taæarrifuhu [‘entretê-lo<br />

contando fábulas’]: quando a noite findava, ela<br />

interrompia a história, fato que levava o rei a<br />

preservá-la e a indagá-la na noite seguinte sobre a<br />

continuação da história, até que se completaram<br />

mil noites, e ele, nesse período, dormiu com a<br />

jovem, que então teve um filho dele, mostrou-lhe<br />

a criança e o inteirou de sua artimanha; assim, o<br />

rei passou a considerá-la inteligente, tomou-se de<br />

simpatia por ela [māla ilayhā] e lhe preservou a<br />

vida. O rei tinha uma aia [qahramāna] chamada<br />

Dīnāzād, que a apoiava em sua artimanha [¬īla].<br />

Diz-se que esse livro foi elaborado para ©umāna,<br />

filha de Bahman, e também há notícias diferentes.<br />

E o correto, se Deus quiser, é que o primeiro a<br />

passar a noite entretido em colóquios [asmār] foi<br />

Alexandre [da Macedônia]: ele tinha um grupo<br />

que o divertia e o entretinha contando histórias,<br />

com as quais ele buscava não o prazer, mas sim a

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