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do livro, a cujo estudo Mahdi dedicou-se com profundidade, tornando-se<br />

uma referência que não pode ser ignorada.<br />

37<br />

A Mahdi cabem os créditos pela retomada da corrente crítica<br />

que divide em grupos os manuscritos disponíveis, classificando-os<br />

genealogicamente com base em suas características geográfico-culturais<br />

de composição, procedimento que tem como precursores os orientalistas<br />

Hermann Zotenberg (1836-94) e Duncan B. Macdonald (1863-1943). O<br />

trabalho de ambos, segundo Mahdi, permaneceu por muito tempo o<br />

único ponto de partida útil para o estudo das Noites em árabe. 18<br />

A documentação conhecida até o momento sobre os primórdios<br />

das Noites é insuficiente para que se possa afirmar com segurança<br />

quando e em qual região a obra foi inicialmente concebida e o<br />

responsável (ou responsáveis) por isso. As opiniões sobre o assunto<br />

frequentemente são conflituosas, suscitando discussões quase<br />

intermináveis. Ademais, paralelamente ao exame da literatura e de<br />

documentos árabes, a difícil empreitada também mobiliza a análise de<br />

textos antigos e medievais indianos, persas, babilônicos e europeus.<br />

1.1.1 Gênese da obra<br />

Não obstante alguns estudos evidenciarem a Índia ou a Pérsia<br />

como berço de protótipos da obra, desconhece-se, com anterioridade ao<br />

árabe, menções a um livro intitulado Mil e uma noites. Mahdi enfatiza<br />

que as remissões a supostas fontes ou originais persas ou sânscritos<br />

carecem de comprovação concreta. 19 O que sem tem certeza é que no<br />

18 Id. Ibid., p. 3.<br />

19 Id. Ibid., p. 26-28.

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