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310<br />

não vincular um texto diretamente a ela, são todos encontráveis em<br />

Borges, como veremos nas duas análises que se seguem.<br />

3.2.1 Borges, Burton e Lane em um espelho de tinta<br />

“El espejo de tinta” foi a primeira das duas pseudotraduções<br />

ligadas às Noites que Borges publicou. O conto apareceu inicialmente na<br />

Revista Multicolor de los Sábados, na edição de 30 de setembro de 1933<br />

(ano 1, nº 8) e posteriormente em 1935, em Historia universal de la<br />

infamia, em “Etcétera”. Como ficção ambientada no mundo islâmico e<br />

narrada por uma voz islâmica, sua publicação sem firma de tradução e<br />

com autoria parcial, (pelo menos de recolhimento do material) por parte<br />

de Sir Richard Burton, configurava-a não mais do que um texto<br />

estrangeiro de matriz oriental oferecido aos leitores do suplemento de<br />

Crítica. E a única referência com que os leitores então contavam é que a<br />

fonte do mesmo estaria no livro do capitão inglês intitulado [sic] The<br />

lake regions of Equatorial Africa.<br />

Posteriormente, com a inclusão do texto na última seção de<br />

Historia universal, sem alterações substanciais, o novo dado agregado<br />

ao texto é a autoria de sua suposta tradução assumida por Borges, que ao<br />

mesmo tempo também assume a paternidade tradutória de “La cámara<br />

de las estátuas”, “Historia de los dos que soñaron” e dos outros textos de<br />

“Etcétera”.<br />

Reproduzimos o conto segundo o texto estabelecido na 2ª edição<br />

de História universal:

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